Sociedade Costa Polis necessita de mais tempo e de dinheiro para projectos
A autarquia já pediu uma audiência com o Ministério do Ambiente para dialogar e perceber que fundos comunitários poderão ser aplicados aqui
Lusa
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A presidente da Câmara de Almada, Maria Emília de Sousa (CDU), defendeu que a Sociedade Costa Polis, que gere o programa de revitalização da Costa da Caparica, necessita de mais tempo e de dinheiro para concluir os projetos.
O mandato da Costa Polis, sociedade de capitais públicos do Ministério do Ambiente e do município de Almada, termina no próximo ano.
Em sessão pública de Câmara, a autarca considerou que a Sociedade Costa Polis precisa de mais tempo e de ter dinheiro para viabilizar os planos de pormenor que integram o programa Polis, sublinhando que “o projecto tem que ser concluído”.
“A questão do dinheiro tem que se resolver. A autarquia já pediu uma audiência com o Ministério do Ambiente para dialogar e perceber que fundos comunitários poderão ser aplicados aqui ou para equacionar uma autorização para o recurso ao crédito que nos permita avançar com as obras”, afirmou.
O relatório e contas de gerência de 2009 da Sociedade Costa Polis foi hoje, dia 8 de Abril, apresentado na reunião pública de Câmara e aprovado com cinco abstenções (PS e PSD).
Para o vereador socialista Paulo Pedroso, apesar de o Polis ter sido “a melhor coisa que aconteceu à Costa da Caparica”, é preciso aproveitar “esta paralisia para corrigir alguns erros”.
“Há neste relatório e contas a demonstração de uma impotência: o Polis está parado e parado estará até que seja possível concretizar o que, na actual conjuntura económica, o seu modelo de financiamento não permite”, sustentou.
Paulo Pedroso defendeu que insistir na deslocação dos parques de campismo da frente de praias, na Costa da Caparica, para o Pinhal do Inglês, na Charneca da Caparica, “é insistir num erro”.
“Entendemos que os parques de campismo devem ser reestruturados, mais pequenos, para serem, efectivamente, parques de campismo e não barracas disfarçadas, mas mantidos como parques de frente de praia”, advogou.
O socialista realçou que “esta deslocalização vai custar, no mínimo, 24 milhões de euros”, que davam “para realojar 1 600 pessoas”.
O plano de pormenor do Bairro do Campo da Bola, um dos que faltam ainda executar no âmbito do Polis da Caparica, foi também criticado por socialistas.
Paulo Pedroso argumentou que os moradores deste bairro devem ver respeitadas as garantias que lhes foram dadas há 30 anos de que não sairiam do local.
“Uma coisa é requalificar o bairro, outra é expulsar os habitantes. A autarquia entregou como capital social à Sociedade Costa Polis terrenos que o Estado havia cedido ao município para realojar pessoas”, referiu.
Reagindo às críticas, a presidente da autarquia, Maria Emília de Sousa, apontou que “é importante que se olhe para a frente”:
“Se cedemos à tentação de voltar ao princípio, e repensar tudo, nunca mais fazemos nada”, frisou.
Quanto aos moradores do Bairro do Campo da Bola, a autarca garantiu que “foi salvaguardada a permanência de todas as pessoas naquele local”.
Maria Emília de Sousa apelou ao consenso, defendendo que a Costa da Caparica deve estar acima de qualquer interesse partidário.
“A nossa Costa da Caparica é um diamante e este diamante está por lapidar, precisa de ser lapidado e é a nossa maior riqueza”, enfatizou.