Câmara de Oeiras prepara intervenção na frente ribeirinha da Cruz Quebrada
Prevendo a construção de marina, piscina municipal e hotel, bem como de habitação e comércio
Lusa
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A Câmara de Oeiras está a preparar uma intervenção na frente ribeirinha da Cruz Quebrada-Dafundo, numa área de 27,6 hectares, prevendo a construção de marina, piscina municipal e hotel, bem como de habitação e comércio.
A intervenção foi apresentada à população da freguesia numa sessão pública liderada pela autarquia e pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (UNL), entidade responsável pela elaboração de um plano de pormenor para aquela zona.
O objectivo do plano de pormenor é requalificar aquela área da Cruz Quebrada, contemplando-a com “serviços, turismo e equipamentos”, já que, segundo os investigadores daquela universidade, esta é uma zona “envelhecida” e onde “a geração de emprego foi desactivada”.
O plano de pormenor a desenvolver tem algumas obrigatoriedades impostas pela autarquia, como a “Marina do Jamor”, um equipamento hoteleiro, uma piscina municipal, a construção de uma ligação viária entre a CRIL (Circular Regional Interior de Lisboa) e a CREL (Circular Regional Exterior de Lisboa), a requalificação da estação ferroviária da Cruz Quebrada, bem como a concretização de um conjunto de equipamentos de habitação, turismo e comércio.
A “Marina do Jamor” deverá ter uma capacidade para servir uma frota de aproximadamente 200 embarcações (até aos 18 metros) e contemplar equipamentos de apoio e comércio associados.
Já o equipamento hoteleiro deverá corresponder a uma área bruta construída aproximada de 13 900 metros quadrados, enquanto que a piscina municipal deverá estar integrada na Marina e no Passeio Marítimo, que, segundo avançou o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, verá a sua obra da terceira fase adjudicada no próximo ano.
Quanto às acessibilidades, a equipa da UNL está ainda a estudar todas as hipóteses de circulação, tráfego e estacionamento.
A recuperação da estação ferroviária da Cruz Quebrada está prevista pelo projecto de intervenção na Linha de Cascais elaborado pela REFER (Rede Ferroviária Nacional).
O plano de pormenor prevê ainda a elaboração de um estudo de caracterização ambiental.
A realização deste plano vai contar com a participação de várias entidades privadas, detentoras de espaços que serão alvo de intervenção, como o da antiga fábrica Lusolite, e de entidades públicas, como a Administração do Porto de Lisboa (APL), além da autarquia e da REFER.
O plano de pormenor tem um prazo de elaboração de nove meses.