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    ‘Há um fosso grande entre o projecto e o produto final’

    Em entrevista ao Construir, o director comercial da Superveda, Sérgio Carvalho,

    Ricardo Batista
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    Em entrevista ao Construir, o director comercial da Superveda, Sérgio Carvalho,

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    Em entrevista ao Construir, o director comercial da Superveda, Sérgio Carvalho, apresenta as novidades que a empresa especialista em vedações vai apresentar na edição deste ano da Tektónica

    Como foram as contas da Superveda em 2009?

    Os resultados da Superveda foram ao encontro do que eram as vossas previsões. Tivemos um ano bom em 2008, mas o inicio da crise em 2009, e estando estas empresas dependentes do que são os investimentos do Estado deparámo-nos com um ligeiro abrandamento da actividade que se reflectiu no inicio deste ano. Ao nível da procura e de projectos, continua a haver actividade, o que se verifica é que há atrasos e anulações de concursos, o que para as empresas é uma situação complicada porque o investimento que fazemos na orçamentação e no departamento técnico para a elaboração dessas propostas acaba por ser inconsequente, ora porque os concursos são anulados ora porque faltam autorizações do Estado. Depois há uma grande dificuldade de acesso a recursos da banca, o que acresce a dificuldade. No entretanto, fomos investindo na empresa em busca de soluções nos mercados internacionais que neste momento estão mais dinâmicos que o mercado interno. A par disso, e nunca descurando o mercado nacional, temos investido na reorganização da própria empresa. O projecto iniciou-se em 2009 e o que fizemos foi procurar novos produtos para responder às solicitações do mercado e às necessidades existentes. São necessidades monetárias, ou seja soluções económicas assim como valias técnicas e é nisso que temos apostado nos últimos seis meses. Neste momento estamos preparados para apresentar alternativas ao mercado. Estamos também a investir no processo de certificação da empresa e de novos produtos assim como na afirmação da marca SV como uma marca portuguesa e não como uma marca internacional. Neste momento concebemos, projectamos, buscamos soluções específicas para os nossos clientes, temos um departamento de desenvolvimento tecnológico de novos produtos e vamos ao encontro das necessidades dos nossos clientes.

    Quando fala em resultados dentro do que eram as expectativas, fala de que ordem de valores?

    Estamos a falar de uma facturação, em 2009, na ordem dos 2,3 milhões de euros.

    Passado o primeiro trimestre do ano, que avaliação pode fazer de 2010 até ao momento?

    Denotamos um aumento significativo de propostas que aguardam decisões finais que se têm prolongado ao longo dos meses. Neste momento ainda negociamos alguns contratos que deveriam estar no terreno em Janeiro e Fevereiro, mas esperemos que em Agosto ou Setembro possa haver alguma actividade. Toda essa evolução passa pela avaliação do primeiro semestre para materializar no segundo. Houve em Abril alguma abertura de alguns dos nossos clientes, indiciando algumas obras. Também é verdade que nos ressentimos de um ano agressivo ao nível das condições climatéricas, que condicionou muito o arranque de obras ou não estivéssemos nós ligados a uma actividade externa. Mas notamos sobretudo complexidades junto da banca. Há quem queira fazer obra mas a avaliação do crédito não tem sido favorável. Perante isso, ou corremos o risco, e assinamos contrato aumentando em muito o risco para o cliente ou assumimos nós o risco. Ou então fazemos o negócio e o risco terá de ser suportado pela própria empresa, o que é mais complicado para empresas de menor dimensão, com menos recursos. Para uma empresa de vedações e sistemas de segurança tornar-se uma empresa de risco, é complicado.

    Partindo do pressuposto que os mercados não podem parar, no seu entender é que é possível manter alguma actividade?

    O que tentamos fazer passa pela tentativa de suportar os nossos clientes base na expectativa de haver uma base de confiança e de ajuda mútua. E essa ajuda não pode parar. Mas sentimos também o outro lado, quando o empreiteiro sente muitas dificuldades em garantir algo, da nossa parte tem de haver muita confiança e aposta nesses clientes. É nesse aspecto que estamos a trabalhar. Estamos a consolidar junto dos nossos próprios clientes, uma presença física e uma parceria. Mas terá de haver alternativas mais viáveis para esta actividade, tal como em todas as empresas. Quando nós não conseguimos que realmente as coisas evoluam positivamente, teremos de encontrar alternativas externas. Começámos com alguns mercados internacionais no sentido de, quando a actividade tiver menos activa, ter condições para a manter. Esta é a realidade que se vive a nível Europeu. Foi isso que fizemos e partimos em busca de mercados em desenvolvimento, e esse será o escape. Não sou pessimista e pelo que avaliamos de alguns concursos em fase de arranque, e das iniciativas do Governo, estou em crer que o segundo semestre será positivo para a actividade da Superveda.

    Como é que estão a preparar-se para esse segundo semestre?

    Em 2009 houve uma reestruturação e aliámos à empresa e às empresas do grupo uma diversificação da própria actividade. O que fizemos foi alargar a actividade a novos produtos, a preços mais competitivos dado que os clientes querem alternativas do mesmo patamar de qualidade mas a preços mais acessíveis, e depois na aplicação de outros tipos de produtos, tecnologicamente mais avançados e que permitem um retorno diferente por parte do cliente. Entrámos também no segmento do aluguer, para clientes que têm necessidades pontuais das soluções que disponibilizamos. Hoje em dia estamos preparados para promover soluções mais completas, que passam pelas vedações, sistemas de segurança e controle de acesso, decks e mobiliário exterior, e uma nova actividade que é a mobilidade, que passa por veículos eléctricos e ecológicos.

    Quando fala em diversificação e alternativas ao que é a linha mais usual da Superveda o que significa em concreto?

    A análise vem sendo feita à três anos. O mercado está mais competitivo, mais empresas, mais oferta e a relação qualidade/preço tem tendência a baixar. E deparamo-nos com situações em que verificamos que o preço apresentado não está de acordo com os parâmetros de qualidade dos cadernos de encargos. A nossa política sempre assentou em vendermos qualidade e por isso temos de criar alternativas ao mercado. Quando estamos a falar de um produto galvanizado e lacado, há um outro produto que é pré-galvanizado, com uma diferença significativa de preço e o cliente final não tem qualquer noção do que está a comprar, independentemente das características técnicas que surjam na ficha de produto. Queremos transmitir ao mercado que existem outras alternativas e por isso introduzimos um escalonamento preço/qualidade do qual o cliente pode escolher efectivamente se acha que o produto é adequado à qualidade do que pretende. Repare que há variáveis como o clima agreste e salinidade, em frente ao mar não pode resultar um produto de baixa qualidade. Muitas das vezes nas obras públicas deparamo-nos com um projecto elaborado por um gabinete técnico, que apresenta uma vedação ou um produto tipo e um conjunto de alternativas, o que faz balançar o preço e a qualidade . Isso choca, muitas vezes, com que o projectista quer. Há um fosso grande entre o projecto e o produto final. Para nós é frustrante quando muitas das vezes trabalhamos com os arquitectos, com um produto de qualidade e quando o processo se transfere para o cliente final já só é assumido o factor preço. Somos certificados, queremos manter um patamar de qualidade condizente, mas depois acabamos por perder pelo factor preço. É esta a transparência de mercado que importa clarificar para bem de todas as empresas e sobretudo para bem do cliente final, muitas vezes o próprio Estado paga por um produto que não tem. Isso acontece muitas vezes. Mas a pressão do mercado por causa dos pagamentos ou apertos orçamentais pode levar a isso. Mas para nós que fazemos um trabalho de qualidade exigimos que as coisas sejam claras para todo o mercado.

    Por onde passa a transparência de mercado?

    Por uma maior rigidez dos cadernos de encargos e por uma melhor fiscalização. Como é lógico, nunca se pode exigir que seja especificada uma marca, mas os cadernos devem ser mais explícitos. Vou a concursos internacionais e invisto tempo e dinheiro na elaboração de propostas e na especificação dos cadernos de encargos mas ganho em qualidade e em tempo de execução. Um mau projecto vai levar a orçamentos muito alterados, muitos erros, muitas omissões, muitas dúvidas e isso não é bom para ninguém. Nem para o empreiteiro. É mau para quem vai pagar e essa clarificação deve ser assumida. O cliente final não tem noção do que é um projecto com qualidade. Se contacta um gabinete, cabe a este elaborar e trabalhar para que o projecto tenha qualidade e à fiscalização avaliar se tudo está a ser cumprido. Quem o faz tem de fiscalizar de acordo com o que está explicitado no caderno de encargos, com rigor.

    Quais são as novidades em que estão a apostar neste momento?

    Já na Tektónica vamos apresentar o Grupo como um todo. Temos três áreas distintas: vedações, controlo de acesso e segurança, a área do imobiliário e outdoor e uma terceira actividade que passa pelo aluguer e sistemas móveis de segurança. Na Superveda, a nossa aposta na diversificação passa pelas próprias soluções. Deixámos de vender produtos para vender soluções. Fizemos uma aposta grande na integração da segurança, que no mercado estava um pouco dissociada. Uma pessoa comprava numa fase vedações a uma empresa, depois comprava câmaras e sistemas de controlo de acesso a outra empresa, e o que fizemos foi desenvolver soluções integradas. Co­locámos um portão no mercado com sistema de controlo de acesso, seja por impressão digital ou por outro sistema mais simples. Queremos colocar no mercado produtos a preços competitivos mas com elevada qualidade, queremos massificar este tipo de soluções. Estamos a definir câmaras integradas nas próprias vedações e essa é a nossa grande aposta. Estamos sempre à espera que os nossos clientes nos tragam os seus problemas, qualquer que seja o tipo de projecto e a ideia do cliente, nós estamos dispostos a estudar.

    E na Tektónica, o que vai apresentar de novo?

    Vamos colocar o WPC como alternativa às vedações. Tínhamos uma solução que era muito aplicada em pavimentos tipo deck e que nós vamos adaptar a vedações, um produto amigo do ambiente composto em 50% por detritos de aparas de madeira e 50% por materiais reciclados e plástico. Não há abate de árvores e o que nós vamos fazer é integrar este novo produto tanto em vedações como portões, numa alternativa ao abate de árvores. Não há necessidade disso. Daí que vamos apresentar uma solução ao mercado que não gosta de metal, por exemplo. Penso que vai ser uma aposta ganha. E vamos também apresentar o sistema de câmaras integradas, um pequeno sistema de vigilância que pode ser montado pelo próprio cliente sem grandes complicações.

    Que balanço faz da actividade internacional da Superveda? Este foi um ano de forte aposta na Argélia…

    É verdade, este foi um ano em que apostámos na Argélia em força. Temos em perspectiva outros mercados, principalmente no Magreb, mas neste momento queremos consolidar a nossa presença no mercado argelino e em Angola. Fizemos uma prospecção de mercado em 2009 e fizemos também algum investimento no mercado argelino, com um departamento comercial naquele país. Há muita coisa para fazer dentro da nossa área e constatámos que há um mercado em expansão, em que tudo gira em torno do petróleo e gás natural. Há necessidade de segurança na Argélia, notório e revelado pelas entidades e empresas, e a realidade mostra que há produtos envelhecidos e obsoletos. Daí que haja a necessidade de renovar essas soluções.

    Sobre o autorRicardo Batista

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    Constructel adquire norte americana Verità

    Com a aquisição da empresa fornecedora de serviços de engenharia de telecomunicações dos EUA a Constructel duplica receitas anuais no mercado para os 250 milhões de dólares. A transacção deverá estar concluída no segundo trimestre de 2024.

    A subsidiária do Grupo Visabeira anunciou a aquisição da Verità Telecommunications Corporation (“Verità”), uma empresa que actua nos serviços de engenharia de redes de telecomunicações fixas e móveis na região Centro-Oeste dos EUA, com uma facturação superior a 100 milhões de dólares.

    A Verità é a décima aquisição da Constructel desde 2021, nos seus principais mercados: França, Reino Unido, Bélgica, Portugal, Alemanha e EUA. Com a Verità, a Constructel ganha uma forte plataforma no grande e crescente mercado de serviços de telecomunicações dos EUA. Após a conclusão desta aquisição, as receitas da Constructel nos EUA duplicarão para cerca de 250 milhões de dólares, repartidas entre os serviços de engenharia de energia e as telecomunicações.

    A Verità, com sede no estado do Michigan, emprega cerca de 500 funcionários e opera nas áreas da engenharia, construção e manutenção de infraestruturas de rede de telecomunicações fixas e móveis. Com operações principalmente nas regiões dos Grandes Lagos e Centro-Oeste, a empresa atingiu, desde 2021, um crescimento de receita de dois dígitos.

    Com uma reputação de excelência, a experiência da Verità, aliada à sua abordagem focada no cliente e competência relativamente ao fornecimento de soluções chave-na-mão, alinha-se perfeitamente com a estratégia de crescimento da Constructel para os Estados Unidos. Ao explorar a presença e as capacidades estabelecidas da Verità, a Constructel pretende fornecer soluções chave-na-mão de elevada qualidade para o crescente mercado de implantação de fibra ótica e 5G.

    A actual equipa de gestão da Verità, sob a administração do fundador e CEO da Verità, Michael A. Falsetti, continuará a liderar a empresa mantendo a aposta nas relações fortes com clientes, compromisso com funcionários e parceiros e um foco incansável na qualidade da entrega para impulsionar a próxima vaga de crescimento da empresa.

    De acordo com Michael A. Falsetti, “esta parceria estratégica permitir-nos-á acelerar o nosso crescimento, não só proporcionando novas oportunidades para melhor servir os nossos actuais clientes e facilitando novas relações, mas também fomentando a transformação digital e de gestão que já estava a ganhar forma. Prevejo uma trajectória próspera para a Verità e para a sua força de trabalho.”

    Para Nuno Marques, CEO da Constructel Visabeira, “este investimento representa um marco importante. Posiciona-nos num patamar que nos irá permitir alcançar vendas anuais de cerca de 250 milhões de dólares nos Estados Unidos, equilibrando o nosso crescimento nos sectores da Energia e das Telecomunicações. À medida que executamos a nossa estratégia de expansão nos Estados Unidos, onde temos fortes ambições de longo prazo, este investimento desempenhará um papel fundamental.” E acrescentou, “com base nos nossos valores partilhados e uma visão comum para o futuro, juntamente com o meu profundo entendimento das fortes bases da Verità, estou confiante de que podemos alavancar sinergias comerciais e operacionais para concretizar as aspirações dos nossos clientes e alcançar uma trajetória de crescimento e de lucro sustentado. Adicionalmente, a robustez do nosso balanço permitir-nos-á continuar a prosseguir as nossas prioridades de crescimento e a nossa estratégia de aquisições nos próximos anos, na Europa e nos EUA.”

    Desde 2021, a Constructel alcançou um crescimento superior a dois dígitos nas receitas orgânicas e de mais de dois dígitos nas margens de EBITDA, reportando um volume de negócios de cerca de 1,3 mil milhões de euros. Estes números reflectem um crescimento anual das vendas e da margem superior a 20%, sustentado por uma combinação de forte expansão orgânica, que representa a maior parte do crescimento da Constructel, e um histórico de aquisições bem-sucedidas, apoiado num balanço sólido. A Constructel tem aumentado significativamente a sua actividade de Serviços de Engenharia de Energia, que contribui para mais de 30% das receitas globais da empresa, apoiando os clientes com investimentos em redes de transporte e distribuição, energia renovável e infraestrutura de carregamento de veículos eléctricos. Paralelamente, a Constructel reforçou a sua presença internacional na França, Bélgica, Reino Unido, EUA e Alemanha, que contribuem em conjunto com mais de mil milhões de euros para as receitas da empresa. Espera-se que a transacção seja concluída no segundo trimestre de 2024.

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    Nuno Sepúlveda assume presidência do CNIG

    O Co-CEO da Details Hospitality Sports & Leisure, entidade que gere campos de golfe em Portugal, incluindo Vilamoura, Palmares, Aroeira e Vale Pisão, assume o cargo com um plano estratégico para promover o crescimento sustentável do sector

    O Conselho Nacional da Indústria do Golfe (CNIG) tem novos corpos sociais e elegeu Nuno Sepúlveda como presidente da direcção. O Co-CEO da Details Hospitality Sports & Leisure, entidade que gere campos de golfe em Portugal, incluindo Vilamoura, Palmares, Aroeira e Vale Pisão, assume o cargo com um plano estratégico para promover o crescimento sustentável do sector.

    “Queremos chamar a atenção para o impacto significativo do golfe na economia nacional e ajudar a desmistificar algumas crenças erradas que existem sobre este desporto,” afirma Sepúlveda.

    A nova direcção reflecte a diversidade geográfica do golfe português, com membros de todo o País, incluindo as Ilhas, espelhando as necessidades muito díspares do sector.

    A equipa é composta por Frederico Brion Sanches (Silver Coast Golf Club), Luís Cameira (Estela Golf Club), Ricardo Abreu (Clube de Golf do Santo da Serra), Jorge Papa (Imoreguengo), Rodrigo Ulrich (Clux Comporta Golf) e Pedro Castelo Branco (Clube de Golfe Royal Óbidos).

    A Mesa da Assembleia Geral inclui Alexandre Barroso (Golf Time) como presidente, Hugo Santos (Estoril Plage) como vice-presidente, e Hugo Amaral (Albatroz Fantasy) como secretário. O Conselho Fiscal é liderado por Carlos Pinto Coelho (Guia), com Francisco Cadete (Golf Béltico) e João Paulo Sousa (Benamor) como vogais.

    Para este triénio, o CNIG apresentou um plano estratégico com iniciativas-chave ambiciosas que incluem a Gestão de Recursos Hídricos, com o objectivo de “desmistificar a ideia de que o golfe é um grande consumidor de água em comparação com outros sectores”, Neste sentido, serão promovidas discussões e estudos para mostrar que, embora o golfe utilize água, o sector opera de forma cada vez mais eficiente e sustentável, e contribui significativamente para a economia, ajudando a combater a sazonalidade turística em Portugal.

    A requalificação dos campos de golfe através dos apoios do PRR é uma das reivindicações, assim como dialogar com os legisladores para propor a redução do IVA nos serviços de golfe, com o objectivo de tornar o golfe mais acessível e estimular o crescimento económico.

    Serão, ainda, encomendados novos estudos para avaliar o impacto económico do golfe em Portugal, actualizando os dados de 2019. Estes estudos ajudarão a fundamentar políticas públicas e estratégias privadas, destacando o golfe como um motor de crescimento e de geração de emprego.

    No que diz respeito à sustentabilidade, o CNIG irá desenvolver e promover políticas que garantam boas práticas sociais e de governança, apoiando os seus membros com programas de formação e qualificação.

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    Zome lança serviço “inovador” de verificação de imóveis

    Este serviço pressupõe a emissão de um relatório com as características funcionais e estruturais do imóvel, possível graças a uma parceria com o ICS – Instituto para a Construção Sustentável, da FEUP

    tagsZome

    A Zome acaba de lançar oficialmente o serviço “Imóvel verificado by Zome”. Com o objectivo de “assegurar aos compradores, uma verificação detalhada do estado da casa” que pretendem adquirir e aos proprietários, este serviço pressupõe a emissão de um relatório que valoriza o seu imóvel. Este lançamento foi possível graças a uma parceria com o ICS – Instituto para a Construção Sustentável, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).

    O novo serviço, lançado durante o Salão Imobiliário de Portugal, que decorre até 5 de Maio, em Lisboa,  consiste numa verificação exata dos imóveis, tipo raio-x, onde os consultores imobiliários, certificados pelo ICS da FEUP, utilizam uma plataforma tecnológica exclusiva da Zome para registar o estado do imóvel e assim gerar um relatório detalhado para os clientes. Esse documento oferece uma visão abrangente das características estruturais e funcionais da propriedade. Para garantir a qualidade deste serviço, o ICS – Instituto para a Construção Sustentável, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, desenvolveu uma formação específica e certificada para todos os consultores da mediadora nacional.

    “O conceito do Imóvel Verificado by Zome foi desenvolvido com o objectivo de elevar o valor do serviço oferecido pelos consultores imobiliários, aumentar a transparência no processo de compra e venda e aportar mais conhecimento certificado, valorizando ainda mais a classe. Esta ideia surgiu de um grupo de trabalho de consultores imobiliários da Zome que procura inovar este sector e oferecer produtos diferenciados aos clientes”, explica Hélder Pereira, product marketing director da Zome.

    Este novo serviço reflecte uma abordagem diferenciada, com mais valor agregado e transparência no processo de compra e venda. Os clientes têm acesso a um relatório detalhado sobre o estado do imóvel, facilitando a negociação e o fecho do negócio. Além disso, as casas recebem um selo de “Imóvel Verificado by Zome”, destacando-as das demais no mercado, oferecendo uma vantagem adicional de confiança.

    Por outro lado, beneficiam de uma protecção abrangente, através do Seguro Multirriscos + Assistência ao Lar da SABSEG Seguros incluídos na transacção, com a primeira anuidade oferecida pela Zome.

    A celebrar cinco anos de actividade, a Zome aproveitou para fazer algumas reestruturações internas. Neste caso, Carlos Soares dos Santos, até aqui Chief Technology Officer (CTO) da rede, e que foi também um dos fundadores, passa a CEO. Já Patrícia Santos, a anterior CEO, passa a Chairman do Grupo.

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    Eficiência energética, BIM e construção metálica na agenda do 2º dia da Tektónica

    Ponto de encontro da indústria a feira da construção é o palco escolhido para a apresentação de soluções, novos produtos e empresas, mas também de discussão. Uma vertente que ganha um novo dinamismo numa altura que é de mudança para o sector. Neste que é o segundo dia do certame a eficiência energética, construção metálica e BIM estarão na agenda   

    A eficiência energética será o tema forte do segundo dia do evento. Na manhã do dia 3 terá lugar a mesa-redonda «Mais conforto e eficiência energética nos edifícios em Portugal», numa organização da Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes, ANFAJE. Nesse dia, mas um pouco mais tarde, a mesma associação fará sessão de lançamento do ‘Guia Exclusivo dos Fabricantes de Janelas Eficientes 2024’

    Da agenda consta ainda o encontro “ETICS, do conceito à aplicação”, organizado pela Associação Portuguesa dos Fabricantes de Argamassas e ETICS, APFAC.

    A organização Women in BIM Portugal trará ao debate o “Simplex Urbanístico & BIM”, um debate conduzido por Claúdia Antunes com a participação da arquitecta Patrícia Robalo, sobre a simplificação dos processos de licenciamento urbanístico e a obrigatoriedade de submissão de projectos em BIM.

    Também no dia 3 de Maio, segundo dia do encontro, terá lugar o seminário “Construção Metálica Sustentável” conduzido pelo director da CMM Luís Figueiredo Silva, e que conta com a participação de Helena Gervásio da Universidade de Coimbra, Cláudia Rocha da EQS, Gonçalo Martins da Perfisa e Paula Resende, da Antero.

    Neste que é o segundo dia da Tektónica conta ainda com a palestra da Associação Portuguesa dos Engenheiros de Frio Industrial e Ar Condicionado, EFRIARC, sobre “Os desafios da transição energética no ambiente construído”.

    A cerimónia de entrega dos Prémios Tektónica Inovação 2024 encerra o ciclo de encontros do dia 3 de Maio.

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    Anjos Urban Palace é o novo projecto de reabilitação da EastBanc

    O edifício do século XIX encontra-se a ser transformado em edifício de escritórios, num projecto do atelier de Souto de Moura

    Anjos Urban Palace é o mais recente projecto de reabilitação levado a cabo pela Eastbanc Portugal. Localizado no Príncipe Real, o “bairro de eleição” do promotor, o edifício do século XIX encontra-se a ser transformado em edifício de escritórios, num projecto do atelier de Souto de Moura. A obra deverá ficar concluída em Junho de 2025.

    Com uma área útil total de quase 3.250 metros quadrados (m2), o imóvel terá capacidade para receber até sete inquilinos. Além disso, vai contar, ainda, com duas lojas, uma de 215 m2 outra de 366 m2, e um restaurante com 650 m2, que também inclui um terraço.

    O investimento, onde se inclui os custos de reabilitação, rondam os sete milhões de euros. A comercialização está a cargo das consultoras Savills e CBRE, em regime de co-exclusividade.

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    Casais e Secil apresentam KREAR na Tektónica

    Os dois grupos portugueses juntaram forças, e investimentos, na criação do sistema de construção “KREAR”, composto por um conjunto de peças industrializadas em betão 2D e 3D. A construção da fábrica que irá “dar corpo” ao projecto está em curso e o objectivo dos dois grupos empresariais é acelerar a construção off-site em Portugal e com isso diminuir os prazos e os custos, mas também o impacto ambiental da actividade da construção. A apresentação oficial da joint-venture entre os dois grupos é feita esta quinta-feira, dia em que arranca mais uma edição da Tektónica

    A feira dedicada ao sector da construção, Tektónica, afigura-se o palco perfeito para a apresentação da marca KREAR, que está a ser desenvolvida há já vários meses por dois dos principais grupos do sector da construção: a Casais e, do lado industrial, a SECIL. Mas antes de falar do que a KREAR traz de novo ao mercado, temos que voltar um pouco atrás e falar da estratégia e aposta da construtora portuguesa na industrialização da construção e que levou ao lançamento da unidade industrial da Blufab, que nos últimos anos tem vindo a dar corpo à nova visão transformadora do negócio através da produção de elementos de um processo integrado de construção off-site. O sucesso desta estratégia obrigou já “à expansão para uma nova unidade industrial, ao mesmo tempo que garantimos sinergias de produção com a Carpincasais (unidade industrial de carpintarias do Grupo Casais) e a Blumep (unidade industrial de soluções mecânicas e hídricas do Grupo Casais”, contava-nos em 2022 o CEO da Casais, António Carlos Rodrigues, em entrevista concedida ao CONSTRUIR. Simultaneamente, o grupo estabelecia uma parceria com CREE Buildings, do qual é hoje um accionista de referência.

    A construtora liderou ainda o consórcio que reuniu várias entidades, empresas e centros de investigação, com foco na construção sustentável. O projecto CSI4Future, apresentado no âmbito das Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial, no Plano de Recuperação e Resiliência acabou por não ser aprovado, mas a construtora prosseguiu com a estratégia e com os planos de investimento, entre os quais se inclua uma unidade de pré-fabricação de materiais de construção, numa parceria 50/50 com a Secil, que por ocasião da apresentação do projecto estava orçada em perto de oito milhões de euros.

    Nascia assim a KREAR, com foco da pré-construção e com o propósito de “contribuir para um mundo mais sustentável para as gerações futuras através da promoção de soluções de construção industrializada, para edifícios mais eficientes, seguros e saudáveis, com elevados níveis de qualidade e flexibilidade no design de utilização”, descrevem os seus promotores que subscrevem que a construção tradicional é um modelo esgotado, com mão-de-obra intensiva, dispendioso, com muitas ineficiências e custos ambientais e demasiado exposto às variabilidades.

    Foco na pré-fabricação

    A nova unidade industrial da KREAR irá produzir peças industrializadas em betão, em 2D e 3D, que após assembladas e combinadas vão constituir estruturas e fachadas do edifício, seja ele novo ou fruto de uma reabilitação.

    A nova unidade terá uma capacidade de produção de 2 500 habitações/quartos por ano, e “se forem seguidos todos os pressupostos da construção industrializada a fábrica terá capacidade para produzir por ano, cinco residências de estudantes de seis pisos, com 90 quartos, ou produzir por ano 15 hotéis com tipologia BB, com 24 quartos e 6 pisos ou dois edifícios com altura de 20 pisos com 500m2/piso”, exemplificaram Daniel Granjo, director geral da KREAR e José Rui Pinto, director técnico comercial da Krear, numa apresentação do projecto realizada no final de 2023 num fórum do sector sobre “As vantagens da pré-fabricação na construção, como proceder e adoptar as melhores soluções”.

     

     

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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    Bondstone anuncia projecto imobiliário de 700M€ no Algarve

    Chama-se Arcaya e irá desenvolver-se por várias fases, a primeira das quais irá arrancar com a construção de 48 vilas com uma área de 240m2, inseridas em lotes com áreas entre os 1.000m2 e os 2.000m2. As vilas de 4 quartos com preços de lançamento a partir de 1,9M€ estarão concluídas em 12 meses

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    A Bondstone, sociedade gestora de fundos portuguesa, anuncia o lançamento do Arcaya, um projecto residencial localizado nos terrenos da Quinta do Morgadinho, em Vilamoura, com mais de 68 hectares. Este novo projecto da Bondstone representa um investimento na ordem dos 700 milhões de euros no Algarve e, numa fase inicial, irá trazer ao mercado imobiliário residencial 48 vilas com uma área de 240m2, inseridas em lotes com áreas que variam entre os 1.000 e os 2.000m2, com preços de lançamento a partir de 1,9M€.

    Inseridas numa floresta de 68 hectares, as Arcaya Homes, desenhadas pelo gabinete de arquitectura espanhol Battleiroig, são construídas seguindo práticas inovadoras com foco na preservação dos ecossistemas, com estrutura em madeira e construção off-site.

    “Estamos muito orgulhosos por apresentar ao mercado o Arcaya, um projecto que reflecte a visão e ambição da Bondstone e pretende aportar ao mercado imobiliário nacional uma nova perspectiva sobre sustentabilidade e arquitectura. Com uma abordagem pioneira, redefinimos os padrões de sustentabilidade no sector imobiliário e a pegada carbónica no sector da construção”, refere Frederico Pedro Nunes, Chief Operating Officer da Bondstone
    Terracotta, Timber e Sand são as três casas de assinatura da primeira fase de lançamento do projecto. Com 240m2 de área bruta de construção, cada tipologia é composta por 2 pisos, tem até quatro quartos e conta com a opção de personalização de acordo com as preferências dos futuros moradores. As vilas combinam harmoniosamente o espaço interior com o exterior, sendo compostas por amplas áreas exteriores, com jardins e terraços, piscina privada, zona de estar e de refeições, garantindo as condições ideais para desfrutar da natureza envolvente. A primeira fase de construção deverá estar concluída nos próximos 12 meses.

    O projecto contará ainda com um clube, restaurantes, wellness center e uma oferta alargada de serviços essenciais para o quotidiano: mercearia, lavandaria, concierge e passeios de bicicleta.

    “O Arcaya é o local perfeito para viver em pleno a natureza, nos passeios pelos caminhos naturais e jardins de água pura, ou nas inúmeras amenities que integram o projecto paisagístico excepcional. Viver no Arcaya será como viver num oásis natural no Algarve, onde casas únicas de design sustentável se misturam harmoniosamente num jardim infinito, e onde temos tudo ao nosso alcance”, acrescenta Frederico Pedro Nunes.
    O design de interiores das 3 vilas, projectado pela Andrez Andrez Interiors e explora linhas minimalistas acolhedoras e combina harmoniosamente tons orgânicos suaves com o cenário natural envolvente.

    O Arcaya está a ser comercializado pela Bondstone, Quinta Properties e Sothebys.

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    “O Mais Habitação não é todo mau. Vamos ajustar o que é para melhorar e mudar o que é para mudar”

    Para responder aos desafios, Pinto Luz sublinha que a solução passa, garantidamente, por uma actuação que envolva o Estado central, as autarquias, os privados e as cooperativas. Reconhecendo que a questão da Habitação é um problema que não tem solução numa legislatura, o governante lembra que o acesso aos fundos do PRR torna emergente a resposta aos 50 mil fogos previstos no Plano de Resiliência (no fundo são 26 mil financiados pelo PRR e o restante pelo Estado) para concretizar até 2026, sob pena de Portugal perder o acesso a esses fundos

    Ricardo Batista

    Não escondendo que há uma “clivagem ideológica”, o ministro das Infraestruturas e da Habitação admite que “nem tudo o que está contemplado no programa Mais Habitação é mau”. Revela, contudo, que “nas próximas semanas” serão anunciadas as linhas fortes do programa de habitação do novo Governo.

    A propósito do Portugal Habita, promovido pela CNN Portugal e que decorreu no âmbito do Salão Imobiliário de Portugal, Miguel Pinto Luz avisa que “não contem connosco para maniqueismos primários e não esperem que digamos que o anterior executivo fez tudo mal. Não fez. Há coisas positivas e aspectos que merecem ser alterados”.

    O governante é, desde logo, taxativo nas prioridades que importa acautelar, sublinhando que é fundamental “meter o PRR a funcionar”. “Estamos a fazer uma análise do que é preciso mudar e nas próximas semanas vamos anunciar medidas que respondam aos aspectos que não estavam definidos no programa que está em vigor”, diz, acrescentando que a Habitação passou a ser um pilar fundamental. Para responder aos desafios, Pinto Luz sublinha que a solução passa, garantidamente, por uma actuação que envolva o Estado central, as autarquias, os privados e as cooperativas. Reconhecendo que a questão da Habitação é um problema que não tem solução numa legislatura, o governante lembra que o acesso aos fundos do PRR torna emergente a resposta aos 50 mil fogos previstos no Plano de Resiliência (no fundo são 26 mil financiados pelo PRR e o restante pelo Estado) para concretizar até 2026, sob pena de Portugal perder o acesso a esses fundos. Sobre esses, Miguel Pinto Luz fala na necessidade de se encontrar formas de agilizar os processos de licenciamento e de avaliação de processos. “Das sete mil candidaturas submetidas ao IHRU, foram aprovadas 500”, refere o ministro, admitindo que o Instituto não estava preparado e que o esforço necessário passa igualmente pela capacitação daquele organismo.

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    “Sector está unido e extremamente resiliente”

     Embora ligado à organização do SIL desde 2019, Sérgio Runa assume, pela primeira vez, a direcção do evento com o objectivo de fazer “mais e melhor”. Numa edição em que o responsável destaca um sector “unido e extremamente resiliente” com presença dos principais players do sector e com cerca de 10% a crescer em área de exposição

    Cidália Lopes

    Com o foco nas temáticas de actualidade do sector, o SIL vai contar com um conjunto de iniciativas em torno da problemática das politicas públicas da habitação e do papel das autarquias, assim como, por parte dos investidores, as novas tendências ao nível da construção, da sustentabilidade e da IA. Com uma presença sempre maioritária de promotores e mediadores, Sérgio Runa destaca, ainda, as tecnológicas associadas ao imobiliário

    Naquela que é o primeiro Salão Imobiliário de Portugal (SIL) sob a sua gestão, que desafios e expectativas tem para esta edição?
    Encaro este desafio que me foi lançado pela direcção da FIL com naturalidade, pois é um projecto ao qual estou ligado desde 2019 e pelo qual tenho um grande carinho pessoal e ambição profissional. Conseguir nas próximas edições fazer mais e melhor, valorizando o histórico e entregando mais valor aos expositores que participam no SIL, é o meu objectivo prioritário, o qual é partilhado por toda a equipa do Salão Líder do Imobiliário em Portugal.
    À semelhança do ano anterior, vivemos uma situação geopolítica delicada, com dois conflitos e alguma instabilidade económica e legislativa em Portugal. Não obstante, e depois da incerteza política e das eleições considera que o mercado tem vindo a responder de forma diferente ou mais confiante? Estas serão questões que irão marcar mais uma edição do SIL?
    Os eventos são, por norma, os barómetros dos sectores e o SIL é o reflexo do estado do sector imobiliário e será sempre influenciado pela evolução macro – económica, resultado da conjuntura nacional e internacional.
    O momento geopolítico e todas as consequências que daí advém não nos podem deixar indiferentes, tal como a instabilidade das taxas de juro podem influenciar a decisão na aquisição de imóveis. Claro que há desafios, como a ausência de habitação acessível, que ainda vão levar o seu tempo a resolver-se, e que temos a esperança que novas políticas de habitação surjam para colmatar essa carência.
    Apesar da instabilidade interna e mundial, constatamos que o sector está unido e é extremamente resiliente. Prova disso é que na edição de 2024 do SIL está confirmada a presença de cerca de 90% das empresas que participaram na edição anterior, entre as quais os principais promotores e mediadores imobiliários e tendo inclusive cerca de 10% aumentado a sua área exposicional.

    Tendo em conta que um dos pontos fortes da feira são as conferências SIL, que temas serão abordados e quais destaca?
    Mais uma vez o SIL, será palco de debate sobre temáticas de grande importância e actualidade para o sector do Imobiliário.
    Assim, no dia 2 de Maio decorrerá, a Conferência CNN Summit – Portugal Habita, cujo principal enfoque será sobre as Políticas Nacionais de Habitação, a Reabilitação Urbana, o Futuro do Mercado Imobiliário e as Políticas de Habitação Pública – com o Papel das Autarquias, com a participação de autarcas responsáveis pela gestão das principais cidades do País.
    No dia 3 de Maio, terão lugar as Conferências do SIL Investment PRO, organizadas em colaboração com o parceiro estratégico do SIL, a APPII, onde serão abordados temas como a Inteligência Artificial ao Serviço do Imobiliário e as Novas Técnicas Construtivas, Sustentabilidade e Eficiência Energética.
    De qualquer modo, a agenda está disponível no site do evento e haverá por certo outras iniciativas dos próprios expositores com interesse para os visitantes.

    Qual o país convidado e a região em destaque, assim como como iniciativas previstas neste âmbito?
    O SIL 2024 abre as Conferências com o foco nas Políticas Nacionais de Habitação e as Políticas de Habitação Pública – com o Papel das Autarquias, como já referi. Nesta conferência irão participar Autarcas responsáveis pela gestão das principais cidades do País, como Lisboa, Cascais, Porto, Sintra e Oeiras.
    Fazemos uma aposta forte no SIL Cidades, sendo o SIL um catalisador do sector Imobiliário das cidades e um pilar fundamental para a captação de investimento e desenvolvimento quer económico, quer social dos meios urbanos. Nesta edição temos confirmadas as presenças das grandes metrópoles do Porto e Lisboa, mas também de cidades como o Seixal, Vila Nova de Gaia ou Santarém e a Região Autónoma da Madeira, através da Invest Madeira.
    No âmbito da exposição, que sectores estão em destaque pela sua representatividade?
    Este ano temos uma vez mais a participação dos principais promotores e mediadores imobiliários, sendo que 10% destes participantes, aumentaram a sua área de exposição, o que reflecte a valorização do investimento no Salão.
    O SIL contará ainda com um conjunto de expositores que participam pela primeira vez, onde se destaca o crescimento de áreas fundamentais para o sector como sejam as tecnologias associadas ao imobiliário – Proptech.

    Qual o número previsto de empresas presentes? Verifica-se um crescimento ou alguma retracção nas presenças?
    A tendência é de crescimento, na 27ª edição do SIL, a qual decorre mais uma vez, em simultâneo com a Tektónica, estimamos um número superior a 25 mil visitantes. Serão cerca de 210 expositores e mais de quatro mil congressistas.

    De alguma forma, o sector imobiliário é um dos que mais tem beneficiado com as novas tecnologias permitindo um trabalho muito mais interactivo tanto por parte dos mediadores, como de quem promove. De que forma a feira tem que acompanhar esta evolução e simultaneamente manter a sua atractividade enquanto espaço de negócios?
    O SIL é o ponto de encontro dos profissionais dos Investidores, Empresários, Técnicos, Organismos Públicos e Público potencial comprador. É um facto que as novas tecnologias facilitam o dia a dia dos profissionais e o SIL tem acompanhado a tendência de crescimento das tecnologias associadas ao imobiliário – Proptech. Uma vasta gama de serviços facilitam processos, mas estou convicto que não substituem o contacto directo e a necessidade que os profissionais sentem em vir ao SIL para contactarem com os principais players do mercado.

    Relativamente aos prémios, o que podemos esperar, tanto em termos de finalistas, como de novidades?
    Esperamos uma 15ª edição dos Prémios SIL do Imobiliário muito participada. Foram recebidas mais de 40 candidaturas e os vencedores serão conhecidos no primeiro dia do SIL.
    As categorias a considerar são – Construção Sustentável, Melhor Empreendimento Imobiliário e Reabilitação Urbana, Melhor Campanha de Lançamento, Responsabilidade Social, Inovação. Os Prémios SIL do Imobiliário são um dos pontos altos do Salão, pois distinguem projectos e personalidades que se destacam pela excelência no sector imobiliário e pelo trabalho desenvolvido.

    Além da realização das feiras do sector imobiliário em Portugal, a Fundação AIP tem uma aposta forte na promoção no estrangeiro através da presença e realização de feiras. O que está previsto neste sentido?
    No passado realizámos iniciativas em mercados como China, Brasil, França, entre outros, contudo, presentemente, a Fundação AIP não tem prevista a organização de eventos de promoção do sector no estrangeiro. No entanto, tendo em conta o dinamismo deste mercado, estamos sempre disponíveis para avaliar, junto dos players do sector essa possibilidade.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

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    CBRE assessora Bolschare Agriculture na integração da divisão agrícola da Borges Agricultural & Industrial Nuts

    Com este negócio a Bolschare expande o seu negócio com a gestão de 1.900ha de cultivo de amêndoa, pistácio e nogueira em 14 propriedades localizadas em Badajoz, Granada e Alentejo (Portugal)

    CONSTRUIR

    A CBRE assessorou a Bolschare Agriculture na integração da Borges Agricultural & Industrial Nuts (BAIN), unidade de negócio de frutos secos da Borges International Group (BIG). A Bolschare Agriculture assume, assim, gestão da divisão agrícola da Borges após a formalização do acordo que o BIG alcançou para a venda da sua filial agrícola ao Natural Capital Fund, fundo gerido pela gestora especialista Climate Asset Management (CAM).

    Desta forma, a Bolschare expande o seu negócio com a gestão de 1.900ha de cultivo de amêndoa, pistácio e nogueira em 14 propriedades localizadas em Badajoz, Granada e Alentejo (Portugal), negócio que nos últimos três anos representou 7% do produto comercializado pela BAIN e 0,8% para todo o Grupo BIG. Através da integração da BAIN, o grupo Bolschare posiciona-se como um operador de referência no Sul da Europa para investidores institucionais, incorporando novos projectos internacionais de alto nível e consolidando a sua posição na Península Ibérica.

    “É um privilégio ter assessorado a Bolschare Agriculture durante esta operação em que consolida o seu posicionamento de operador agrícola de referência especializado em investidores institucionais no Sul da Europa. O investimento institucional na Península Ibérica ganhou especial relevância e aumentou exponencialmente desde 2015. Operadores agrícolas profissionais como a Bolschare Agriculture, capazes de prestar serviço em diferentes geografias e culturas, com vasta experiência em ESG, agricultura regenerativa e relacionamento com investidores institucionais , são uma peça fundamental e ocupam uma posição estratégica no desenvolvimento e profissionalização do sector agroalimentar”, refere Manuel Valadas de Albuquerque, director sénior de Agribusiness da CBRE para o Sul da Europa.

    O grupo Bolschare Agriculture nasceu há mais de uma década como uma empresa familiar localizada na Extremadura com uma grande tradição agrícola em Espanha e Portugal. Desde a sua criação, a empresa tem-se concentrado na optimização da gestão e transformação dos activos agrícolas numa perspectiva ESG e na aposta em culturas de alto valor acrescentado e na agricultura regenerativa. A Bolschare transformou mais de 20.000 hectares de culturas permanentes e gere mais de 10.000 hectares na Península Ibérica.

    “A ‘razão de ser da empresa baseia-se na conversão de um sector-chave como a agricultura em motor de mudança, garantindo que a rentabilidade e a responsabilidade andam de mãos dadas para gerar um impacto positivo na sociedade, que inspire e proteja pessoas. E esta operação consolida esse caminho. Estamos entusiasmados por promover a agricultura na Península Ibérica e fazê-lo com a Climate Asset Management, que ao participar neste projecto diversificado e de grande escala permitirá que o mesmo tenha um impacto positivo no nosso portfólio e ajudará ambas as empresas a crescerem juntas em direcção à rentabilidade mas sobretudo a um futuro com zero emissões de carbono. O apoio e assessoria da CBRE tem sido uma grande ajuda para impulsionar o nosso crescimento a nível institucional”, sublinha Pedro Foles, CEO da Bolschare Agriculture.
    A Climate Asset Management foi fundada em 2020 numa parceria entre o HSBC Asset Management e a Pollination, com o objectivo de desenvolver e fornecer soluções de investimento que acelerem a transição para um futuro com emissões líquidas zero e resiliente ao clima.

    O Fundo Natural Capital Fund irá gerir os activos através do seu parceiro de referência, Bolschare Agriculture, que adquirirá a gestão dos serviços agrícolas. Este acordo foi formalizado durante 2023 para a gestão e transformação dos activos adquiridos pelo CAM na Península Ibérica. Esta associação assenta numa visão partilhada de optimização de recursos e fixação de carbono atmosférico através de práticas agrícolas amigas do ambiente e da implementação de sistemas de produção inovadores, mais rentáveis e sustentáveis.

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