Especial Domótica – Integração é palavra de ordem
O conceito está cada vez mais na ordem do dia mas também parece certo que persistem alguns mitos em torno do que é e do que pode ser a domótica.
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O conceito está cada vez mais na ordem do dia mas também parece certo que persistem alguns mitos em torno do que é e do que pode ser a domótica. Melhor. Do que deve ser a integração. Hoje mais do que os automatismos e os conceitos tecnológicos, discute-se a integração de soluções que funcionem em prol do bem estar, da segurança, das comunicações. Domótica é ainda um conceito adjectivado como “caro”, “complexo” e demasiado futurista. Em bom rigor, subsiste a ideia de que este tipo de soluções são dignas de um filme como Matrix ou associada a factores que mais não são do que “futilidades”. Mais do que se pensar que os automatismos podem ser usados para preparar um banho quente via telemóvel, a integração de sistemas pode essencialmente funcionar como corte de água ou energia no caso de uma emergência o justificar. António Trigo, administrador da Casa Sapiens, defende que “o mercado tem vindo a evoluir, embora de uma forma mais lenta do que seria de esperar. Tem-se notado que existe já um maior conhecimento, quer por parte dos utilizadores finais quer por parte dos promotores e construtores, das soluções existentes e das funcionalidades que elas podem proporcionar”. Ricardo Noronha, responsável de marketing da Microsegur, revela que “existe uma boa receptividade no segmento dos imóveis de luxo, que acabam por ser uma espécie de nicho de mercado, com potencial de crescimento neste sector. Já no que diz respeito a grande edifícios, torna-se usual hoje em dia falar numa filosofia de automação, como forma de articulação electrónica, gerindo os sistemas existentes, ou seja, cada vez mais entramos no conceito de edifícios inteligentes em que a integração dos sistemas como Controlo de Acessos, Detecção de incêndios ou AVAC são geridos através de uma única plataforma. O mesmo defende a directora de marketing da Tev2. Benilde Magalhães considera que “o mercado nacional está numa fase de consolidação, marcado por uma forte mudança de atitude no sector do ambiente e das preocupações energéticas, na qual a domótica e imótica também se inserem”. Para Domingos Santos, director-geral da Intelbus, empresa integrada no grupo Azevedos, “existe no cliente final alguma confusão sobre esta temática, nomeadamente na procura de soluções de domótica no mercado. Ao contrário do que se possa pensar, as soluções de domótica enquadram-se na construção como uma nova especialidade, sendo as empresas ‘integradoras’ as entidades indicadas no esclarecimento e implementação de soluções de domótica”.
Integração
Mas e de que modo é que as empresas olham para a integração? Para Domingos Santos, “integração proporciona a gestão técnica dos sistemas instalados nestes espaços, tornando-os mais ou menos ‘inteligentes’ em função das possibilidades que são dadas ao utilizador para interagir e programar acções”. Em rigor, o responsável pela Intelbus recorda que “domótica é a integração de funcionalidades, tais como, iluminação, accionamentos (persianas, telas, toldos), climatização, segurança (bens e pessoas), aquecimento, gestão de cargas, entre outros, no ambiente residencial (apartamentos, moradias e edifícios de habitação), e também integração de sistemas e protocolos, tais como, electricidade, electrónica, informática, áudio e vídeo e telecomunicações no ambiente residencial (apartamentos, moradias e edifícios de habitação). António Trigo, responsável pela Casa Sapiens considera que “a tecnologia domótica é um passo firme até ao futuro porque possibilita que o nosso lar seja mais cómodo e permite-nos dispor de mais tempo livre para desfrutar”. “No que se refere a soluções, a “integração” sempre foi um dos conceitos chave para a Casa Sapiens dado que para nós a domótica é um conjunto de serviços para o lar proporcionados por sistemas tecnológicos interligados e geridos de maneira integrada, que têm como objectivo satisfazer as nossas necessidades no que respeita a Segurança, Conforto, Comunicações, Vídeo mensagem, Entretenimento e poupança energética”, sublinha.
Evolução do mercado português
Nesse sentido, para onde caminha o mercado nacional? Benilde Magalhães, directora de marketing da TEV2 considera que neste momento “os clientes estão dispostos a pagar um pouco mais, se a solução é sustentável, isto é, se a solução é eficiente em energia e ecologia a longo prazo”. Aquela responsável entende que “estamos perante uma mudança de paradigma que vai desenvolver mais fortemente os seus efeitos nos próximos anos. Esta tendência implicará maior oferta de produtos inovadores por parte dos fornecedores destas tecnologias. Claro que o desempenho deste segmento está correlacionado positivamente com o sector da construção no segmento médio/alto. E neste sentido, a introdução deste tipo de tecnologia funciona como factor diferenciador para os promotores”. “O caminho vai continuar a ser o de uma maior aceitação das soluções por parte dos consumidores, o que, com a sua exigência aquando da aquisição da sua casa, irá obrigar os promotores e construtores a dar uma maior atenção a este tipo de soluções quando iniciam um projecto imobiliário”, considera o administrador da Casa Sapiens. António Trigo acrescenta que “apesar de este tipo de sistemas integrado ainda não ser do conhecimento generalizado das pessoas, que conhecem muito melhor os tradicionais sistemas de segurança de intrusão, tem-se vindo a notar um acréscimo de interesse pela colocação deste tipo de produtos integrados, principalmente quando são explicadas as grandes diferenças e vantagens da colocação destes sistemas em relação aos tradicionais”. A possibilidade de simulação de presença durante a ausência com a actuação sobre estores e iluminação, onde se simula a presença de pessoas em casa dissuadindo assim que tenha intenção de assaltar as mesmas são algumas das vantagens apresentadas. “O aumento do conhecimento geral que uma solução de domótica pode proporcionar mais segurança, mais conforto e implementar um princípio de eficiência energética, sempre com uma utilização muito simples e adaptadas a todas as pessoas, vai permitir um crescimento da procura destas soluções integradas”, garante António Trigo.
Espaço inteligente
Já Domingos Santos, entende que “um espaço “inteligente” deve proporcionar aos seus utilizadores uma total satisfação em termos de conforto, segurança, comunicações e poupança de energia, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da sociedade”. O director-geral da Intelbus acrescenta ainda que “deve ainda permitir a sua integração numa envolvente de arquitectura que demonstra um maior respeito pelo meio ambiente e as gerações futuras”. Domingos Santos conclui que “os desenvolvimentos em termos tecnológicos, onde se enquadra o conceito de Domótica, indicam um caminho irreversível no sentido de as casas adoptarem as novas tendências em termos de arquitectura, construção e tecnologias e que se tornem flexíveis, evolutivas e adaptáveis, ou seja, que se tornem casas mais inteligentes”. Ricardo Noronha, da Microsegur, recorda que apesar da baixa nos índices de construção nova, “as habitações adoptarão novas tendências em termos de arquitectura, de construção e consequentemente de tecnologias, tornando-se evolutivas e adaptáveis, caminhando a passos largos para se tornarem casas inteligentes.
Novidades
A TEV2 terá disponível já no ultimo trimestre deste ano, o mini ecrã táctil 3,5” Eelectra que permite controlar as diversas funcionalidades da habitação. Com um design minimalista, este equipamento tem visor a cores e sensor de temperatura digital. Apesar do seu tamanho reduzido, os pulsores eelectra permitem uma infinidade de configurações como controlo de dimming, iluminação, estores ou cortinas eléctricas e cenários. O seu design minimalista ultra fino para dar uma nova vida às paredes da sua casa e com botões de grandes dimensões para fácil utilização. Para além disso, é também novidade o DIVUSMIRROR, a combinação perfeita de um PC que é painel Touch e um espelho de alta qualidade.
Enquanto em modo de espera DIVUSMIRROR parece um espelho convencional basta um toque no espelho e este irá activar a exibição de um painel PC de 15″ ou 19″. Este tem a vantagem de poder ser colocado num máximo de 25 mm da parede ou então embutido na mobília. “A principal aposta da nossa empresa são os nossos clientes, apresentando as melhores soluções de domótica existentes no mercado e garantindo todo o suporte apoio técnico durante a existência das instalações por nós implementadas”, considera Domingos Santos, director-geral da Intelbus. “Um dos factores mais relevantes na implementação de uma solução de domótica, senão o mais relevante, é a fiabilidade e robustez do sistema. Para o cliente final de domótica, mais importante que as soluções implementadas ao nível da integração de funcionalidades, é a durabilidade do sistema a sua taxa de avarias e a prestação de serviços da empresa instaladora”, acrescenta este responsável, considerando que “a Intelbus optou por trabalhar com tecnologias certificadas, nomeadamente, o sistema KNX para o residencial, e soluções integradas baseadas em KNX, LonWorks e BACnet para os edifícios (escritórios, públicos, hospitais, hotéis, etc.)”. A Casa Sapiens está, por seu lado, a reforçar a aposta na solução ComuniTec. Para o responsável da empresa, um lar equipado com este conjunto de soluções “é um Lar que está preparado para o futuro, que nos recebe ao chegar a casa, que nos diz quem veio tocar à nossa porta durante a nossa ausência, que acondiciona a nossa casa apenas com o apertar de um botão, o envio de SMS, uma chamada telefónica ou uma conexão Internet”. A solução dispõe de um conjunto de módulos que permitem controlar o sistema através de comandos de voz, por via de um módulo wireless, ou por via de uma conexão por IP. António Trigo define o controlo de voz sublinhando que este módulo garante uma “ total autonomia, o seu reduzido tamanho e a capacidade de programação segundo as necessidades de cada utilizador. Permite uma integração total com as acções do dia-a-dia, como o controlo de luzes, estores, electrodomésticos, etc. Está particularmente indicado para pessoas com dificuldade de movimentação, acamados ou idosos, etc”. Já o modulo wireless é integrado no bus de potência do sistema domótico, e graças à integração deste sistema sem fios dentro do próprio bus abrem-se novas expectativas para a sua utilização quer em casas já prontas, em ampliação de soluções para zonas e dispositivos não previstos inicialmente, para casas em fase de restauro com dificuldades de passagem de cablagens para determinadas zonas e para em acessos mais distantes, transformando-a como a solução mais versátil e autónoma. O módulo que usa um protocolo de Internet (IP, na sua designação original) é uma versão mais recente “capaz de comunicar em urbanizações inteiras, condomínios, bairros privados, etc., com uma única Unidade Central, oferecendo as suas múltiplas funcionalidades sem passagem de canalizações e cablagem ponto a ponto, graças à tecnologia IP”. “Nas zonas privadas, enquanto beneficiam desta conectividade com os últimos protocolos de comunicações e segurança, desfrutam da sua solução domótica que trabalha de forma paralela, independente e personalizada para cada utilizador segundo as suas necessidades”, considera António Trigo.
Opinião – Paulo Veríssimo CEO IDPT
Vivemos tempos difíceis, onde a crise financeira é uma realidade… e na nossa área – Instalações Técnicas, não é diferente…
Há uma outra crise que perdura inabalável, e que reside numa mentalidade suportada no orçamento rápido e de baixo custo, associado ao “salve-se quem puder” e “quem vier atrás, que feche a porta”, privilegiando o total desrespeito pelo trabalho dos ‘outros’.
A única forma de vencer face aos tempos que vão correndo, e que insistem em perdurar, reside na evolução da forma de pensar, associada a uma forma diferente de trabalhar.
É neste sentido que surge em 2009, a IDPT – Projecto, Integração e Sistemas, que recorrendo a uma abordagem diferente – uma abordagem integrada, defende a avaliação (realista) prévia e focalizada da solução a implementar em edifícios, desde o início da sua concepção, lado a lado com o arquitecto, dando origem a uma equipa dinâmica e eficiente, baseada no know-how e na confiança.
De forma a garantir a qualidade pretendida, é necessário ir além da integração de know-how incluindo todas as instalações técnicas, mediante a integração de serviços – apoio no desenho da solução, registo pormenorizado da solução – projecto (integrado) de execução, e domínio dos vários sistemas, de modo a garantir a sua correcta instalação/integração.
Assim sendo a IDPT está no mercado em duas frentes – iD Projecto e iD Sistemas/Instalação, que sendo independentes são complementares, se encararmos a necessidade de garantir a qualidade e consistência da solução desde a sua concepção á sua instalação.
Há que ter a coragem de avaliar as opções disponíveis, definir o que realmente se pretende, valorizar a solução, e assumir os seus custos reais, o que, associado a uma abordagem integrada, permite a optimização dos sistemas e processos, garantindo a qualidade pretendida e traduzindo-se numa redução efectiva de custos.
Com a rápida e constante evolução tecnológica, e o aumento do nível de exigência por parte dos clientes, a Integração é cada vez mais a palavra de ordem, conduzindo a uma evolução natural dos próprios conceitos.
Vejamos o exemplo da domótica (tema desta edição), e que começou por ser um sistema complementar de controlo, hoje integra o controlo, a segurança, complementada pela tele-vigilância (cctv), o video porteiro, as comunicações, o audio, o video, a multimédia, a climatização, e as energias renováveis…. e onde a instalação eléctrica é a base.
Já não faz sentido falar de instalação eléctrica e instalação de domótica, hoje temos instalação eléctrica simples, ou mais complexa, integrando sub-sistemas de controlo, segurança, comunicação, etc, não sendo assim necessário recorrer a equipas diferentes para cada área de execução.
Com a evolução dos conceitos, a exigência de conhecimentos ao nível das várias instalações técnicas, e da sua integração, é cada vez maior, dando por sua vez origem a uma nova classe de Instalador, o Integrador.
Regendo-se por estes princípios, a IDPT garante o desenvolvimento e/ou instalação da solução mais adequada a cada caso – uma solução com iDentidade
Procurando levar esta visão ainda mais longe, e privilegiando a integração regional, a IDPT orgulha-se de comemorar o seu primeiro aniversário, com a abertura das suas instalações no Porto (Maia).
Não perdemos a esperança, porque acreditamos no que fazemos…