Apresentado calendário de iniciativas do Plano de Urbanização da Quimiparque
“A requalificação deste território, cerca de 300 hectares, é determinante para a requalificação do concelho e para que o Barreiro seja uma centralidade”
Lusa
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A Câmara Municipal do Barreiro apresentou o calendário de iniciativas no âmbito do Plano de Urbanização do Território da Quimiparque, considerado pela autarquia como o projecto mais importante para revitalização do concelho.
O autarca do Barreiro, Carlos Humberto (PCP), defende que a requalificação deste território, cerca de 300 hectares, é determinante para a requalificação do concelho e para que o Barreiro seja uma centralidade.
Um espaço virado para o emprego, inovação, actividade económica, lazer e cultura são os objectivos da autarquia, num plano que ultrapassa a dimensão do território da Quimiparque.
O estudo prévio do Plano de Urbanização da Quimiparque assumia três centralidades, a gare sul e a zona empresarial, outra é a praça central e nova estação fluvial e uma terceira que é no rio Coina, junto ao actual terminal, dedicado à náutica de recreio.
Aproveitar a frente de cerca de 3 quilómetros do Tejo na Quimiparque é também um dos objectivos.
O estudo apresentado contempla três centralidades: zona A envolve actividades industriais e de logística pesada e especializada explorando sinergias (rodo-ferro-portuária), na zona B estão previstas a existência de actividades económicas diversas, indústrias do conhecimento, serviços empresariais avançados e a zona C é a de revitalização e potenciação de qualidade de vida urbana, através da reabilitação do edificado, requalificação de habitação, comércio, serviços e criação de novos espaços verdes.
Este projecto de requalificação está integrado no projecto Arco Ribeirinho Sul, que prevê a requalificação das antigas áreas industriais da Quimiparque, no Barreiro, da Margueira, em Almada, e da Siderurgia no Seixal.
Os projectos da requalificação dos territórios têm um prazo de execução de 15 anos para a Margueira, Almada, 12 para a Siderurgia, Seixal e 18 para a Quimiparque, Barreiro.
A antiga CUF de Alfredo da Silva, cuja primeira unidade fabril se instalou no Barreiro em 1908, marcou a então vila e o seu crescimento aconteceu lado a lado com a fábrica, sendo, durante muitos anos, um dos mais importantes complexos industriais da Península Ibérica e o mais importante em Portugal.
No final da década de 80 começou a haver um declínio e a extinção de algumas indústrias. Então, foi criado o Parque Empresarial da Quimiparque para utilizar o território.
Grande parte das indústrias que marcaram a vida do concelho e daquele território em especial terminaram, surgindo empresas que ocuparam os muitos espaços existentes.
Nesta altura, para além de empresas, está na Quimiparque a Divisão da PSP do Barreiro, os bombeiros Sul e Sueste e em território do Parque está a ser construída a Estação de Tratamento de Águas Residuais do Barreiro e Moita.
No Barreiro, a Gare do Sul, uma estação multimodal de transportes, que também irá contar com uma área de serviços, deverá ser a primeira zona a avançar no terreno, estando a ser efectuados trabalhos de relocalização das empresas existentes no parque e a descontaminação dos solos.
A Terceira Travessia sobre o Tejo, entre Barreiro e Chelas, também vai entrar no concelho pelo território da Quimiparque.
A autarquia considera que, com a nova ponte, o projecto da Quimiparque vai avançar mais depressa, mas já salientou por diversas vezes que o projecto é para avançar mesmo sem ponte.