Dinamarqueses BIG vencem concurso para Centro Cultural na Albânia
Em comunicado de imprensa o gabinete dinamarquês explica que a cidade de Tirana está actualmente a passar por uma reformulação urbana
Ana Rita Sevilha
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O gabinete dinamarquês BIG, liderado por Bjarke Ingels, ganhou mais um concurso internacional, desta vez para o futuro Centro Cultural da capital da Albânia, Tirana – um centro com 27 mil metros quadrados e que integra uma mesquita, um centreo islâmico e um museu dedicado à harmonia religiosa.
Em comunicado de imprensa o gabinete dinamarquês explica que a cidade de Tirana está actualmente a passar por uma reformulação urbana que incide sobre a a reabilitação dos edifícios existentes, a construção de novas estruturas urbanas públicas e privadas e a reconceptualização da principal praça da cidade – Scanderbeg Square, que irá receber o futuro Centro Cultural desenhado pelo BIG.
O gabinete liderado por Bjarke Ingels foi primeiramente seleccionado para uma shortlist onde figuraram nomes como o arquitecto espanhol Andreas Perea Ortega, o gabinete francês Architecture Studio, o alemão SeARCH e Zaha Hadid.
De acordo com declarações do presidente da câmara de Tirana “a proposta vencedora foi escolhida pela sua capacidade de criar um espaço público suficientemente flexível para acomodar os vários usuários diários dos eventos religiosos ao mesmo tempo que se liga de forma harmoniosa com a Praça Scanderbeg, a cidade de Tirana e os seus cidadãos de diferentes religiões”.
O mesmo responsável salientou ainda o jardim em torno da mesquita e do Centro de Cultura Islâmica, e a consciêncialização da equipa sobre os aspectos económicos do desenvolvimento do projecto.
A forma do edifício nasceu da intersecção de dois eixos: a malha da cidade de Tirana – que exige um enquadramento adequado da praça e uma identidade urbana coerente; e a orientação da parede principal da mesquita para Meca.
A proposta do colectivo BIG incorpora a malha da cidade através da manutenção da linha da rua que atravessa a praça, e rodando o piso térreo de forma a que tanto a mesquita como a praça fiquem de frente para Meca. Esta transformação permite a abertura de praças – duas mais pequenas de lado da mesquita e uma maior com um minarete, que são semi-cobertas.
“Trazendo a mesquita para o exterior, e trazendo o seu programa e qualidades para o espaço público, a religião torna-se inclusiva e convidativa, e o espaço sombreado pode ser partilhado por todos”, explica o gabinete em comunicado de imprensa.
Para Bjarke Ingels este é um projecto muito importante para o gabinete, por um lado por ser um previlégio contribuir para o ambicioso plano de rejuvenescimento da cidade de Tirana, e porque a tolerância religiosa é um dos grandes desafios de hoje – político, cultural e até urbanístico, sublinha o arquitecto.
A mesquita terá a capacidade para receber mil pessoas para as suas preces diárias, e pode ainda ser expandida e receber uma capacidade que poderá ir até às 10 mil pessoas
A fachada, com as suas janelas rectangulares permite privacidade e emsombramento ao mesmo tempo que possibilita vistas do exterior. A iluminação no interior da mesquita muda dramaticamente ao longo do dia, à medida que a luz desliza pelas superfícies curvas da fachada.