Imobiliário acelera reformas de transparência nos mercados africanos
A África Subsaariana concentra cinco dos 10 lugares dianteiros no que concerne ao maior avanço em termos de transparência do mercado imobiliário
Pedro Cristino
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O relatório bi-anual Global Real Estate Transparency, divulgado pela JLL e pela LaSalle Investment Management, concluiu que os mercados imobiliários africanos aceleraram as reformas de transparência.
A consultora imobiliária salienta, no seu comunicado de imprensa, que, nos mercados em que a transparência “melhora e abunda, seguem-se, quase sempre, fluxos de investimento imobiliário e mudanças no mercado”, tendência que chegou à África Subsaariana, que concentra cinco dos 10 lugares dianteiros no que concerne ao maior avanço em termos de transparência do mercado imobiliário.
Neste ranking classificam-se Quénia, Gana, Nigéria, Zâmbia e Mauritânia e, “com uma maior afluência de ocupantes corporativos, as economias de maior crescimento desta região estão a captar cada vez maior interesse do imobiliário global”.
Segundo a JLL, como indicadores de melhoria de transparência, conta-se o reconhecimento por parte do Governo de que uma baixa transparência afecta o investimento e a qualidade de vida, a maior mediatização das questões relacionadas com a corrupção, escândalos e acidentes de construção, um aumento no investimento estrangeiro impulsionado por mercados imobiliários mais fortes e as expectativas da Geração Y, “que têm trazido questões de partilha de dados e práticas de sustentabilidade para a agenda”.
Os dados de 2014 do Global Real Estate Transparency mostram que os países da África Subsaariana estão “numa fase ainda bastante inicial de construir e reformar as suas infra-estruturas da indústria de imobiliário comercial”. Contudo, a JLL sublinha que a sua resposta aos interesses externos coloca alguns dos seus países “entre os que mais evoluíram face a inquéritos anteriores”.
“Os países que mais evoluem em cada ciclo estão geralmente relacionados com as vagas de investimento directo estrangeiro (IDE), à medida que os investidores abrem caminho para a realização de reformas a nível de transparência e porque os Governos rapidamente percebem que uma baixa transparência desencorajará um investimento sustentado e continuado”, declarou Jeremy Kelly.
Segundo o director de Global Research da JLL, “o Quénia é um óptimo exemplo”, uma vez que, no último ano, “dispararam os projectos de IDE e não foi por coincidência que este país deu o maior salto em termos de transparencia da indústria imobiliária este ano”.
Neste sentido, a consultora ressalva que o Quénia deu início a uma série de melhorias infra-estruturais na indústria imobiliária, como a informatização dos registos prediais ou melhores análises e pesquisas do mercado imobiliário. Medidas como estas elevaram o país para a 55.ª posição no Índice de Transparência, quando, há dois anos, ocupava a 67.ª posição.
Portugal também tem subido neste ranking, tendo evoluído da 28.ª posição ocupada há dois anos para a 23.ª em 2014, mantendo-se na categoria de “transparente”. Segundo o estudo, Portugal apresentou em 2014 melhorias “bastante razoáveis”, considerando que foi bastante afectado pela crise financeira, factor que “limitou a sua capacidade de evoluir em termos de transparência, particularmente dado que a escassez de actividade de investimento reduziu a quantidade de informação disponível sobre transacções”.
“O facto de Portugal ser um país cada vez mais transparente em termos de imobiliário é uma excelente notícia para os investidores internacionais. Este é um resultado que nos deixa muito satisfeitos, sobretudo numa altura em que o país está a recuperar da crise e a melhorar a sua imagem no exterior”, declarou Pedro Lancastre.
O director-geral da JLL Portugal acrescentou ainda que acredita que as reformas introduzidas na economia e no sector da banca, aliadas “ao facto da actividade de investimento ter iniciado um percurso de recuperação, foram importantes para a subida no índice”. Por outro lado, a introdução do programa Golden Visa permitiu também “abrir o mercado a novas fontes de capital global”.