Investimento global em imobiliário comercial regista novo recorde trimestral
Na Europa, o ritmo de crescimento do volume transacionado quase se equiparou ao do Continente Americano, aumentando 21% para os US$ 267 biliões no total do ano
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O investimento directo em imobiliário comercial a nível global atingiu um novo recorde no último trimestre de 2014, de acordo com a JLL. Segundo a consultora, o volume transaccionado no 4º trimestre atingiu os US$ 218 biliões, elevando para US$ 700 biliões o volume total investido em 2014, num crescimento de 18% face a 2013, de acordo com os dados preliminares apurados pela mesma fonte.
Arthur de Haast, Lead Director, International Capital Group, na JLL comenta: “o Continente Americano e a Europa foram o motor para o crescimento global, com a recuperação económica quer dos EUA quer do Reino Unido a desempenhar um papel muito relevante. Já a actividade na região da Ásia-Pacífico ficou aquém na maior parte do ano, mas um último trimestre forte fez com que recuperasse para valores em linha com os níveis de 2013”.
O mesmo responsável continua: “ainda que o grau de incerteza no mundo seja agora mais elevado do que há 12 meses atrás, o investimento imobiliário directo deverá manter-se atractivo face a um cenário de baixas taxas de juro, pelo que antevemos volumes transaccionados entre os US$ 730 e os US$ 750 biliões em 2015, naquele que será o sexto ano consecutivo de crescimento deste indicador”.
David Green-Morgan, Global Capital Markets Research Director na JLL acrescenta: “depois do forte crescimento sentido na actividade transacional ao longo dos últimos seis anos, a evolução em 2015 poderá ser mais moderada à medida que os investidores ponderam quais os seus próximos passos. A economia global enfrenta novos desafios com a mudança da política monetária nos EUA, na Zona Euro e no Japão; com eleições cruciais em países como o Reino Unido, Espanha, Canadá e os recentes resultados eleitorais na Grécia, e com a economia Chinesa a prever um nível mais baixo de crescimento do PIB. Contudo, os macro indicadores do investimento em imobiliário mantêm-se, além de que a captação de fundos foi forte em 2014, as instituições continuam a alocar mais dinheiro ao investimento imobiliário directo e as economias emergentes estão a flexibilizar as regras relativas à exportação de capital”.
Em nota de imprensa enviada ao Construir, a JLL explica que o Continente Americano continuou a liderar em termos globais, com volumes de US$ 298 biliões em 2014, num crescimento de 24% em relação a 2013. Este valor foi impulsionado por um último trimestre forte nos EUA, onde os volumes transaccionados atingiram perto de US$ 85 biliões, 6% acima do registado no último trimestre de 2013. Os EUA, Brasil e o México mantiveram um bom ritmo transacional ao longo do ano, ao passo que o desempenho do Canadá ficou ligeiramente abaixo de 2013.
Na Europa, o ritmo de crescimento do volume transacionado quase se equiparou ao do Continente Americano, aumentando 21% para os US$ 267 biliões no total do ano. Enquanto os maiores mercados – Reino Unido, França e a Alemanha – registaram um crescimento sólido de 17%, alguns dos mercados de menor dimensão tiveram uma taxa de crescimento consideravelmente superior: Países Nórdicos (41%), Europa Central e de Leste (51%), Benelux (61%) e Europa do Sul (70%).
Por último, na Ásia-Pacífico, um último trimestre mais forte do que o previsto colocou a região novamente em linha com os níveis de actividade de 2013. O volume de US$ 42 biliões registado no 4º trimestre é o resultado trimestral mais elevado na região e traduz um crescimento de quase 40% em relação ao 3º trimestre, tendo sido impulsionado por um aumento da actividade na China e na Coreia do Sul, os mercados que sustentaram a actividade na região ao longo de 2014. No acumulado de 2014 os volumes transacionados foram de US$ 128 biliões, com a Austrália (+ 17%) e o Japão (+ 4%) a registar performances mais fortes que em 2013, ao passo que o desempenho da China ficou abaixo em 20% face ao ano anterior, não obstante um último trimestre forte.