Gigantes da construção do Reino Unido defendem permanência do país na UE
Para o sector da construção, “qualquer restrição significativa no movimento de trabalhadores poderá levar a uma maior carência de talentos num sector que já está, de certa forma, dependente de trabalhadores talentosos da UE”

Pedro Cristino
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Quatro grandes empresas ligadas ao sector da construção no Reino Unido defendem a permanência do país na União Europeia (UE).
A cerca de quatro meses do referendo nacional que decidirá se o país permanece ou deixa a UE, 200 quadros superiores de 100 das maiores empresas do Reino Unido – incluíndo as construtoras Mace Group e Carillion, e as empresas de engenharia Atkins e Arup – escreveram uma carta aberta, publicada no The Times, na qual alertam para importância do mercado europeu para a economia britânica.
“A Grã-Bretanha ganha mais ficando numa União Europeia reformada”, afirma o documento, que acrescenta ainda que deixar este grupo iria “ameaçar o emprego e colocar a economia em risco”. Para o sector da construção, “qualquer restrição significativa no movimento de trabalhadores poderá levar a uma maior carência de talentos num sector que já está, de certa forma, dependente de trabalhadores talentosos da UE”, afirmou Mark Reynolds, CEO do Mace Group à publicação norte-americana Engineering News Record.
Segundo o mesmo responsável, os potenciais impactos macroeconómicos e as ameaças resultantes ao investimento directo estrangeiro “poderiam afectar a capacidade da nossa indústria e da cadeia de fornecimento na produção de tão necessitadas infra-estruturas e habitações”.
“Mais forte” se ficar na UE
A carta, publicada pelo The Times e dirigida a David Cameron, primeiro-ministro do país, salienta que os assinantes dirigem empresas que “representam todos os sectores e regiões do Reino Unido” e que, juntas, “empregam centenas de milhares de pessoas em todo o país”. “O negócio necessita de acesso sem restrições a um mercado europeu de 500 milhões de habitantes de forma a poder continuar a crescer, investir e criar emprego”, continua o documento,espelhando também a opinião dos empresários de que, “deixar a UE, irá restringir o investimento, ameaçar empregos e colocar a economia em risco”. “O Reino Unido ficará mais forte, mais seguro e melhor se permanecer como membro da UE”, conclui a carta. Um inquérito realizado por uma associação britânica de trabalhadores independentes, a IPSE, apurou que 61% das construtoras do Reino Unido querem que o país continue a ser um membro da União Europeia, enquanto 24% votariam no sentido de abandonar esta confederação e 14% declararam-se indecisos.