Portos e logística impulsionam resultados da Mota-Engil no 1º trimestre
Resultado líquido do primeiro trimestre de 2016 foi impulsionado pela venda do negócio portuário e de logística e compara com os 3,4 milhões alcançados nos primeiros três meses de 2015
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A Mota-Engil apresentou esta terça-feira os resultados entre Janeiro e Março, com o lucro a disparar de 3,4 milhões de euros para 64 milhões, graças ao encaixe gerado com a venda do negócio portuário e de logística. Ou seja, está em causa um aumento, em percentagem, de 1783,1%. “O resultado líquido de 64 milhões de euros foi influenciado positivamente pelo ganho gerado na alienação do Negócio Portuário e de Logística”, pode ler-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários que adianta, igualmente, que o volume de negócios subiu 5,4% para 509,8 milhões de euros, “influenciado nomeadamente pelo crescimento na América Latina”.
O EBITDA, que diz respeito aos lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortizações, cresceu para 68,4 milhões, um aumento ligeiro fac aos 65,5 milhões de 2015. A Mota-Engil faz notar a “degradação da envolvente macroeconómica em África, principalmente em Angola”. “Assim, o volume de negócios apresentou uma redução de cerca de 19 milhões de euros face ao período homólogo de 2015 para 168 milhões de euros. No entanto, há que destacar pela positiva o crescimento do volume de negócios em Moçambique em 4%”.
Destaca, ainda, o aumento do volume de negócios nos mercados menos tradicionais, ou seja, sem ser Angola, Moçambique e Malawi. Comparativamente com igual período de 2015 apresentaram um crescimento de 20%. A dívida líquida alcançou 1.244 milhões de euros, menos 14,5% face ao último trimestre, “fruto da excelente performance do fundo de maneio e do encaixe relativo à alienação do Negócio Portuário e de Logística”, lê-se no mesmo comunicado.
“Em 31 de Março, o grupo tinha linhas de crédito contratadas e não utilizadas de 227 milhões de euros, traduzindo-se num montante total de liquidez efectiva de 675 milhões de euros. Consequentemente, o reembolso da dívida líquida com maturidade inferior a um ano encontra-se praticamente assegurado”. No final de Março, a carteira de encomendas totalizava 4.000 milhões, reflectindo um rácio carteira de encomendas/vendas e prestações de serviços da área de engenharia & construção de 1,9 anos e suportando a visão de crescimento a médio e longo prazo.
Desempenho em bolsa e dividendos
As acções da Mota-Engil caíram 3% nos primeiros três meses deste ano, tendo fechado o período com uma cotação de 1,861 euros. Atingiram um máximo e um mínimo de 1,937 euros e 1,174 euros, respectivamente.
No total, foram transaccionadas na Euronext Lisbon cerca de 40 milhões de acções, o que correspondeu a um volume médio diário de 639 mil acções.
O Conselho de Administração vai propor à Assembleia Geral de Accionistas, que terá lugar na quarta-feira, dia 25 de maio, a distribuição de um dividendo de cinco cêntimos (0,05 euros) por acção relativo ao exercício de 2015. “Este valor está em linha com a política de distribuição de dividendos em vigor da Mota-Engil que define um rácio de “payout” entre 50% e 75% do resultado líquido recorrente”.