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No mercado de compra e venda de casas, a procura continuou a cresce em Outubro nas três regiões analisadas – Lisboa, Porto e Algarve – ao mesmo tempo que se registou uma nova quebra nas instruções de venda
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O mais recente Portuguese Housing Market Survey (PHMS) conclui que “há cada vez menos oferta de habitação em Portugal Continental, quer no mercado de compra/venda, quer no de arrendamento”.
Segundo o Royal Institution of Chartered Surveyors (RICS) e a Confidencial Imobiliário (Ci), responsáveis por esta publicação, os resultados do inquérito de Outubro demonstram ainda que, paralelamente, a procura em ambos os mercados se mantém “em rota de crescimento, o que tem pressionado em alta quer os preços, quer as rendas”.
Segundo o director da Ci, “quase todos os inquiridos evidenciaram a falta de casos em ambos os mercados”. Para Ricardo Guimarães, “o claro decréscimo nas novas construções e, ao mesmo tempo, a orientação dos novos investimentos essencialmente para a reabilitação e para fins não residenciais”, constituem factores para esta redução contínua da oferta de casas que este responsável considera estar a “tornar-se um entrave para as famílias que procuram uma casa compatível com as suas necessidades”.
“Como resposta, muitas delas optaram por construir as suas próprias moradias, contribuindo para uma maior dispersão urbana”, conclui Guimarães.
Por sua vez, Simon Rubinsohn acredita que a procura de habitação deverá permanecer em terreno positivo, considerando a “melhoria contínua no mercado de trabalho” e as perspectivas de crescimento “que mostram que a economia portuguesa ganhou uma dinâmica expressiva no terceiro trimestre, expandindo-se ao ritmo trimestral mais rápido dos últimos três anos”. Contudo, “serão necessários ainda mais progressos para continuar a sustentar um crescimento sólido da procura”, frisa o economista sénior do RICS.
Segundo a Ci, no mercado de compra e venda de casas, a procura continuou a cresce em Outubro nas três regiões analisadas – Lisboa, Porto e Algarve – ao mesmo tempo que se registou uma nova quebra nas instruções de venda. Segundo o PHMS, este é o terceiro mês em que o volume de ofertas que chega ao mercado cai, uma diferença de “ritmo” entre procura e a oferta tem-se reflectido sobretudo nos preços, que continuam a aumentar, uma vez que, por ora, ainda não está a afectar as vendas.
A Ci e o RICS ressalvam que o número de transacções continuou a crescer no mês em causa, “naquele que foi o aumento mais acentuado desde Setembro de 2015”. No que concerne às expectativas, os inquiridos continuam a prever o aumento das vendas no curto prazo, bem como dos preços, tanto a curto como a longo prazo. Nos próximos 12 meses, os inquiridos antecipam mesmo a possibilidade de uma elevada subida dos preços em Lisboa, esperando-se que, a nível nacional, os preços cresçam cerca de 4% ao ano no próximo quinquénio.
No mercado de arrendamento, a procura mantém também a tendência de crescimento, “contrastando com uma oferta em contracção por parte dos proprietários”, desequilíbrio que voltou a impulsionar as rendas, que sobem há 18 meses consecutivos. Todavia, em termos de expectativas a curto prazo, os agentes antecipam que a procura de produtos para arrendamento possa reduzir nos próximos três meses.