Quando os valores se tornam espaço
“Materializar no espaço a solidez e a transparência passou por descobrir as formas existentes e conjugá-las com os novos elementos em busca da criação de um espaço coerente e ajustado à função, por forma a que espaço só por si encontre naturalmente um significado e uma clarividência (valores inerentes à everis) que o valorizam”, a propósito das novas instalações da Everis
Ana Rita Sevilha
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“Making the Future came True” foi o mote que deu origem ao novo escritório da everis, um espaço concebido a pensar nas pessoas e no seu bem-estar, que reflecte os valores da empresa e a sua aposta na valorização do capital humano, na criatividade e na inovação. O projecto é da autoria do gabinete de arquitectura Openbook.
Numa visita ao espaço a TRAÇO constatou ao vivo e a cores as grandes motivações para a criação dos novos escritórios, que resultaram em espaços mais harmoniosos e flexíveis que respondem de forma eficaz às necessidades dos colaboradores, respeitando os seus ritmos pessoais e profissionais e que acompanham, em simultâneo, a evolução da empresa e do negócio.
Transformar valores em espaço
O grande desafio da arquitectura foi o de materializar os valores da everis em espaço. “Da análise às expectativas do cliente e a todas as circunstâncias envolventes e preexistentes cedo surgiu uma linha de orientação central para o projecto: a busca da solidez e da transparência que enfatizam o caráter da própria everis e devem estar sempre presentes na criação arquitectónica”, explica a equipa projectista na memória descritiva.
“Materializar no espaço a solidez e a transparência passou por descobrir as formas existentes e conjugá-las com os novos elementos em busca da criação de um espaço coerente e ajustado à função, por forma a que espaço só por si encontre naturalmente um significado e uma clarividência (valores inerentes à everis) que o valorizam”, pode ler-se no mesmo documento.
O resultado traduziu-se em espaços que dão privilégio à luz natural e à ligação com a envolvente urbana, promovendo zonas amplas, bem iluminadas e bonitas vistas desafogadas sobre a cidade.
Deste jogo de conjugar as necessidades da everis com um discurso arquitectónico coerente nasceu também a necessidade de mais acolhimento e máxima funcionalidade.
De acordo com o arquitecto, “maior acolhimento pode passar por escolher cores e materiais que se associam à ‘terra’, os castanhos e cinzentos que conjugados irão conformar um ambiente no qual os ‘humanos’ encontram naturalmente elos de ligação e maior proximidade”.
Os espaços foram então pensados para incentivar à partilha e à vivência através da utilização de elementos orgânicos como o burel, da Burel Factory que reveste alguma das paredes ou a madeira que confere aos colaboradores uma experiência sensorial e que reflecte também uma preocupação ambiental na criação deste novo espaço, que é ainda ampliada à escolha de luzes led para iluminação de todo o escritório. Nota ainda para o mobiliário da responsabilidade da Iduna.
Totalmente integrado num espaço de trabalho para o futuro, a inovação também marca presença, aliando a integração das mais recentes tecnologias ao conceito de mobilidade e desta forma apelando à criatividade dos colaboradores convidando-os a tirar partido dos inúmeros novos espaços que foram criados para responder a diferentes necessidades: brainstormings, reuniões individuais ou de equipa, entrevistas, espaços privados e para chillout, que lhes permitem, simultaneamente, estarem mais conectados.
Residência artística
Elevando a criatividade ao mais alto nível, os novos escritórios da Everis contam ainda com a assinatura da artista plástica, Mariana Dias Coutinho. A convite da empresa e no âmbito de um programa de 4 semanas de residência artística que acompanhou o desenvolvimento do novo espaço, Mariana projectou um mural de 8 metros que reflecte a agilidade e a inovação e a abertura da empresa para o futuro e que se intitula “Ode a um viajante universal”. O mural convive de mãos dadas com o novo espaço, assumindo-se como um organismo vivo e mutável, já que se pretende que evolua com a organização ao longo do tempo, reflectindo o seu crescimento.