Escassez de oferta abranda ocupação de escritórios no 1º semestre
De acordo com a JLL, o stock de escritórios de Lisboa deverá crescer apenas 96.600 m² ao longo de 2017 e 2018, correspondendo à entrada de oito novos edifícios no mercado
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“O abrandamento do ritmo de crescimento da ocupação sentido ao longo do 1º semestre no mercado de escritórios, deve-se, sobretudo, à crescente escassez de oferta qualificada”. A conclusão é da JLL e do seu mais recente Office Flashpoint. De acordo com a consultora imobiliária, a análise mensal revela ainda que , depois de um ritmo de crescimento homólogo em torno dos 40% no 1º trimestre, a actividade encerrou o semestre em linha com o ano anterior (variação de -1% apenas), evidenciando uma absorção de 77.425 m2.
Mariana Rosa, directora do departamento de Office Agency da JLL comenta este resultado, sublinhando que “do ponto de vista da procura as perspectivas continuam muito positivas, já que as empresas se mantêm muito activas na procura de espaços, num cenário de conjuntura económica favorável. Quer isto dizer que é sobretudo no lado da oferta que residem as principais razões para esta desaceleração da actividade ocupacional, nomeadamente devido à escassez de espaço disponível pronto a ser ocupado com as características procuradas”.
“As empresas pretendem espaços modernos, áreas de grande dimensão por piso e, de preferência, em locais próximos de boas redes de transportes, uma conjugação que é cada vez mais difícil de encontrar. E face ao limitado pipeline de promoção nova, a escassez de espaços de qualidade que já se faz sentir deverá acentuar-se ainda mais, pelo que é crucial o investimento em novos projectos”, diz ainda Mariana Rosa.
De acordo com a JLL, o stock de escritórios de Lisboa deverá crescer apenas 96.600 m² ao longo de 2017 e 2018, correspondendo à entrada de oito novos edifícios no mercado. A maioria desta área já tem, contudo, ocupação garantida, mesmo apesar de perto de 70% da área ter surgido no mercado de forma especulativa.
No âmbito do Office Flashpoint, a JLL apurou também que, no 1º semestre, os “Consultores e Advogados” foram a franja da procura que mais se destacou, garantindo 20% da absorção e protagonizando duas das mais relevantes operações registadas no período. Nomeadamente, a mudança de duas sociedades de advogados – a Uria Menéndez Proença de Carvalho e a Abreu Advogados – para as suas novas sedes em Lisboa, ocupando cada uma um edifício inteiro no Prime CBD e na zona 4, respectivamente.
O podium dos ocupantes mais activos do semestre fica completo com a presença dos sectores de “TMT’s & Utilities” e de “Serviços Financeiros” com, respectivamente, 19% e 17%. Em termos geográficos, o Corredor Oeste (zona 6) foi a área mais concorrida no semestre, concentrando 29% da área ocupada; seguido do Prime CBD (zona 1), com uma fatia de 20%. A análise da JLL revela ainda que os 77.425 m2 ocupados neste período traduzem a realização de 129 operações, com uma área média de 600 m2. Confirmando a sua posição de liderança neste mercado, a equipa de Office Agency da JLL esteve envolvida na colocação de 38% da área total absorvida durante o semestre.
Relativamente ao mês de Junho, foram concluídas 21 operações que totalizaram uma absorção de 12.668 m², traduzindo uma área média de 603 m² por operação. Esta ocupação reflecte um crescimento de 12% face a Maio, embora tenha recuado cerca de 53% na comparação homóloga. Neste mês, foi a zona Histórica e Ribeirinha a mais activa (41% da área ocupada no mês), seguindo-se o Corredor Oeste (23%) e a Nova Zona de Escritórios (18%). Em termos de procura, destacam-se na actividade mensal os sectores de “Consultores e Advogados” (54% do take up mensal) e de “Serviços Financeiros” (22%).
Em termos de motivações, a “Mudança de Edifício” representou 62% da área transaccionada no semestre, a “Expansão de Instalações” 25% e a “Entrada de Novas Empresas na Região de Lisboa 13%”. Nas contas mensais, essa repartição foi de, respectivamente, 67%, 28% e 6%.