MAP Engenharia remodela edifício do Séc. XIX em Lisboa
A MAP Engenharia foi responsável pelos trabalhos de remodelação de um edifício na Rua Rodrigo da Fonseca, em Lisboa, uma obra promovida pela Morgan-Jupiter que contemplou um uso habitacional para o edifício datado do final do Séc. XIX
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A MAP Engenharia foi responsável pelos trabalhos de remodelação de um edifício na Rua Rodrigo da Fonseca, em Lisboa, uma obra promovida pela Morgan-Jupiter que contemplou um uso habitacional para o edifício datado do final do Séc. XIX.
A sua estrutura consistia em empenas e fachadas em alvenaria resistente sendo o seu interior caracterizado por paredes de frontal e de tabiques com os pavimentos em madeira. Ao CONSTRUIR, os autores desta intervenção revelaram que existia ainda um logradouro que foi alvo de uma intervenção com escavação e contenção periférica de forma a ser utilizado como estacionamento automóvel, cujo acesso será feito através de acesso sob o edifício.
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Reforço das fachadas
O edifício é destinado na sua totalidade ao uso da habitação, enquadrando-se no âmbito das “obras de alteração”, prevendo uma manutenção e reforço das fachadas existente e caixa de escadas do edifício até ao piso 2 inclusive (a uma altura de 12 metros aproximadamente), e a demolição integral do piso 3, 4 e cobertura que posteriormente foram construídas através de estrutura metálica assente sobre lintel a executar no topo das paredes estruturais periféricas do edifício, reforçando e atualizando o comportamento estrutural do edifício.
O edifício tem três fachadas: a fachada principal com frente para a Rua Rodrigo da Fonseca e a fachada tardoz orientada para o logradouro do edifício e interior do quarteirão, ambas com 25 metros de desenvolvimento, e a fachada lateral com afastamento de 2,35 m do edifício vizinho com 16 metros. A nordeste o edifício confina com um “edifício gémeo”. Relativamente ao faseamento construtivo a obra dividiu-se em 3 fases, nomeadamente a fase de demolição integral do piso 3 e 4, a da execução de estrutura e reforço de fachadas / demolição interior do piso 0 a 2 e a fase de acabamentos.
Demolição faseada
A obra iniciou-se com a demolição integral do piso 3 e 4. A fase mais sensível da construção acontece posteriormente a esta fase com a execução faseada da demolição / execução de estrutura definitiva. Nesta fase, e uma vez que a solução estrutural não contemplava contenção de fachada, é através de um processo controlado de demolição faseado com a execução da nova estrutura que permite conter as fachadas e caixa de escadas existentes.
Após a demolição integral do piso 3 e 4 procedeu-se à execução de uma viga de coroamento no topo das paredes exteriores ao nível do piso 3. Ao mesmo tempo desta operação foram realizadas as fundações necessárias para o levantamento dos pilares em estrutura metálica. Para a execução destas fundações ao nível térreo foi necessário fazer a demolição dos elementos não estruturais do piso 0, libertando-se algum peso da estrutura nesta altura através da remoção do peso das paredes estruturais internas no piso 1 e 2, mantendo-se a estrutura das paredes, em cruzes de Santo André, a garantir a transição dos esforços nestes pisos. Posteriormente à execução da viga de coroamento e da execução dos pilares até ao nível do piso 3, as paredes existentes do edifício foram amarradas com a execução da estrutura metálica do piso a este nível.
Reforço das paredes exteriores
Com a primeira fase concluída, foi possível começar a execução faseada de demolição / reforço paredes exteriores / execução de estrutura do piso em estrutura metálica e madeira. Assim, procedeu-se ao reforço das paredes exteriores e das escadas do piso 2 com a demolição simultânea das paredes interiores deste piso, seguido da demolição do piso existente e posterior execução da estrutura metálica. O processo foi repetido ao nível do piso 1 e 0, com recurso a uma abertura executada ao nível térreo para acesso ao tardoz não existente no edifício original. Esta abertura foi executada com recurso a perfis metálicos de reforço da fachada na zona da abertura.
É nesta fase com a estrutura metálica interior até ao nível do piso 1, que foi possível iniciar a execução da estrutura dos pisos 3, 4 e cobertura, com recurso estrutura metálica com madeira ao nível dos pisos. Ao mesmo tempo foi iniciada também a estrutura de madeira nos pisos inferiores.
É de salientar que ao nível da fachada exterior, esta sofreu para além do reforço interior com microbetão e malhasol, um reforço exterior com recurso a malha de carbono. Finalmente deu-se lugar aos acabamentos, com estrutura interior de paredes maioritariamente em gesso cartonado, dando origem a 40 apartamentos de tipologias T0 e T1.