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O European Locksmith Federation (ELF), de que é membro a Associação Portuguesa das Empresas de Chaves e Sistemas de Segurança (APECSS), realizou, pela primeira vez em Portugal, a sua convenção anual internacional, nos dias 26 e 27 de Maio, no Porto Palácio Congress Hotel & Spa.
A importância da certificação e regulamentação da actividade no nosso país, que a APECSS tem defendido, a adopção de sistemas de segurança assentes nas novas tecnologias e as implicações de inovações como as impressões 3D são os temas principais que estiveram em discussão no evento.
À margem da iniciativa, a APECSS alertou que “cerca de 80% das fechaduras das casas portuguesas não são seguras”. A conclusão surge da extrapolação para a realidade nacional de um estudo realizado, há quatro anos, no país vizinho pela Unión de Cerraderos de España, segundo o qual as fechaduras usadas são antiquadas e fáceis de abrir. “Esta extrapolação é possível, uma vez que o nosso parque de fechaduras é em tudo semelhante ao espanhol e não se alterou desde 2014”, como atesta Ricardo Jardim, presidente da APECSS.
No dia em que entrou em vigor o Regulamento Geral sobre a Protecção de Dados, arrancou a ELF Convention 2018, no qual se reflectiu o momento de viragem nos sistemas de segurança do mercado residencial, ou seja, da segurança mecânica tradicional para sistemas de segurança de conveniência “Smart” e “IoT”.
Foram ainda debatidas as implicações na segurança de fechaduras mecânicas e electromecânicas como consequência do avanço tecnológico de impressões 3D. “A adopção de tecnologias que já nos permitem, por exemplo, abrir a porta à distância com recurso a smartphones levanta questões de segurança. No entanto, os actuais sistemas são tão antiquados e frágeis, que certamente a tecnologia vem contribuir para melhorar”, explica Ricardo Jardim, presidente da APECSS.
Um dos maiores desafios com que Portugal se confronta nesta área é a ausência de regulamentação do sector. No nosso país, além de termos fechaduras antigas e frágeis, o trabalho profissional para forçar a abertura de portas, por exemplo em caso de esquecimento da chave, não é certificado, o que acarreta riscos de segurança e concorrência desleal.
A APECSS tem vindo a lutar pela regulamentação do sector em Portugal, defendendo a adopção do modelo italiano que criou disposições para profissões não regulamentadas enquadradas no Quadro Europeu de Qualificações (QEQ). Deste modo, a associação defende a certificação dos profissionais de acordo com a experiência técnica demonstrada, bem como a existência em todas as empresas do sector de pelo menos um técnico qualificado no âmbito do QEQ.
“O exercício desta actividade implica o acesso a informação cuja divulgação pode comprometer a segurança e os bens pessoais de cada pessoa; envolve a segurança do consumidor e o conhecimento de informação sensível relativa aos bens pessoais daquele, como morada, bens valiosos que possui, códigos de acesso, chaves de viaturas, entre outros. Torna-se portanto fundamental que o tratamento desta informação seja feito por entidades com a devida formação e certificadas”, defende o presidente da APECSS. “Os cidadãos têm o direito de poder recorrer a profissionais cujas qualificações sejam reconhecidas e que obedeçam a um código deontológico que os responsabilize”, acrescenta.