Limitar a procura no Imobiliário é “crime lesa-pátria”
Para a APEMIP as alterações previstas ao Regime Fiscal para Residentes Não Habituais vão travar o investimento estrangeiro e dirigi-lo para outros países.
CONSTRUIR
BOMO Arquitectos assinam reconversão de casa rural em Silves (c/ galeria de imagens)
O expectável aumento do volume de investimento na hotelaria europeia
Roca apresenta “Sparking Change” na Fuorisalone
Habitação: Câmara de Lagos aprova investimento de 9,4M€ na compra de terrenos
Vila Galé inaugura hotéis na Figueira da Foz e Isla Canela
Prémio Nacional do Imobiliário 2024 distingue empreendimentos do sector
DS Private reforça rede
Salto Studio ganha concurso para antiga Colónia Balnear da Areia Branca
Município de Esposende investe 3,6M€ na construção de residência de estudantes
Weber lança novo acabamento para fachadas
Quem o afirma é Luís Lima, presidente da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, a propósito das notícias (ainda não confirmadas) que dão conta da intenção do governo de exigir 10% de IRS aos reformados estrangeiros que pretendem aderir ao Regime Fiscal para Residentes Não Habituais (RNH), com um mínimo de imposto de 7 500€, por ano.
Para Luís Lima esta é uma má notícia para o sector imobiliário nacional. “Ceder às demonstrações de desagrado reveladas por outros países europeus sobre o nosso programa parece-me um absurdo, sobretudo quando no mesmo panorama temos países como Espanha, Irlanda ou Itália, com mecanismos muito semelhantes, que acabarão decerto por absorver o investimento que, com estas medidas, deixará de entrar em Portugal. Na minha visão é escandaloso que sejamos nós a travar o investimento ao abrigo deste tipo de programas que ajudaram a reabilitar os centros das cidades, a criar emprego no sector da construção e do turismo e que colocaram Portugal na rota do investimento imobiliário internacional”, afirma o representante dos profissionais de mediação imobiliária nacionais.
Na sua opinião o Governo cometerá um erro crasso ao tentar limitar a procura no sector imobiliário. “O problema habitacional que hoje se vive no País não é fruto do investimento estrangeiro, mas sim de décadas de ineficácia de sucessivos Governos que nunca se preocuparam com a implementação de uma verdadeira política habitacional. Agora que o problema estourou e que o seu impacto é incontestável, importa que sejam tomadas medidas efetivas para aumentar a oferta, e não para travar a procura existente. O sinal que se dá ao exterior é de que o País já não precisa de investimento, o que como todos sabemos, não é verdade”, declara.
A única alternativa para solucionar a falta de casas a preços acessíveis passa, na sua perspectiva, por uma tomada de posição efectiva por parte do Estado, seja através do poder central ou do poder local.