APEMIP: Vendas descem mas preços dos imóveis mantém-se apesar do Covid-19
Inquérito da APEMIP às imobiliárias, referente ao mês de maio, revela algum optimismo das empresas, apesar da quebra do volume de negócios
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81.1% das empresas ligadas ao sector da mediação imobiliária sofreram uma quebra do volume de negócios, em comparação com igual período do ano anterior. A procura também caiu para 64.5% das imobiliárias, no entanto, de acordo com 83.9% das mediadoras, os preços dos imóveis disponíveis para venda mantiveram-se, contra 15.5% que indicaram descida de preços. Os resultados foram apurados a partir de um inquérito realizado a cerca de quatro mil empresas de mediação imobiliária a operar em Portugal, a Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), aferiu o impacto que o Covid-19 teve junto deste sector durante o mês de Maio.
“Os números apresentados vão ao encontro daquilo que tenho vindo a dizer publicamente. Não há nenhuma justificação para que haja uma quebra de preços, a não ser pela correcção de valores que estavam especulados. Se na última crise havia um excesso de oferta que motivava uma descida dos preços, desta vez verifica-se ausência de stock, sobretudo nos segmentos médio e médio baixo, onde continua a haver falta de casas que suprimam as necessidades da procura” diz Luís Lima, presidente da APEMIP.
72.1% das imobiliárias revelaram ter reaberto as portas ao público logo na primeira fase de desconfinamento (iniciada a 4 de maio) sem grandes dificuldades no cumprimento das novas regras de higiene e segurança.
No entanto, o representante das imobiliárias considera que apesar destas empresas terem reaberto, continuam a não operar na totalidade.
“No terreno ainda se nota que o mercado está a funcionar a meio-gás. Apesar da grande maioria das mediadoras ter reaberto ao público, não tem a totalidade dos seus funcionários a laborar, até porque o volume de procura ainda não o justifica. Ainda está a haver uma adaptação à nova realidade. Mesmo assim, sente-se já algum optimismo e consciência para os desafios que o mercado trará”, afirma Luís Lima.
Este optimismo é confirmado com este inquérito. Numa escala de 1 a 10, mais de 74% das empresas apresentaram perspectivas acima de 5 para os próximos três meses, assente sobretudo nos sinais positivos que são dados pelo exterior, face ao bom comportamento sanitário que o País tem revelado.
O Inquérito realizado online, decorreu entre 3 a 12 de Junho, e contou com a participação de cerca de 4000 empresas de mediação imobiliária licenciadas a operar em Portugal.