Leasing, Factoring e Renting em recuperação no 1º semestre
Os três sectores registaram uma subida generalizada nos primeiros seis meses do ano. Só o leasing mobiliário registou um crescimento de 12% face ao período homólogo
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Os três sectores registaram uma subida generalizada nos primeiros seis meses do ano. De acordo com a informação divulgada pela entidade que representa a actividade, a Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF), o leasing mobiliário registou o maior crescimento, 12% face ao período homólogo. “Este é sinal da vitalidade deste segmento, preponderante no apoio às empresas e ao investimento”, sublinhou a associação em comunicado.
Os valores estimados pela ALF apontam para um arranque da economia nacional na segunda metade do semestre e apesar do confinamento da população verificado em Portugal logo no arranque do ano.
“O financiamento especializado apresentou uma forte resistência aos severos impactos da pandemia sobre as famílias, empresas e a economia no seu todo. Mesmo com dois confinamentos gerais, geradores de fortes limitações na circulação e actividade económica, o Leasing, o Factoring e o Renting têm-se pautado sempre pelo apoio consistente a empresas e particulares, que se torna evidente nos crescimentos verificados”, sublinhou apropósito Luís Augusto, Presidente da ALF.
O Factoring registou uma subida de 4,1% no primeiro semestre, totalizando 15,8 mil milhões de euros em créditos tomados. O crescimento em valor absoluto mais acentuado verificou-se no Confirming (serviço em que a instituição de Factoring efetua o pagamento aos fornecedores do seu cliente, podendo estes solicitar a antecipação do mesmo), o qual ascendeu a 6,49 mil milhões de euros em créditos tomados, um aumento de 358 milhões de euros correspondente a 5,8% durante o primeiro semestre. O Factoring Internacional, que tem um papel preponderante no apoio às exportações nacionais, somou 2,0 mil milhões de euros, crescendo 7,4% face ao período homólogo. A componente de Factoring Doméstico cresceu igualmente 1,8% para 7,2 mil milhões de euros em créditos tomados.
A Locação Financeira (Leasing) acompanhou esta tendência positiva e somou uma produção total de 1,2 mil milhões de euros no primeiro semestre, um crescimento de 6,5% nos investimentos financiados. De notar, neste desempenho, que apesar da queda de 4,6% na locação financeira imobiliária, para 360,4 milhões de euros, o Leasing mobiliário disparou 12,0%, permitindo fechar o semestre com um balanço global de ganhos no Leasing. Na locação mobiliária, as viaturas são responsáveis por dois terços do investimento financiado. Do total de 849,8 milhões de euros financiados para aquisição de viaturas e equipamentos, 570 milhões de euros dizem respeito a 16 959 mil viaturas, 74% das quais ligeiras.
O Renting apresenta outro sinal da vitalidade do financiamento especializado na ajuda à recuperação económica e ao apoio às empresas. Segundo revelam os dados da ALF, a produção de Renting cresceu 11,8%, para os 288,5 milhões de euros, face ao período homólogo. Este valor corresponde a 13 535 viaturas, das quais 11 513 de passageiros e 2 022 comerciais. Apesar da incerteza que persiste no horizonte, existem sinais da crescente confiança de consumidores e empresários, refletindo-se no reforço de 2,4% no total da frota gerida pelas Rentings, somando, no final de Junho, quase 122 mil viaturas com um valor contabilístico de 1,9 mil milhões de euros.
No seu conjunto, o Leasing e o Renting adquiriram 30 494 novas viaturas no primeiro semestre de 2021, o que, analisados os dados da Associação Automóvel de Portugal referente ao total de viaturas novas introduzidas em Portugal, representa cerca de 31% de todas as viaturas vendidas neste período, sinal da importância deste setor também para as empresas do mercado automóvel em Portugal.