Fixando: 51% dos pedidos feitos na plataforma não têm qualquer resposta e preços vão aumentar 9% no 3º trimestre
Os profissionais de remodelações e reparações para casa não conseguem dar resposta a cerca de metade dos pedidos dos portugueses, revela um estudo da APP Fixando a mais de 160 mil pedidos realizados na plataforma, que alerta ainda para um aumento dos preços praticados pelo sector na ordem dos 9%, no terceiro trimestre do ano

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A partir da mesma análise, a Fixando estima que ascenda a 51% a percentagem de clientes que não consegue encontrar especialistas deste sector disponíveis, no terceiro trimestre do ano.
“Este paradigma é causado por dois importantes factores: por um lado, a escassez de especialistas qualificados nestas áreas, derivada da falta de incentivos à formação profissional e, por outro lado, do aumento da procura que se verifica num cenário pós-pandemia, devido ao adiamento de projectos durante os períodos de confinamento”, explica Alice Nunes, directora de Novos Negócios da Fixando.
Entre o primeiro e o segundo trimestre de 2022, registou-se um aumento de 8% nos preços praticados no sector, e a mesma responsável aponta que, para além da pouca mão de obra disponível, a escassez e aumento do preço das matérias-primas e os atrasos na entrega de materiais contribuíram para esta situação.
Diversas áreas registaram aumentos de preços mais acentuados, evidenciando-se os serviços de electricidade (+9%) e construção (14%), com a Fixando a alertar para um aumento na ordem dos 9% no terceiro trimestre, devido à inflação e à sazonalidade, que diminui a oferta e aumenta a procura durante o período de férias.
A Fixando estima que os especialistas inscritos na APP ultrapassem os 5M€ de facturação no terceiro trimestre do ano, um valor que não se registava desde 2020, e que confirma a tendência de aumento da procura por estes serviços. A aplicação liga clientes a especialistas em todos os serviços. No mercado nacional desde 2017, através do seu website e aplicação conta com mais de 50.000 especialistas, pequenas empresas e freelancers, inscritos.
Falta de mão de obra preocupa sector
Quase metade (49%) dos especialistas inquiridos pela Fixando afirma que a falta de mão de obra está a afectar o seu negócio, pois a dificuldade em contratar pessoas qualificadas para trabalhar acaba por impossibilitar o cumprimento de prazos ou mesmo o cancelamento de serviços.
Dos especialistas entrevistados, 32% assume ter que recusar serviços devido a este problema, o que acaba por causar quebras nos lucros a 67% destes negócios.
Entre os principais motivos apontados para a escassez de mão de obra no sector estão a falta de profissionais com qualificações (55%), os ganhos reduzidos (44%) e as condições de trabalho pouco apelativas (24%).
No que toca à escassez de matérias-primas, esta afecta 44% dos negócios, e as principais consequências apontadas pelos profissionais são o aumento de preços para o consumidor final (50%), a diminuição da percentagem de lucro (48%), a recusa de trabalhos (21%) e o adiamento (11%).
Alice Nunes refere que as soluções apontadas pelo sector para estes problemas passam por “melhores salários, aposta em formação e qualificação de pessoas nestas áreas e reduzir a dependência de fornecedores externos no que toca às matérias-primas, privilegiando a produção nacional”, refere.