Melom regista crescimento de mulheres no sector das obras
Num sector historicamente masculino, a crescente profissionalização tem atraído cada vez mais mulheres. 14% das empresas da rede já são geridas por mulheres

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(Na imagem: Sofia Dias, engenheira civil)
A rede de franchising Melom e Querido Mudei a Casa Obras (QMACO), registou um aumento significativo de mulheres no sector. Actualmente, 14% das unidades são já geridas por mulheres, na faixa etária entre os 35 e os 50 anos. Os dois maiores centros urbanos (Lisboa e Porto) concentram a totalidade das mulheres franchisadas da rede.
À data da fundação da MELOM, há 12 anos, este era um sector exclusivamente masculino, com um estereótipo do homem empreiteiro bastante enraizado. Este cenário tem vindo a alterar-se ao longo da última década, à medida que o sector vai-se profissionalizando.
Praticamente todas as mulheres que lideram unidades MELOM/Querido Mudei a Casa Obras provêm das áreas de arquitectura ou engenharia, embora mais recentemente se registem profissionais com formação de gestão.
Para João Carvalho, cofundador da MELOM, “este crescimento encerra benefícios subjectivos e objectivos. Os subjectivos são comuns a todas as dimensões da sociedade, nos quais o talento e a competência devem prevalecer a ideias preconcebidas; os benefícios objectivos relacionam-se com o comprovado interesse feminino pelas remodelações de casas e a sua maior atenção aos detalhes”, sublinha.
Um dos exemplos mais visíveis é Sofia Dias, engenheira civil de formação e franchisada da marca Querido Mudei a Casa Obras. Conhecida por ter sido protagonista do programa de televisão Querido Mudei a Casa, refere que o estigma de ser mulher num mundo ainda muito visto como de homens “tende a dissipar-se na sociedade actual”. A mesma responsável refere que, nos dias que correm, ainda é um desafio diário coordenar equipas totalmente constituídas por homens, mas garante que a vontade de “inovar na área das obras e da construção” fazem valer a pena estar num mundo de grandes homens e incríveis mulheres.
Também Ana Amaro, engenheira civil de formação, que lidera uma unidade do Querido Mudei a Casa Obras em Torres Vedras, seguiu a vocação e a paixão de “transformar o velho em novo” e “conseguir captar e tornar possível o sonho de alguém”. Ana Amaro admite que tem convivido com o estigma de ser mulher, mas considera que o mais importante é a capacidade de trabalhar com seriedade e rigor. “A realidade dinâmica que vivemos actualmente obriga-nos a uma constante adaptação na forma de trabalhar”, afirma a engenheira civil para quem o mais importante é “não ter medo de ser e fazer diferente”.