Desde Janeiro que as exportações e importações entre Angola e Portugal cresceram 50%
O crescimento do comércio bilateral foi avançado pelo secretário de Estado para a Economia português durante a visita de trabalho que realiza a Angola
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João Neves, que se encontra em Luanda em visita de trabalho, assinalou a recuperação da colaboração económica entre Angola e Portugal neste ano, depois de dois anos considerados muito difíceis, devido à pandemia. “Este ano está a ser marcado por um forte crescimento das relações. Temos quer do lado das importações quer do lado das exportações um crescimento de cerca de 50% face ao ano anterior e a perspectiva que temos é de continuar a reforçar a colaboração entre os dois países e as empresas de ambos”, afirmou o governante português.
Segundo o responsável político as importações e exportações entre Angola e Portugal atingiram este ano um crescimento de cerca de 50% face ao ano anterior, admitindo João Neves o “reforço contínuo” da cooperação.
Em declarações após inaugurar e visitar as novas instalações do grupo ISQ APAVE em Luanda, João Neves disse que está em Angola em busca de soluções para que a colaboração entre Angola e Portugal, sobretudo no ramo económico, seja “mais intensa”.
“Está é uma visita de trabalho, teremos com certeza oportunidades (para assinar acordos), em função do trabalho que vamos realizar a partir de agora e ter ao longo do próximo ano acordos firmados em diferentes áreas”, frisou em declarações à Lusa.
Portugal “quer muito reforçar os instrumentos de qualificação profissional em Angola em função dos objectivos de investimento que as empresas portuguesas possam ter no país”. “E temos com certeza muitos investimentos que as empresas estão a ponderar em diferentes áreas para que este processo de qualificação profissional tenha concretização efectiva”, salientou.
Mais de quatro mil empresas portuguesas exportam produtos e serviços para Angola e têm as “preocupações naturais” de um mercado com características diferentes do mercado europeu, frisou o secretário de Estado português,
“Temos de lidar com aquilo que é o ambiente económico e a perspectiva é encontrar soluções para os problemas que existem. Foi esse o sentimento que encontrei nas conversas com as empresas portuguesas que aqui estão”, realçou.
Para o governante português, as preocupações das empresas portuguesas em Angola são ultrapassáveis, perspectivando para os próximos anos uma forte recuperação do seu nível de actividade no mercado angolano.