Segunda fase da ‘Primeira Pedra’ leva exposição pelo País
Seis anos de trabalho, 36 autores e 77 obras produzidas em mármore, calcário, granito, xisto e ardósia, culminaram na exposição ‘Primeira Pedra – 2016/2023’, que vai agora, durante três anos, ‘viajar’ por Portugal numa mostra inédita
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Título: Segunda fase da ‘Primeira Pedra’ leva exposição pelo País
A exposição ‘Primeira Pedra 2016/2022’, que se encontrava no Museu dos Coches, em Lisboa, encerrou um ciclo de seis anos de trabalho e de investigação na área da cultura contemporânea, mas prepara-se para entrar numa segunda fase. Com a designação ‘O Viajante’, as obras originais vão agora passar pelos municípios portugueses. Trata-se de uma iniciativa cujo protocolo irá permitir ceder cada uma das peças por três anos.
Segundo Miguel Goulão, presidente da Assimagra, associação que representa a indústria portuguesa dos recursos minerais, “esta segunda fase vai ter moldes diferentes já que não será possível deslocalizar a totalidade das peças de uma só vez, por questões de espaços”.
Confirmada que está a primeira parceria com a vila de Porto de Mós, as peças a mostrar serão as que estão actualmente no interior do museu”. Entretanto, tanto a Assimagra como a experimentadesign, curadora da exposição, mantêm conversações com vários municípios, nomeadamente Porto e Lisboa.
A ideia é que esta exposição possa ‘viajar’ por diferentes pontos do País e que seja adaptável aos espaços expositivos. Isto porque as peças têm tamanhos muito diferenciados e os de maior tamanho não se conseguem colocar em todos os espaços.
Tendo sido a maior iniciativa de sempre do género, Miguel Goulão considerou que o desafio, “gigantesco”, irá permitir “impulsionar novas opções estratégicas” no futuro. Também Guta Moura Guedes, da experimentadesign, revelou que “reposicionar o valor da pedra portuguesa” foi o objectivo desta iniciativa desde o início. Nesta segunda fase do programa, também a cargo da experimentadesign, pretende-se reforçar a “relação de Portugal com o Mundo” pela multidisciplinariedade e multiculturalidade que a exposição encerra.
Apenas duas peças ficarão em permanência no Museu dos Coches, cujo depósito foi assinalado na cerimónia de encerramento da exposição: a “Hell’s Kitchen Bench”, da autoria de Álvaro Siza e “Petra”, da autoria de Alexandre Faro, mais conhecido como Vhils.
O programa ‘Primeira Pedra’, cofinanciado pelo FEDER, no âmbito do Compete2020 / Portugal 2020, foi promovido pela Assimagra e produzido pela experimentadesign.
Viagem de seis anos
Depois de uma série única de projectos ter sido mostrada de forma parcial em Londres, Milão, Nova Iorque, São Paulo, Veneza, Weil am Rhein, Basileia e Dubai, em alguns dos mais proeminentes museus, instituições e eventos contemporâneos, a exposição, com a totalidade das suas peças, terminou uma viagem de seis anos em Lisboa, onde se encontrava desde Junho de 2022.
Um programa que convocou o tecido económico e o sector cultural – a arquitectura, o design e as artes plásticas – reunindo 36 autores de 14 países e 28 empresas nacionais em torno da pedra portuguesa, e que resultaram num total de 77 obras originais produzidas em mármore, calcário, granito e, também, xisto e ardósia.
O evento de encerramento da exposição contou com a presença e participação de Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República Portuguesa, Pedro Adão e Silva, ministro da Cultura e, ainda, muitos dos autores que integram a Primeira Pedra, entre os quais os arquitectos Eduardo Souto Moura e João Luís Carrilho da Graça, os artistas Vhils e Fernanda Fragateiro e os designers Pedro Falcão e R2, bem como vários dos empresários do sector e outros convidados do sector diplomático, económico e cultural nacional.