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    Zonas escritórios Lisboa (Fonte: JLL)

    Imobiliário

    Escritórios: ESG e sustentabilidade ‘ditam as regras’ para os próximos anos

    Mercado de Lisboa abranda no primeiro trimestre de 2023, mas esta situação não é propriamente uma novidade para quem trabalha no sector, depois de um 2022 com um número recorde de pré-arrendamentos e que terá “inflacionado” os números de take-up. Além disso, não é de descartar, também, que o sentimento de insegurança económica que se vive possa influenciar no tempo de decisão das empresas. O CONSTRUIR foi tentar perceber junto das principais consultoras qual o retrato actual do mercado de escritórios e quais as principais tendências

    Cidália Lopes

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    Cidália Lopes
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    Tem sido um dos mercados mais dinâmicos dos últimos anos, não só pela elevada rotatividade que verifica, como pelas alterações nas tendências destes espaços, que se acentuaram com a pandemia de covid-19 e à qual os promotores rapidamente souberam responder. Num mercado onde nem sempre é possível adequar a oferta existente às exigências das empresas, a entrada de oferta nova no mercado é fundamental para manter níveis procura

    No final do primeiro trimestre de 2023, o mercado de escritórios de Lisboa contabilizou um volume de absorção total de aproximadamente 20 mil metros quadrados (m2), revelando uma descida acentuada de 69% face ao período homólogo do ano 2022. Comparativamente, com a média dos primeiros trimestres dos últimos anos cinco anos, o resultado ficou igualmente 55% abaixo da média cifrada nos 43 mil m2.

    Não obstante, o número de operações fechadas observou um aumento de 20% relativamente ao primeiro trimestre de 2022. Contudo, estas forma direccionadas para áreas de menor dimensão, com uma média por operação a rondar os 500 m2, o que se traduz num menor take-up.

    Segundo Frederico Leitão de Sousa, head of Corporate Solutions da Savills Portugal, estes resultados “naturais e expectáveis” e que “devem ser analisadas com o devido enquadramento”. “A quebra mais acentuada deve ter em consideração a base comparativa que é bastante elevada, já que 2022 foi o ano dos pré-arrendamentos que inflacionaram ao longo de todos os trimestres o volume de absorção, colocando maior pressão nos números de 2023”, reforça.

    Uma opinião partilhada, também, por António Almeida Ribeiro, director de AT&T Offices da CBRE, que destaca, contudo, os actuais “tempos de incerteza” devido ao aumento das taxas de juro e dos custos de energia.

    “A crise das tecnológicas e dos bancos nos estados Unidos poderão ter impacto na Europa e nos respectivos desfechos”, refere.

    Mariana Rosa, head of Markets Advisors da JLL

    Edifícios com pouca iluminação, falta de preocupação com a sustentabilidade e baixo nível de conforto já não são considerados nas novas procuras por escritórios” (Mariana Rosa, head of Markets Advisory da JLL)

     

    Já Mariana Rosa, head of Markets Advisory da JLL, recorda que este “desaceleramento” é transversal a várias cidades europeias, tais como Paris, Berlim e Londres e que, “historicamente”, o primeiro trimestre sempre apresentou baixa absorção. “E em anos de incertezas devido às decisões de redução de custos das empresas, já era esperado que houvesse menos actividade do que em anos anteriores”, afirma.

    Também Bernardo Zammit e Vasconcelos, head of Agency da Worx, considera que o actual cenário era “expectável” dado que a área média em 2022 estava “inflacionada” por transacções de grande dimensão. “Este ano, a área média transaccionada deverá aproximar-se mais à realidade dos últimos anos, que ronda os 1100 m2. Ainda assim, antecipamos uma taxa de absorção superior à média dos últimos cinco anos”, indica.

    Oferta para 2023 com mais de 60% de ocupação

    Entretanto, o mercado está já a “sentir os efeitos do pipeline de projectos em desenvolvimento”. A maioria dos edifícios concluídos em 2022 (World Trade Center, EXEO, ALLO e DP11), foram arrendados através de negócios de pré-arrendamento. Da mesma forma, “os edifícios que serão finalizados este ano e nos próximos são vistos como soluções para as empresas que procuram escritórios e espera-se que sejam ocupados rapidamente”, indica Mariana Rosa.

    Também a Worx antecipa que “praticamente a totalidade” do activos com entrega prevista ainda este ano já têm contratos de pré-arrendamento, o que demonstra “a capacidade do mercado em absorver produtos novos ou totalmente reabilitados”.

    Antonio Almeida Ribeiro, director de A&T Offices da CBRE

    Quem procurar um edifício novo ou reabilitado continuará com uma enorme limitação de opções, pelo que acreditamos que os pré-arrendamentos poderão ter um peso considerável na absorção total de 2023. Continuaremos indiscutivelmente com uma escassez de oferta de qualidade, os chamados edifícios de escritório grade A” (António Almeida Ribeiro, director de A&T Offices na CBRE)

    Uma realidade que, de acordo com a CBRE, vai perpetuar a “escassez de oferta de qualidade”, na medida que “quem procurar um edifício novo ou reabilitado continuará com uma enorme limitação de opções, pelo que acreditamos que os pré-arrendamentos poderão ter um peso considerável na absorção total de 2023”. António Almeida Ribeiro ressalva, ainda, que “toda esta nova oferta está comprometida à excepção de um edifício de quatro mil m2 no CBD1 e de um projecto de 40 mil m2 na zona norte de Lisboa”.

    Frederico Leitão de Sousa destaca, ainda, a necessidade de uma aposta numa reabilitação “profunda e pensada”, sobretudo do ponto de vista da sustentabilidade. “No centro da cidade é necessário repensar o existente de forma inteligente, preservar a nossa identidade, mas agora também com um olhar no futuro e nas metas de sustentabilidade que vamos todos, obrigatoriamente, ter de atingir no curto prazo”, acrescenta.

    Zona 6 com maior área disponível

    As zonas 3 (Nova Zona de Escritórios), que inclui áreas como a Praça de Espanha e a 2ª Circular, e a zona 6 (Corredor Oeste), ao longo da A5 Lisboa / Cascais, com 3794 m2 e 3729 m2, respectivamente, verificaram os volumes de absorção mais altos dos primeiros três meses do trimestre, ao contrário do que se verificou durante o ano de 2022, em que a zona do corredor oeste apresentou menos actividade.

    Contudo, uma maior procura nesta zona também pode ser explicado pela necessidade das empresas precisarem responder a políticas internas de redução de custos, devido aos “preços mais competitivos que esta zona apresenta e à disponibilidade de produtos para uso”, indica Mariana Rosa.

    Uma tendência que se irá acentuar, considera Bernardo Zammit e Vasconcelos, tendo em conta a “falta de oferta nas zonas mais centrais de Lisboa”, assim como pela esperada “descida da vacancy na Prime CBD e CBD”. “Há que ter em conta que também existe oferta de escritórios novos e de grande qualidade no Corredor Oeste, como, por exemplo, o World Trade Center, que podem, por si, motivar a mudança para instalações mais modernas e sustentáveis”.

    Numa analise mais abrangente, Frederico Leitão de Sousa, refere que, ainda que a zona 6 conte com 167 mil m2 disponíveis, “a grande percentagem destes espaços são datados e não cumprem critérios básicos de eficiência”. Neste sentido, a oferta “real”, apta ao cumprimento dos actuais requisitos de ocupação das empresas, “é na verdade menor”. Ainda assim, “os valores de renda mais acessíveis face aos praticados noutras zonas da cidade justificam a elevada dinâmica de take-up”, indica o responsável da Savills.

     

    Frederico Leitão Sousa, head of Corporate Solutions da Savills Portugal

    Dos 114 mil m2 de novos espaços de escritórios previstos, mais de 60% já está pré-arrendado. “O que evidencia, não só a actual dinâmica do mercado, como a escassez de espaços de qualidade superior” (Frederico Leitão de Sousa, head of Corporate Solutions da Savills Portugal)

    Oferta “desajustada”

    Qualidade, sustentabilidade, conforto e inovação, assim como espaços amplos são os principais requisitos que estão na base da procura de escritórios actualmente. No entanto, verifica-se, ainda, “uma grande escassez de produtos com essa qualidade no mercado”, afirma Mariana Rosa.

    Esta situação tem levado as empresas a fecharem negócios de pré-arrendamento, para garantir tanto a qualidade futuro do edifício, como a sua localização. Talvez por isso, dos 114 mil m2 de novos espaços de escritórios previstos, mais de 60% já está pré-arrendado. “O que evidencia, não só a actual dinâmica do mercado, como a escassez de espaços de qualidade superior”, indica, ainda, Frederico Leitão de Sousa.

    Também António Almeida Ribeiro, acredita que a carência de “oferta nova e de qualidade” se irá manter durante ao ano de 2024., “levando a que muitas empresas adiem a sua mudança de escritórios”.

    Já Bernardo Zammit e Vasconcelos antecipa que “a crescente preocupação com a sustentabilidade e respectivas certificações terão um papel decisivo nesta matéria pois vão elevar a fasquia da qualidade dos edifícios”.

    Um caminho que se fará em dois sentidos. Por um lado, através da “reabilitação de edifícios existentes” no centro da cidade e, por outro, com edifícios totalmente novos, em particular nas zonas 5 (Parque das Nações) e 6 (Corredor Oeste).

     

    Bernardo Zammit e Vasconcelos, head of Agency da Worx

    Renovações e melhorias dos activos, dotando-os de infraestruturas mais modernas e eficientes, adequados aos critérios de certificações como a BREEAM ou a LEED” são o caminho para “manterem o seu activo comercialmente mais apelativo, assim como potenciar o upside na renda futura” (Bernardo Zammit e Vasconcelos, head of Agency da Worx)

    Oportunidade para melhorar espaços

    Com a deslocação das empresas de um espaço para outros, muitos serão os que ficarão vazios. Não obstante ser um processo do ciclo imobiliário normal, a procura existente ará com que estes espaços sejam novamente ocupados. “Há sempre empresas que procuram espaços mais acessíveis financeiramente ou apenas um espaço temporário para o arranque da sua actividade”, afirma Frederico Leitão de Sousa.

    Por outro lado, esta dinâmica é, também, uma oportunidade para os proprietários investirem nos seus espaços. “Edifícios com pouca iluminação, falta de preocupação com a sustentabilidade e baixo nível de conforto já não são considerados nas novas procuras por escritórios”, refere Mariana Rosa.

    Efectivamente, as actuais exigências dos edifícios assim o ditam. “Renovações e melhorias dos activos, dotando-os de infraestruturas mais modernas e eficientes, adequados aos critérios de certificações como a BREEAM ou a LEED” são o caminho para “manterem o seu activo comercialmente mais apelativo, assim como potenciar o upside na renda futura”, indica Bernardo Zammit e Vasconcelos.

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    Sede da Worx alcança a certificação BREEAM In Use Good

    O Palacete Duque d’Ávila, uma jóia arquitectónica datada de 1913 situada no coração das Avenidas Novas em Lisboa, alcançou recentemente a cobiçada certificação BREEAM In Use Good

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    Com uma área de 900 m2, o Palacete Duque d’Ávila abrange dois pisos acima do solo e um piso de cave. O projecto original foi concebido pelo arquitecto Luiz Bernardo de Silva Estrela, o proprietário inicial, e é um ilustre exemplo da arquitectura da época.

    Em 2005, o edifício passou por um processo de reabilitação que restaurou o seu interior e preservou a sua fachada original. Em 2017, a Worx Real Estate Consultants adquiriu o edifício e, em parceria com a Fundação Ricardo Espírito Santo, realizou uma intervenção adicional focada na sua restauração, dado que já na altura era importante para a Worx procurar alinhar a reabilitação de um edifício destes, com critérios de sustentabilidade. Podemos desta forma afirmar que o esforço realizado há cinco anos atrás ainda se reflecte no resultado obtido hoje.

    Actualmente, o Palacete Duque d’Ávila serve como a sede da Worx Real Estate Consultants, oferecendo espaços de escritório e reunião totalmente adaptados, mas mantendo simultaneamente a sua arquitectura original. O resultado são vários ambientes de trabalho excepcionais e imponentes que criam um ambiente único para os colaboradores e clientes.

    A conquista da certificação BREEAM In Use Good representa um marco importante para a Worx Real Estate Consultants, dado que está comprometida em adoptar práticas sustentáveis e reduzir sua pegada de carbono. Esta certificação reflecte a preocupação contínua da empresa em aliar a preservação do património histórico com a procura da excelência ambiental.

     

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    Solyd conclui construção do Miraflores Park

    Este é um projecto do arquitecto João Pedras, do Atelier Metro Urbe, que concebeu os apartamentos com áreas “generosas e funcionais”, janelas “amplas” que privilegiam a luz natural e “modernos” acabamentos

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    A promotora imobiliária Solyd Property Developers concluiu a construção do empreendimento Miraflores Park. Localizado em Miraflores, com vista para o Parque Florestal de Monsanto e para o rio Tejo, o empreendimento conta com 34 apartamentos, distribuídos por 10 pisos, com tipologias entre T1 e T4, na maioria dos apartamentos vendidos.

    O rooftop lounge no topo do empreendimento permite desfrutar e relaxar com uma vista panorâmica, oferecendo igualmente nos pisos inferiores uma área de recepção decorada com linhas contemporâneas e 50 lugares de estacionamento privativo.

    Este é um projecto do arquitecto João Pedras, do Atelier Metro Urbe, que concebeu os apartamentos com áreas “generosas e funcionais”, janelas “amplas” que privilegiam a luz natural e “modernos” acabamentos. O empreendimento conta, ainda, com salas amplas, cozinhas totalmente equipadas.

    A Solyd tem vindo a afirmar a sua preocupação com a sustentabilidade nos vários projectos que tem desenvolvido, com recurso a soluções que minimizam o impacto climático, e promovem a utilização de materiais amigos do ambiente e a segurança de todos.

    Neste sentido, a promotora, em parceria com a LIPOR – Associação de Municípios para a Gestão Sustentável de Resíduos do Grande Porto, vai oferecer a todos os proprietários um Wallie, um distintivo ecoponto doméstico de parede, decorativo e personalizável, que é 100% reciclável e incorpora 89% de material reciclado.

    Além do Wallie, que pretende promover a reciclagem e convidar a práticas sustentáveis, os novos proprietários vão também receber um kit com artigos de desporto como incentivo a um estilo de vida saudável. Esta oferta é um reflexo do compromisso da Solyd com a sustentabilidade e princípios ESG (Environmental, Social and Governance).

    É uma das promotoras imobiliárias líderes em Portugal, resultante da parceria entre a Estoril Capital Partners e o European Principal Group da Oaktree Capital Management.

    A SOLYD foca-se principalmente em projetos residenciais distintivos (segmentos médios a alto), localizados em zonas históricas e urbanas de qualidade, nas principais cidades portuguesas, nomeadamente na área Metropolitana de Lisboa.

    Desde meados de 2015, a Solyd tem vindo a desenvolver mais de 50 edifícios/lotes localizados nos concelhos de Lisboa, Cascais, Oeiras e Loures, num investimento total de mais de 1.050 milhões de euros.

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    Gonçalo Duarte Silva, COO da área de Hotelaria em Portugal

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    Arrow Global Portugal com novo COO de Hotelaria

    O gestor terá a missão de coordenar as operações de hotelaria da AGPT em Portugal, juntando-se a Francisco Moser, ceo de Hospitality, e a Nuno Sepúlveda, ceo de Desporto & Lazer

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    O crescente investimento no sector hoteleiro em Portugal levou a Arrow Global Portugal (AGPT), gestora europeia de activos integrados verticalmente, a contratar Gonçalo Duarte Silva, que é, desde o início de Setembro, o novo chief operations officer (coo) da área de Hotelaria em Portugal. O gestor terá a missão de coordenar as operações de hotelaria da AGPT, juntando-se a Francisco Moser, ceo de Hospitality, e a Nuno Sepúlveda, ceo de Desporto & Lazer.

    Com mais de 30 anos de experiência na indústria hoteleira, Gonçalo Duarte Silva tem vastos conhecimentos na gestão e operação de hotéis, um pouco por todo o mundo. Desde 2018 que era director-geral do Hotel Shangri-la Kuala Lumpur (5*), na Malásia, tendo exercido, anteriormente, o cargo de director de Projectos Especiais no Island Shangri-la, em Hong Kong. Foi, também, director de Área para a Starwood Hoteis & Resort na Polónia, com um conjunto de seis hotéis das marcas Sheraton, Westin & Luxury Collection. Em Espanha, liderou o Le Meridien Barcelona, o The Westin & Sheraton Real de Faula Golf Resort & Spa, na Costa Blanca e exerceu o cargo de director de Hotel do Westin Palace Madrid. Teve também uma experiência de director regional na Starwood Hotels & Resorts em Espanha e Portugal para a área de Six Sigma, entre outros projectos de relevo. Iniciou a sua carreira profissional em Portugal, no Penina Golf & Resort Hotel (5*).

    Uma escolha que recai na sua “vasta experiência internacional” e, que segundo Francisco Moser, será uma “enorme mais valia” para a AGPT. Já João Bugalho, ceo da AGPR indica que esta contratação vem no seguimento da estratégia da Arrow Global Group (AGG) em reforçar a sua experiência no negócio de Hospitality em Portugal.

    “Ǫueremos continuar a crescer neste sector e a contribuir para a sua melhoria e reputação”, afirmou.

    A AGG, através dos fundos que gere, concluiu recentemente a aquisição dos principais activos do Grupo Dom Pedro, nomeadamente, três hotéis em Vilamoura – Dom Pedro Portobelo, Dom Pedro Marina e Dom Pedro Vilamoura, juntamente com cinco campos de golfe emblemáticos de Vilamoura – Old Course, Pinhal, Laguna, Millenium e Victoria. O negócio englobou ainda o Dom Pedro Lagos e dois hotéis na Madeira: o Dom Pedro Machico e o Dom Pedro Garajau.

    A AGG é, também, accionista maioritário do grupo hoteleiro Details Hotels & Resorts, com oito unidades hoteleiras sob gestão nas zonas de Albufeira e Carvoeiro, e os fundos geridos pela AGG controlam a sociedade Vilamoura World, que integra a Lusotur e a Marina de Vilamoura.

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    Separação de activos entre Vanguard Properties e Amorim Luxury concluída

    O consentimento da CGD e do CaixaBI constituía um passo necessário para a conclusão da operação dos activos na Comporta e que ocorreu no passado dia 21 de Julho. A operação foi assessorada pela Uría Menéndez-Proença de Carvalho

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    A sociedade Uría Menéndez – Proença de Carvalho assessorou a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Caixa Banco de Investimento (CaixaBI) na concessão do consentimento, enquanto entidades financiadoras, à separação de activos entre a Vanguard Properties e a Amorim Luxury nas áreas de desenvolvimento turístico da Comporta. A operação definiu, ainda, alterações ao pacote contratual do financiamento concedido à Vanguard Properties, as quais resultaram necessárias em resultado da referida separação de activos.

    As alterações ao financiamento envolveram, entre outros, a libertação de garantias existentes cujo cancelamento era necessário para efectivar a separação de activos, bem como a constituição de novas garantias. O consentimento da CGD e do CaixaBI constituía um passo necessário para a conclusão da operação entre a Vanguard Properties e a Amorim Luxury, que ocorreu no passado dia 21 de Julho.

    A equipa de advogados da Uría Menéndez – Proença de Carvalho que interveio nesta operação foi composta por Miguel Rodrigues Leal (counsel, bancário e financeiro), José António Reymão Nogueira (associado principal, bancário e financeiro), Maria Goreti Rebêlo (associada coordenadora, imobiliário e urbanismo) e Inês Freitas de Almeida (associada júnior, M&A). Já a Vanguard Properties foi assessorada pela VdA.

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    Zühlke Engineering
    © André Henriques
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    Tecnológica suíça investe 4M€ em novo escritório no Porto

    Com mais de 1000 m2, o design e a arquitetura do escritório da Zühlke, reflectem a crescente cultura de flexibilidade e inclusão do talento tecnológico

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    Portugal foi o país escolhido pela empresa suíça para fundar o seu terceiro Centro Global de Engenharia, depois da Bulgária e da Sérvia, a partir do qual desenvolve soluções de Software para clientes internacionais.

    Com um investimento de quatro milhões de euros, o novo escritório, no Porto, tem como objectivo criar um espaço à medida do modelo de trabalho híbrido que promove, da melhor circulação de colaboradores com deficiência e do equilíbrio da cultura portuguesa com o ADN internacional do grupo.

    Com mais de 1000 m2, o design e a arquitetura do escritório da Zühlke, reflectem a crescente cultura de flexibilidade e inclusão do talento tecnológico, no qual se apresenta um painel de azulejos criado por uma pintora da família do famoso artista português Amadeu de Souza-Cardoso, cabines para reuniões acessíveis a colaboradores com mobilidade reduzida, zonas de lazer e espaços híbridos.

    A abertura do novo espaço contou com a presença de Mariana Figueiredo Salvaterra, directora geral da Zühlke, em Portugal, e directora de Software Excellence, assim como Ana Correia, directora de Employer Branding dos Centros de Engenharia da Zühlke.

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    Agosto regista forte recuperação em Lisboa com 18.700 m2 de escritórios ocupados

    Mês contribui com 30% para actividade no acumulado do ano na capital. Mercado do Porto regista desempenho mensal residual, mas mantém ocupação anual acima de 2022, revela a consultora JLL no seu mais recente Office Flashpoint

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    O mês de Agosto apresentou uma forte recuperação da ocupação de escritórios em Lisboa, revela a JLL no seu mais recente Office Flashpoint. Neste mês, as empresas tomaram 18.700 m2 de escritórios na região, o melhor registo mensal de todo o ano 2023 e o qual contribui com cerca de 30% para a área ocupada no acumulado anual. O mercado de escritórios de Lisboa regista um take-up agregado de 62.500 m2 entre Janeiro e Agosto.

    “Trata-se de um crescimento assinalável face ao que tem sido a dinâmica do ano, considerando que até Julho tivemos uma ocupação média mensal na ordem dos 6.500 m2. O mercado vem dando sinais de uma recuperação sólida, mas relativamente lenta, e este mês abre expectativas de que esta trajetória possa acelerar, retomando-se as operações de maior dimensão”, explica Sofia Tavares, head of office leasing da JLL

    O mês registou 17 operações de ocupação de escritórios em Lisboa, das quais seis com mais de 1.000 m2, elevando a área média transaccionada para os 1.098 m2. No acumulado do ano, a área média mantém-se abaixo desse patamar, atingindo os 632 m2. A maior operação do mês somou 4.130 m2 tomados pelos escritórios do Hospital da Luz nas Torres de Lisboa, destacando-se ainda a ocupação de 2.427 m2 pelos CTT no Green Park. As duas operações foram concretizadas na zona 3 (Novas Zonas de Escritórios), eixo que se evidenciou no mês em análise, com 57% do take-up. Em termos de procura, o sector de TMT’s & Utilities foi o mais activo em Agosto, com 28% da actividade.

    Apesar do bom resultado registada em Agosto, a actividade anual continua 70% abaixo do período homólogo, comparando-se os 62.500 m2 tomados nos primeiros oito meses deste ano com os 207.300 m2 registados no mesmo acumulado de 2022. Nestes oito meses de 2023, a zona 3 foi também a mais dinâmica (27% do take-up) e o sector de TMT’s & Utilities liderou igualmente a procura (31% da absorção).

    No Porto, o mercado de escritórios segue acima da actividade do ano passado no acumulado de 2023, mas exibiu um desempenho residual em Agosto. Neste mês, foram tomados 2.500 m2 de escritórios neste mercado, numa quebra de 78% face ao mês anterior e traduzindo a concretização de apenas cinco operações, das quais uma com mais de 1.000 m2. Trata-se do arrendamento de 1.597 m2 pela Planet Payment no edifício Trinity, uma operação mediada pela JLL. Em reflexo desta transacção, a zona mais dinâmica do mês foi o CBD Baixa (63%) e o sector de procura as TMTs & Utilities (68%).

    No acumulado anual, o mercado soma 39.400 m2, mais 18% do que os 33.400 m2 ocupados em igual período de 2022. Nestes oito meses, foram as empresas de TMTs & Utilities (27%)e as de Outros Serviços (28%) que deram o maior impulso à ocupação de escritórios, destacando-se a zona do CBD Boavista, com 37% da take-up anual.

    A JLL consolida-se como uma importante força para o estímulo deste mercado, actuando em operações que somam 30% da área ocupado no ano em Lisboa e 26% no Porto

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    Conferência debate Inteligência Artificial no imobiliário

    A iniciativa, organizada pela CCA Law Firm, em parceria com a RICS – Royal Institution of Chartered Surveyors, decorre no dia 28 de Setembro

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    Para discutir os mais recentes desenvolvimentos em Inteligência Artificial (IA), em que se inclui o potencial da IA generativa e do ChatGPT, a CCA Law Firm organiza, em parceria com a com a RICS – Royal Institution of Chartered Surveyors, uma conferência, no próximo dia 28 de Setembro.

    Qual o impacto da IA no imobiliário e na construção? Quais os constrangimentos legais? Como é que as novas tecnologias podem influenciar as empresas e os cidadãos? Para responder a estas e outras questões, a sessão conta com a participação de Tomás Assis Teixeira, partner de Imobiliário da CCA, e com Kunal Gupta, ceo, empreendedor, investidor e autor sobre o IA no imobiliário e construção. A moderação ficará a cargo de José Covas, presidente da RICS Portugal.

    O evento decorre nos escritórios da CCA Law Firm, no Edifício Diogo Cão, Doca de Alcântara Norte em Lisboa. Os trabalhos têm início às 10 horas, sendo, em simultâneo, presencial e online.

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    Agosto morno com arrefecimento na tendência de valorização das casas em Portugal

    Os preços de venda das casas em Portugal registaram uma variação mensal de 0,8% em Agosto, consolidando a tendência de estabilização observada nos últimos meses

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    Os preços de venda das casas em Portugal registaram uma variação mensal de 0,8% em Agosto, consolidando a tendência de estabilização observada nos últimos meses. Recorde-se que, depois de um arranque de ano em aceleração, as oscilações mensais dos preços suavizaram a partir de Abril, posicionando-se, desde então, em patamares inferiores a 1,0%.

    A única excepção foi Julho, com uma aceleração da variação mensal para 2,1%, comportamento que acabou por ser isolado, uma vez que Agosto repôs os níveis de valorização em cadeia para patamares mais reduzidos. Os dados resultam do Índice de Preços Residenciais da Confidencial Imobiliário, o qual reflecte a evolução dos preços efectivos de transacção da habitação em Portugal Continental.

    Em virtude desta suavização das subidas de curto-prazo, a valorização homóloga tem vindo a reduzir-se, atingindo em Agosto os 12,2%. Esta taxa fica 5,0 pontos percentuais (p.p.) abaixo da registada no início do ano e 8,9 p.p. abaixo do pico de valorização observada precisamente há um ano, em Agosto de 2022, quando a valorização homóloga atingiu um nível inédito de 21,1%.

    No acumulado de três meses entre Junho e Agosto, a Confidencial Imobiliário projecta a realização de 33.500 transacções residenciais em Portugal, das quais 9% dizem respeito a habitação nova e 91% a habitação usada. Este volume mostra-se estável (+1%) face aos três meses precedentes, confirmando a tendência de estabilização iniciada no 2º trimestre deste ano, após três trimestres de quedas sucessivas.

    De acordo com os dados do SIR-Sistema de Informação Residencial, nos três meses em análise (Junho e Agosto), as vendas de habitação atingiram um preço médio de 2.187€/m2, variando entre os 3.172€/m2 nas casas novas e os 2.079€/m2 nas casas usadas.

     

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    Bondstone investe 100 M€ em projecto de “referência” no Algarve

    A propriedade fica inserida numa zona prime, em Vilamoura e conta com alvará de loteamento aprovado e infraestruturas parcialmente executadas

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    A private equity Bondstone anunciou a compra da Quinta do Morgadinho, um terreno com 68 hectares, localizado em Vilamoura, no Algarve. Esta operação prevê o desenvolvimento de um projecto de referência, num investimento total superior a €100 milhões, o maior da empresa em Portugal.

    A JLL actuou como sell-side advisor, tendo a Uría Menéndez-Proença de Carvalho prestado assessoria jurídica à Bondstone.

    A propriedade fica inserida numa zona prime, no Centro do Triângulo Dourado – perto da praia, campos de golfe e da Marina de Vilamoura – conta com alvará de loteamento aprovado e infraestruturas parcialmente executadas e será o 12º projecto da promotora.

    “A venda da Quinta do Morgadinho vai permitir criar um projeto diferenciador, sem igual no nosso país, numa zona que tem vindo a estabelecer-se como um destino de eleição. Esta transacção demonstra mais uma vez a resiliência do mercado de promoção imobiliária, especialmente em projectos de grande dimensão, o foco no Algarve e no Triangulo Dourado e, também, a confiança na robustez futura da procura residencial, tanto a nível nacional como internacional, destacando o potencial de investimento nesta região”, comenta Gonçalo Ponces, Head of Development & Natural Capital na JLL.

    Presente em Portugal desde 2016, a Bondstone estruturou uma carteira de activos imobiliários que representam um investimento de 315 milhões de euros e um valor de activos sobre gestão de 380 milhões de euros.

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    Casafari adquire alemã Targomo

    Esta parceria criará uma solução que ajudará empresas a tomarem decisões mais informadas sobre onde investir e crescer, quer sejam no imobiliário, retalho, área financeira ou em qualquer outro sector

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    A plataforma europeia de dados imobiliários, Casafari, acaba de concluir a aquisição da Targomo, empresa alemã especialista em location intelligence (inteligência de localização).

    A utlização desta tecnologia representa uma transformação “significativa no mercado imobiliário e na indústria proptech” e neste sentido, a Casafari considera que esta aquisição vem “desbloquear sinergias, aprimorar a pesquisa e análise imobiliária através de inteligência de localização e capacitar a tecnologia da Targomo com dados mais completos sobre o mercado imobiliário”.

    A Targomo recebeu cerca de 10 milhões de euros em financiamento numa ronda em 2020 para apoiar o desenvolvimento da sua tecnologia de ponta. Como parte da aquisição, a equipa existente da Targomo, composta por 25 elementos, irá manter-se em cargos estratégicos importantes a partir da sede em Berlim.

    Os clientes da Targomo beneficiarão de um acesso directo à base de dados imobiliários da Casafari, uma das mais completas e precisas a nível europeu. Por outro lado, os clientes da plataforma poderão ter acesso a informação ainda mais completa do mercado imobiliário enriquecida com inteligência de localização.

    “A inteligência de localização da Targomo preenche uma importante lacuna de transparência de dados, ajudando os nossos clientes, agentes imobiliários e investidores, a gerarem e a acelerarem os negócios. Já a Casafari ajudará os clientes Targomo a encontrarem os melhores imóveis em menos tempo. Esta parceria oferece uma solução para empresas de todas as dimensões e deverá contribuir para fechar transacções imobiliárias abaixo do valor de mercado”, considera Nils Henning, ceo da Casafari.

    Esta parceria criará uma solução que ajudará empresas a tomarem decisões mais informadas sobre onde investir e crescer, quer sejam no imobiliário, retalho, área financeira ou em qualquer outro sector.

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