Image4All desenvolve projecto “agrovoltaico” em horta urbana da FCUL
A Image4All é responsável pela instalação e gestão da unidade de produção fotovoltaica da nova Horta Solar da FCUL. Projecto, com desenvolvimento de autoconsumo, tem como objectivo explorar a produção combinada e sinergética de electricidade solar e produtos agrícolas

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A Image4All é responsável pela implementação e gestão da unidade de produção fotovoltaica da nova Horta Solar da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL). O projecto desenvolvido pela empresa de engenharia e eficiência energética demonstra o potencial da abordagem combinada de geração fotovoltaica e produção agrícola – “agrovoltaico” – como solução em ambiente rural, mas também em ambiente urbano.
O novo sistema “agrovoltaico” insere-se no âmbito do laboratório vivo para a Sustentabilidade @Ciências e conta com a Image4All como parceiro, no âmbito do apoio da empresa à Investigação & Desenvolvimento no sector científico, neste caso às necessidades de energia, quer para optimizar o ciclo de produção agrícola, quer para geração e autoconsumo.
A horta urbana no Campus Solar é um projecto multidisciplinar de investigação e de demonstração de um sistema “agrovoltaico” para explorar a produção combinada e sinergética de electricidade solar e produtos agrícolas. O novo sistema está instalado no laboratório exterior de energia solar no campus da FCUL, no Campo Grande, em Lisboa e, para além de ser uma nova fonte de energia, permite desenvolver investigação científica no sector agrícola.
Do ponto de vista energético, a principal motivação para este projecto “agrovoltaico” é permitir resolver um dilema: a instalação de grandes centrais fotovoltaicas é relativamente barata, mas estas necessitam de terrenos que poderiam ser utilizados para outros fins, como produções agrícolas ou simplesmente paisagem natural. Também podem quase que equivaler a uma monocultura, o que se não for bem feito também tem impacto na biodiversidade.
Entre os dois dilemas, o agrovoltaico aparece como solução, porque não tem impacto na biodiversidade, não ocupa o terreno e por isso permite outros usos. A exploração da sinergia entre o fotovoltaico e agricultura, em termos de rentabilidade do terreno, também é interessante do ponto de vista económico.
No limite, o potencial de utilização é quase infinito. A título de exemplo, para satisfazer as metas de Portugal de produção de energia renovável de 20 GW em 2050 seria preciso usar 1,5% da zona agrícola de Portugal com projectos “agrovoltaicos”. Há muito espaço, podem-se escolher os melhores sítios, com melhores ligações à rede, sem problemas de licenciamento ambiental.
O projecto explora ainda a implementação nas cidades, onde é mais caro, porque os projectos são mais pequenos. Este projecto é uma parceria com a Horta FCUL e eventualmente a replicação deste modelo será em hortas urbanas na cidade. É uma experiência de biodiversidade em termos de ambiente urbano, coadjuvada por especialistas para auxiliar no entendimento do processo.