“O nosso 70º aniversário é a celebração e a intensificação do nosso compromisso com a sustentabilidade”
À beira de completar o seu 70º aniversário a OLI assume o compromisso com a sustentabilidade para continuar a crescer. A empresa que é a maior produtora de autoclismos da Europa do Sul, registou em 2022 o seu volume de negócios mais elevado de sempre, 75,6 M€, e espera crescer 8% em 2023
Manuela Sousa Guerreiro
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No final de Maio, a OLI inaugurou aquela que foi a 10ª ampliação do seu complexo industrial, localizado em Aveiro, que representou um investimento global de 12 milhões de euros. Ao todo, o complexo abrange agora uma área de 42 mil metros quadrados. “Com este investimento pretendemos dar mais uma prova de confiança às nossas equipas e ao mercado, clientes e fornecedores, de que a OLI é uma empresa dinâmica e virada para o futuro, que concretiza os investimentos necessários para atingir a excelência operacional e a satisfação total dos clientes. Este investimento é, sobretudo, mais um passo importante no caminho da sustentabilidade que estamos a percorrer, no sentido de adoptar melhores práticas ambientais no nosso dia-a-dia”, sublinha António Ricardo Oliveira, administrador da OLI.
Na construção do novo armazém foram colocados mais 1050 painéis fotovoltaicos que, a somar à capacidade já instalada, permitirão à empresa reduzir as emissões de CO2 em 300 toneladas por ano. “Intensificámos, também, a utilização de matérias-primas recicladas e regeneradas, que representaram no ano de passado 250 toneladas de matéria-prima granulada. Estamos, ainda, a reduzir o plástico descartável das nossas embalagens, o que permitirá reduzir o nosso consumo de plástico em cerca de 11 toneladas por ano”, enumera o responsável.
A conjuntura dos últimos dois anos, sobretudo as dificuldades na obtenção da matéria-prima, constituíram um driver da mudança que a organização vive actualmente. “Os últimos anos foram extremamente desafiantes e tiveram impactos múltiplos na nossa actividade: fomos obrigados a mudar, muito e rápido, e a tomar decisões numa realidade que todos os dias era diferente. Mas o que se perpetua é a sustentabilidade e automação”, refere António Ricardo Oliveira. A escassez das matérias-primas, aliado à subida dos preços das mesmas, obrigou a empresa a procurar alternativas. “Uma das que encontramos foi a utilização de matéria-prima reciclada ou regenerada. O que começou por ser um processo forçado, galvanizou as equipas e acabou por se tornar num vector de sustentabilidade que se enraizou na organização, que hoje procura ao máximo utilizar reciclados”, explica o administrador da OLI.
O outro factor da mudança tem a ver com o aumento da procura “que excedeu largamente a nossa capacidade produtiva, pelo que fomos obrigados a investir na automação de processos produtivos para aumentar a produção”. Os últimos números falam por si: Em 2022, a OLI registou um volume de negócios de 75,6 milhões de euros, o valor mais elevado de sempre. E 2003? “Neste primeiro semestre tem sido notória a vontade de alguns clientes ajustarem os seus stocks e por isso reduzirem as compras, mas a diversidade geográfica das vendas tem permitido contornar essas dificuldades. Assim, mantemos o objectivo de crescer 8% o volume de negócios”, avança António Ricardo Oliveira.
Cerca de 75% da produção da OLI é destinada ao exterior, sendo distribuída para mais de 90 países dos cinco continentes. A Europa continua a ser o mercado mais importante. No último ano a empresa intensificou a sua presença no norte de África e Médio Oriente, “onde tem vindo a consolidar os resultados e esperamos continuar a crescer”, refere o administrador.
Muito mais que autoclismos
A OLI é, actualmente, a maior produtora de autoclismos da Europa do Sul. A fábrica trabalha ininterruptamente 24 horas por dia, sete dias por semana, para produzir, anualmente, cerca de 2 milhões de autoclismos e 3 milhões de mecanismos. A empresa tem intensificado, nos últimos anos, a aposta na inovação, consubstanciada “no lançamento de novos produtos com maior incorporação de tecnologia e valor acrescentado, com benefícios ao nível da sustentabilidade e da saúde e bem-estar das pessoas”, refere António Ricardo Oliveira. “Seguimos este ano com dois projectos que visam a inclusão de matéria-prima reciclada em produtos. Tivemos a oportunidade de mostrar ao mercado durante a feira ISH em Frankfurt um tanque de autoclismo dotado de sensores que permitem uma monitorização sobre o consumo de água e aferição de potenciais fugas ou perdas. Destaca-se também o desenvolvimento da gama que já este ano contou com a introdução de uma oferta de bases de duche que reforça a nossa aposta numa oferta integrada de produtos complementares para a casa de banho e contará com novos desenvolvimentos futuros”, continua o responsável.
Paralelamente, a empresa tem reforçado a aposta na gama de móveis e equipamentos para espaços de banho e cozinha. “Estes componentes têm merecido mais investimento da nossa equipa e consequentemente crescido as suas vendas. Além dos autoclismos, destacam-se as soluções de tubagem insonorizada e pluvial da VALSIR – marca inserida no grupo da OLI – os móveis de banho da Salgar cuja distribuição em Portugal é exclusiva da OLI, as bases de duche e a gama de torneiras. São produtos que podemos trabalhar em fase de especificação de projecto ou em conjunto com os nossos distribuidores. O objectivo é continuar a melhorar a qualidade destas gamas de produto, desenvolvidos sob nossa especificação, e aumentar gradualmente o portfolio para atender às necessidades dos nossos parceiros”, adianta António Ricardo Oliveira.
70 anos de inovação
No próximo ano a OLI completa o 70º aniversário. Perguntámos ao seu administrador qual o marco (s) que elege como essências neste percurso da empresa. António Ricardo Oliveira não teve dúvidas na resposta: “A introdução da dupla descarga do autoclismo foi um marco determinante na história da OLI. Estávamos no início dos anos 90 do século passado, quando a empresa se apresentou ao mercado como um agente activo na mudança de comportamento em relação ao consumo hídrico, nomeadamente na casa de banho, com o lançamento de uma solução que reduziu em 50% o consumo de água. Há quase trinta anos que a OLI defende a redução do consumo de água no espaço de banho. E este tem sido um caminho inspirador e mobilizador para, através do conhecimento e da inovação, desenvolver as melhores soluções. Queremos que as descargas de autoclismo sejam mais eficientes, utilizando um menor volume de água e não recorrendo a água potável. Os autoclismos devem ser capazes de potenciar a utilização de águas salgadas e integrados em sistemas de tratamento de águas residuais preparados para este fim.
Ambicionamos que o nosso 70º aniversário seja a celebração e a intensificação do nosso compromisso com a sustentabilidade económica, ambiental e social, desafiando sempre a melhoria contínua e consolidando a nossa aposta no futuro da empresa”, afirma.