Lote B – 1º Classificado Lima & Paixão – Gestão e Projecto
Metade das casas novas lançadas este ano já foram vendidas
De acordo com a base de dados “Edifícios em Comercialização” da Confidencial Imobiliário, metade das casas de construção nova que iniciaram venda este ano foram absorvidas pelo mercado ainda em planta
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Entre Janeiro e Junho deste ano, este sistema de informação identifica o lançamento para venda de cerca de 120 empreendimentos residenciais num total de 4.700 novas casas, das quais 51% se encontram já vendidas.
A base de dados “Edifícios em Comercialização” monitoriza o mercado de promoção imobiliária institucional, que compreende os edifícios de maior dimensão, localizados nos mercados mais relevantes e cuja lógica de comercialização passa pelo envolvimento das agências de mediação imobiliária ou portais imobiliários mais relevantes no mercado. Não abrange projectos numa lógica nem de autopromoção nem um racional de venda em mercados que funcionam à escala local.
De acordo com Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário, “este resultado acaba por surpreender face ao quadro macroeconómico adverso, em que seria normal esperar uma forte travagem na dinâmica da procura. Contudo, uma taxa de absorção de 51%, que traduz a aquisição de metade da oferta lançada ainda em planta, é um desempenho muito positivo, que contraria a expectativa de um choque de procura. Os próprios promotores já tinham indicado no mais recente inquérito de confiança que a Confidencial Imobiliário realizou a este sector – o Portuguese Investment Property Survey – que a menor das suas preocupações é a falta de procura”.
Não obstante, e ainda que o ritmo de absorção da nova oferta lançada se mantenha elevado, há uma quebra no número de novos projectos e fogos lançados face ao ano passado. Em 2022, esta base de dados contabilizou cerca de 185 novos empreendimentos residenciais num total de 8.200 fogos lançados, em média, por semestre, um ritmo que está mais de 50% acima do registado nos primeiros seis meses deste ano.
Assim, “estamos numa situação de paradoxo, em que mais de metade da oferta continua a estar tomada, mas em que se constrói bastante menos. Quem avança com os seus projectos regista boas taxas de absorção do produto. Contudo, há muitos promotores a cancelar ou adiar os seus investimentos, reagindo aos constrangimentos de conjuntura. Adicionalmente, alguns projectos estão a ser redireccionados para os segmentos mais altos, não tão afectados pela subida das taxas de juro, na medida em que têm menor necessidade de recorrer a crédito. Isso terá um efeito de agravamento no acesso à habitação”, conclui o director da Confidencial Imobiliário.