Abrandamento do aumento do preço das rendas na Europa é interrompido
O aumento do preço das rendas voltou a ganhar força no terceiro trimestre de 2023, registando um aumento médio de 3,1% QoQ em todos os tipos de imóveis analisados no Rent Index da HousingAnywhere
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Lisboa continua a ser inacessível para muitos, uma vez que é a segunda cidade com preços mais elevados na Europa para apartamentos, apesar de registar uma descida trimestral dos mesmos apenas como resultado de os preços se equilibrarem ligeiramente após os aumentos acentuados da última edição.
Tanto o Porto como Lisboa registam aumentos de preços elevados para os quartos, com um aumento trimestral de 5,9% e 5,3%, à medida que os estudantes se esforçam por encontrar alojamento a preços acessíveis antes do início da universidade. O Porto regista o maior aumento trimestral da Europa para estúdios (36%), fixando o preço de um estúdio em 1.340 euros.
O Índice Internacional de Rendas por Cidade da HousingAnywhere, plataforma de arrendamento de médio e longo prazo da Europa, mostra que os aumentos dos preços das rendas estão a ganhar força mais uma vez no terceiro trimestre de 2023. Esta 21ª edição do Índice regista um aumento médio de preços trimestral (QoQ) em todos os tipos de imóveis analisados de 3,1% (contra 1,5% no trimestre anterior). Globalmente, o aumento médio anual (YoY) dos preços em todos os tipos de imóveis continua a ser de 9%, apenas ligeiramente inferior ao registado na edição anterior (9,6%). O Índice de Rendas analisa a evolução dos preços de quartos, estúdios e apartamentos com um a três quartos, maioritariamente mobilados e procurados por estudantes e jovens profissionais em mobilidade, em 23 cidades de destino mais populares da Europa.
Após dois anos de aumentos acentuados, no início de 2023, os aumentos dos preços das rendas QoQ começaram a abrandar, mas esta tendência recente pode ter sido apenas de curta duração: os aumentos de preços no 3º trimestre aceleraram durante a época alta do arrendamento, a altura do ano em que as populações móveis se deslocam mais. Os estúdios registam o maior aumento de preços QoQ (6,1%), enquanto os quartos também apresentam um aumento significativo após dois trimestres de estagnação de preços (2,5%). Os apartamentos, no entanto, registam um aumento moderado de apenas 0,7% QoQ. Em termos mais gerais, os aumentos totais QoQ para o terceiro trimestre do ano fazem com que os preços continuem a ser consideravelmente mais elevados do que há um ano, com aumentos de preços YoY de 8,8% para estúdios, 9,7% para quartos e 8,7% para apartamentos.
“O abrandamento moderado do aumento dos preços das rendas no início do ano pode ter suscitado esperanças, mas a prudência manteve-se devido à iminente época alta da mobilidade na Europa e à persistência da escassez da oferta. O actual aumento dos preços é apenas mais um lembrete de que agora – mais do que nunca – é essencial desenvolver e estabelecer uma reserva sustentável de habitações para arrendamento. As novas construções são essenciais, mas a concessão de licenças mais flexíveis que incentivem a reutilização e a utilização mista dos imóveis pode ajudar a obter um alívio imediato…”, sublinha Djordy Seelmann, director executivo da HousingAnywhere.
Os preços dos quartos aumentam (5,9% no Porto e 5,3% em Lisboa) e os estudantes lutam para encontrar um quarto acessível no início do novo semestre.
A estagnação dos preços dos quartos parece ter chegado ao fim na maioria das cidades europeias, incluindo Porto e Lisboa. Embora as rendas dos quartos em ambas as cidades ainda estejam abaixo da média europeia, os quartos nestas cidades são cada vez menos acessíveis. O preço mediano de aluguer de um quarto em Lisboa é de 600 euros, mais 5,3% do que no último trimestre e até 33,3% mais elevado do que há um ano. No Porto, onde o preço mediano de um quarto se situa nos 450 euros, os quartos registam um aumento trimestral de 5,9% e anual de 12,5%.
No contexto europeu, as cidades espanholas e italianas apresentam uma tendência semelhante, com Milão a registar o maior aumento trimestral de quartos em toda a Europa (12,6%). As cidades espanholas de Valência e Madrid registaram um aumento trimestral de 7,1% e 6,7%, respectivamente. Mostrando uma tendência diferente, embora quase todas as cidades holandesas e alemãs no Índice estejam entre as cidades com preços mais elevados na Europa, estas cidades apresentam aumentos trimestrais menos acentuados.