Edição digital
Assine já
    PUB

    João Miguel Pinto e Rui Nunes Santos, Lead Architects da Quadrante Arquitectura

    Arquitectura

    “Não pretendemos ser um gabinete de autor. Procuramos, sim, estarmos mais alinhados como uma empresa de projecto”

    João Miguel Pinto e Rui Nunes Santos, Lead Architects da Quadrante Arquitectura, explicam, em entrevista ao CONSTRUIR, a importância crescente da área de arquitectura num grupo marcadamente impulsionado pela engenharia. Promotores de uma lógica de ‘serviço completo’, admitem que o mercado interno é curto para a estratégia, mas não enjeitam qualquer oportunidade. As novas tecnologias e a forma de encarar o projecto como um todo assumem um carácter diferenciador

    Ricardo Batista

    João Miguel Pinto e Rui Nunes Santos, Lead Architects da Quadrante Arquitectura

    Arquitectura

    “Não pretendemos ser um gabinete de autor. Procuramos, sim, estarmos mais alinhados como uma empresa de projecto”

    João Miguel Pinto e Rui Nunes Santos, Lead Architects da Quadrante Arquitectura, explicam, em entrevista ao CONSTRUIR, a importância crescente da área de arquitectura num grupo marcadamente impulsionado pela engenharia. Promotores de uma lógica de ‘serviço completo’, admitem que o mercado interno é curto para a estratégia, mas não enjeitam qualquer oportunidade. As novas tecnologias e a forma de encarar o projecto como um todo assumem um carácter diferenciador

    Ricardo Batista
    Sobre o autor
    Ricardo Batista
    Artigos relacionados
    IHRU coloca a concurso 130 casas para arrendamento acessível
    Imobiliário
    Área de PDS & Sustainability da JLL antevê ano de “forte crescimento”
    Imobiliário
    Município de Aveiro investe 18,5M€ na construção de “Oficina do Desporto”
    Construção
    Câmara de Vila Velha de Ródão vai investir 2,4M€ na construção de escola
    Construção
    Câmara de Albufeira avança com construção de colector para minimizar efeitos das cheias
    Construção
    Schneider Electric apresenta Calculadora de Descarbonização de Edifícios
    Empresas
    IW Enterprise Portugal consolida presença em França
    Empresas
    10ª edição Portugal Smart Cities Summit 
    Empresas
    FIXO disponibiliza instalação de painéis solares
    Empresas
    Avança investimento de 107 M€ do Grupo Mercan Properties em Lagos
    Imobiliário

    (fotos créditos: Rui Lourenço / Frame It)

    Liderando uma equipa com 35 arquitectos, João Miguel Pinto e Rui Nunes Santos explicam no CONSTRUIR a lógica por trás da metodologia ‘total design’, em que o cliente chega à Quadrante e consegue ter a oferta do serviço completo de ‘A a Z’, com um interlocutor apenas.

    Qual é a lógica por trás do funcionamento da Quadrante Arquitectura, nomeadamente a sua organização num grupo fortemente marcado pelo peso da área de engenharia?

    João Miguel Pinto (JMP): No grupo Quadrante, a arquitectura começou há aproximadamente 20 anos e, basicamente, cresceu a pedido do cliente. A Quadrante tem a sua génese associada à engenharia civil, foi crescendo e ganhando especialidades, foi ganhando capacidade de oferta e chegou a um ponto em que tínhamos as disciplinas todas à excepção da arquitectura. Nessa altura, os clientes, nomeadamente clientes da área industrial, acabaram por desafiar a administração da empresa para a constituição de uma área dedicada a estes trabalhos. Parte dos problemas de coordenação, na relação entre arquitectura e engenharia, acabavam por existir na mesma. Portanto, se conseguíssemos ter o serviço completo seria interessante. E começou por aí. Começou por ser uma pequena divisão de arquitectura que dava resposta às necessidades que chegavam dos projectos de engenharia. Foi crescendo, também porque são demasiado evidentes as vantagens de se trabalhar com tudo integrado. A ideia de ter tudo inhouse é a nossa proposta de valor. Temos uma metodologia a que chamamos ‘total design’ que é isso mesmo: o cliente chega à Quadrante e consegue ter a oferta do serviço completo de ‘A a Z’, com um interlocutor apenas. Para os nossos clientes, que são clientes cada vez mais profissionais, é uma vantagem e é o que nos diferencia no mercado. A forma como o fizemos, com o rigor, a questão do prazo e o controlo absoluto sobre todos os stakeholders do projecto permitiu que fossemos ganhando mais projectos deste género. Nos últimos cinco anos, esse crescimento foi mais evidente, de onde se pode destacar o projecto do Novo Aeroporto do Montijo e isso fez com que a nossa equipa, que há 6 anos era de seis pessoas, tenha agora 35 arquitectos.

    Rui Nunes Santos (RNS): Vencer desafios faz parte da nossa génese, encontrar formas de resolver problemas. Tem sido essa forma de estar que nos tem permitido crescer. Não temos medo de uma tipologia de projecto em que não temos experiência. Se for necessário, estabelecemos parcerias seja com quem for e encontraremos forma de chegar ao que o cliente pretende, prestando um trabalho de qualidade, diferenciado. O facto de termos todas as engenharias à nossa volta, é mais um desafio. Somos desafiados diariamente com um monte enorme de obstáculos, mas depois temos também a visibilidade transversal de um monte de tipologias diversas de projecto que nos permitem, perante um cliente que está muito habituado a um mercado específico como a habitação, ter uma experiência diversa que nos dá um contributo que o cliente não está à espera. Isso dá-nos uma postura diferenciadora no mercado.

    Esse englobamento de várias valências nas vossas propostas, é hoje uma realidade consolidada ou ainda há uma margem significativa para crescer, atendendo a que há, de facto, um peso significativo da vertente engenharia?

    RNS: Hoje em dia, os projectos mais interessantes para o grupo são os projectos em que tudo é feito dentro da empresa, com arquitectura e especialidades desenvolvidas internamente. São projectos que conseguimos abordar de forma eficiente. Nós temos uma forma de estar organizada, daí que tenhamos um conjunto de regras que nos permitem fazer ‘bem à primeira’. De facto, quando temos arquitectura, especialidades, conceitos, o desenvolvimento de projecto feitos internamente, são os projectos mais interessantes para o grupo e, por conseguinte, para a equipa. É evidente que isto não é estanque. Conseguimos a fazer projectos de especialidades para outros gabinetes, projectos de arquitectura para com outros gabinetes de especialidades…

    JMP: Nós temos as três geometrias a funcionar: temos projecto em que só temos arquitectura; projectos em que só temos engenharia; e temos os projectos mais interessantes, em que temos o pacote completo. Na parte da tipologia de projecto que mais procuramos, projectos mais complexos e completos como aeroportos, hospitais, estádios, é fundamental. Esses são projectos com muita complexidade e necessidade de coordenação, muita necessidade de optimização de soluções para conseguirmos atingirmos os nossos objectivos e os do cliente. Achamos que é uma vantagem poder controlar tudo. Numa empresa que tem agora 470 pessoas, uma divisão de arquitectura com 35 pessoas não tem significado em termos de percentagem mas para o mercado nacional temos a noção de que estamos a fazer o portfolio. Os projectos que temos actualmente em mãos têm bastante significado, nomeadamente dois estádios, vários projectos de aeroportos a decorrer, projectos de habitação em grande escala…Temos tido sempre uma postura low profile face ao mercado pois não pretendemos ser um gabinete de autor, nem um gabinete ‘de nome’. Procuramos, sim, estarmos mais alinhados como uma empresa de projecto como existem no Reino Unido, nos Estados Unidos. Fazemos edifícios, não fazemos só arquitectura. Muitas vezes, a questão da marca e do autor é importante para o cliente e para conseguirmos estar nesse mercado temos algumas parcerias estratégicas em tipologias ou mercados que sabemos que o nome é importante. Isso, essencialmente, em projectos de habitação ou de interiores. Temos vindo a crescer apoiados nessas parcerias estratégicas que nos ajudam a mitigar falhas que ainda temos.

    Mas há, de facto, uma lógica diferenciadora entre o que é a vossa actividade e a de um atelier de média/grande dimensão em Portugal?

    JMP: Efectivamente, há uma diferença na forma como estamos estruturados e como abordamos o projecto. Como abordamos o projecto no sentido mais prático de relação objectivo/cliente, custo, relação com as engenharias, relação com os stakeholders. Mas na prática, o desenvolvimento da arquitectura é um desenvolvimento transversal a qualquer equipa de arquitectura. Os nossos arquitectos não são diferentes dos arquitectos que estão nos ateliers. O que conseguimos foi ter essa parte mais criativa e mais romântica da arquitectura, mas conseguindo, ao mesmo tempo, uma estrutura regrada, com metodologias e passos que permitem uma resposta, no nosso entendimento, mais interessante.

    RNS: Penso que há uma coisa que pode ser um factor diferenciador que é a experiência diversa e nós tentamos colocar-nos no lugar do cliente. ‘Eu sou um promotor, tenho este negócio que vou levar avante, tenho um negócio que tem de correr bem. O que eu preciso para que este negócio corra bem? O que preciso, no processo, para que este negócio seja diferenciador?’ Pela diversidade de experiências que temos internamente, conseguimos entender se é uma construção mais eficiente, se é necessária uma solução de especialidades mais inovadora porque vai ser mais importante em termos comerciais ou se vai ter uma exploração mais económica. Nós conseguimos, pela tal visibilidade macro que temos em muitos ambientes, geografias, tipologias de clientes bastante diversificados, fazer com que o cliente pense fora da roda, fora da caixa, fora da sua área de conforto. E isso faz com que, por vezes, se consiga inovar e evoluir.

    Em que medida é que esse carácter diferenciador é mais valorizado face a uma forma mais tradicional de lidar com o projecto?

    JMP: Esta nossa metodologia, que designamos ‘total design’, tem uma base muito interessante: como temos todos os especialistas in the house, na primeira reunião de projecto em que nos sentamos à mesma mesa conseguimos ter os diversos especialistas fundamentais para esse projecto. A primeira discussão de ideias, o primeiro workshop, já tem o melhor de cada um. Nós conseguimos, de uma forma mais eficiente chegar a uma solução mais interessante no final. Não temos uma equipa de arquitectura que vai, sozinha, e que depois faz com que as engenharias tenham de adaptar ao desenho. Nós conseguimos desenhar o projecto em conjunto. Isso não castra, de forma alguma, a arquitectura por si pois, na verdade, a arquitectura é a resolução de um problema associada a questões estéticas e de harmonia de composições. Nós fazemos isso tudo, sabendo que no final das contas terá de ser construído, alguém terá de pagar, alguém vai utilizar e alguém vai manter. Tentamos dar resposta a isso tudo. Um dos pontos importantes nessa metodologia é a questão da sustentabilidade e do ambiente. Temos um departamento de ambiente e sustentabilidade que faz parte do nosso projecto sempre. Desde o inicio estamos a pensar já com esses inputs em cima da mesa. A Quadrante tem um conjunto de compromissos ligados à sustentabilidade que têm de ser cumpridos nos projectos… Desenvolvemos, igualmente, uma ferramenta em que conseguimos pontuar os nossos projectos em termos de eficiência energética, de boas práticas. Acho que o que nos diferencia é isso. Nós já tivemos a experiência de que esta forma de projectar tanto resulta num estádio de futebol, num projecto complexo, ou um hospital, como para habitação de grande escala. Os ganhos são evidentes. Quando o cliente nos pede um projecto, estamos a falar de um negócio e nós conseguimos perceber qual é o negócio do cliente e conseguimos ajudá-lo nisso, não descurando a qualidade da arquitectura. Acho que é isso que nos diferencia. Eu acho que conseguimos, aqui na Quadrante, estar um passo mais à frente porque, no final de contas, a responsabilidade está toda debaixo do mesmo chapéu.

    Olhando para a realidade nacional, do mercado interno, em que é que essa forma de actuar encaixa na realidade do mercado, atendendo a que não há assim tantos projectos, com frequência, como um hospital ou um aeroporto?

    RNS: A Quadrante está estruturada de forma a optimizar tanto o processo de produção como de comunicação com o cliente e os vários intervenientes do projecto. Perante o cliente, temos um project-manager, um client manager e um porta-voz que são as pessoas que dão resposta ao cliente de forma sustentada e concertada. São pessoas que estão habituadas a comunicar com o cliente final e a trazer, para os nossos projectistas, o feedback do cliente. Esse interlocutor, é a figura que perante o dono da obra dá conforto e dá garantias de que as soluções que estão a ser desenvolvidas estão alinhadas com os objectivos. Sempre que é necessário um apoio técnico, os projectistas e equipas de projecto juntam-se ao cliente e a garantia de que tudo o que está a ser feito dentro desta empresa, seja um ou 10 projectos – por vezes, um projecto tem 10 disciplinas ou mais associadas, garante que todas essas disciplinas trabalham de acordo com o mesmo planeamento, com o mesmo prazo, o mesmo objectivo, evitando inconsistências de projecto, elementos em falta quando é lançado o concurso de empreitada e evitando problemas em obra, problemas esses que têm sempre um custo gigantesco quer em temos financeiros quer de prazo. Esta forma de estar ajuda-nos a dar credibilidade perante um cliente e a criar relações de confiança. O nosso desígnio é prestar um serviço diferenciado, de qualidade e criar relações de confiança que permitem que os clientes confiem em nós.

    João Miguel Pinto rejeita a ideia de arquitectura de autor

    Quais são os vossos objectivos? Qual é a vossa estratégia? Já percebemos que há um esforço e um aproveitamento da dinâmica internacional mas olhando, também, para o mercado interno por onde passa o vosso caminho de crescimento?

    JMP: A nossa área de arquitectura, actualmente, está também a navegar a onda do imobiliário que estamos a viver. Temos vários projectos de grande escala de habitação. Sabemos quanto tempo ainda vamos poder beneficiar desta onda, mas o nosso posicionamento e o nosso objectivo é conseguir estar nas duas frentes: conseguir estar nestes projectos residenciais ou de escritórios enquanto o mercado estiver disponível e houver oportunidades, mas ser igualmente a empresa de referência quando for necessário executar hospitais, estádios e tipologias mais complexas. Tentamos também, olhar para as tendências. Temos um forte posicionamento no mercado dos data centers, sabemos que é um mercado em crescimento, continuamos a ter uma forte componente industrial. Estamos, aliás, a desenvolver o maior projecto industrial já feito em Portugal, nomeadamente uma giga factory de baterias para carros eléctricos, que equivale a qualquer coisa como 400 mil m2 só na primeira fase…

    Combina arquitectura e engenharia?

    RNS: Desde o estudo de impacto ambiental ao projecto de execução final.

    JMP: Claro que uma empresa com a escala que a Quadrante, não olhando apenas a área de arquitectura, não se consegue alimentar apenas no mercado nacional e, por isso, o nosso foco está em continuar a internacionalização e aí temos umas alavancas muito interessantes para a nossa divisão de arquitectura que é o facto de termos diferentes áreas de negócio. Temos áreas como Transportes, em que a arquitectura dá resposta a estações de caminho de ferro ou portos, ou a área da Energia que vão precisar de arquitectura. Temos também a área de Special Projects que faz a angariação, por todo o Mundo, de projectos especiais onde também pode entrar arquitectura. A nossa visão está muito mais além do que o mercado nacional em termos de crescimento. No mercado interno claro que queremos ser uma referência em termos de arquitectura, não pela questão da arquitectura de autor mas num posicionamento diferente.

    RNS: Nós acompanhamos o que está a acontecer no Mundo inteiro. Hoje em dia há uma transformação energética e digital e nós estamos a acompanhar isso com as nossas equipas. É um trabalho em que a arquitectura está presente juntamente com todas as disciplinas. Temos o mesmo foco e o mesmo designio um pouco por todo o Mundo. Esta experiência nacional permite-nos estar em outras geografias a fazer o mesmo tipo de trabalho e a responder ao mesmo tipo de tipologias.

    Nesse capítulo, em que é que a área de arquitectura se torna mais competitiva nessa escala internacional?

    RNS: Nestas tipologias de projecto, é preciso ter uma consciência muito grande do que é que aquele projecto é e o que a arquitectura representa para aquele projecto. São tipologias em que o alinhamento com as outras disciplinas é muito importante, não é propriamente um objecto escultórico muito bonito, mas um desenho que resulta de uma componente técnica muito vincada. É quase uma coisa mecânica. Temos sempre, claro, as preocupações normais como a integração…A nível global, know how é muito importante. O nosso País, em termos regulamentares, legislação, está alinhado com o pensamento europeu e nas geografias em que estamos presentes são países em desenvolvimento onde conseguimos acrescentar valor.

    JMP: Neste processo de internacionalização, conseguimos também estar próximos dos grandes empreiteiros nacionais, das grandes construtoras. Para um empreiteiro, o serviço que nós temos é muito vantajoso, daí que tenhamos muitos processos de concepção construção. Há muitos problemas que são ultrapassados à conta desta nossa forma de pensar. Há cerca de 10 anos, começámos a desenvolver o BIM e o Revit e, actualmente, desenvolvemos todos os projectos em BIM. Temos mesmo um departamento dedicado ao desenvolvimento dessa metodologia. Essa é outra das vantagens que conseguimos oferecer. Já não fazemos nada em CAD.

    Rui Nunes Santos defende a lógica de projecto de “A a Z”

    Estamos a falar de uma nova forma de trabalhar que mostra já, de certa forma, um novo paradigma na forma como se projecta?

    JMP: Nós tentámos ser pioneiros e actualmente a nossa posição já não é um plus. Já é a nossa forma de trabalhar. Já não damos a opção ao cliente de o projecto não ser em BIM. Só trabalhamos assim porque as vantagens são tão evidentes para ambas as partes que é a nossa forma de trabalhar e está alinhada com os mercados internacionais mais evoluídos. Em Portugal, saiu uma lei que vai forçar a que nos projectos públicos passe a ser obrigatório. Já não vendemos isso como um extra ou que nos diferencie, mas sim estarmos alinhados com os mercados mais evoluídos e os mercados onde queremos chegar.

    RNS: Em termos de produção, todas as disciplinas estão a trabalhar na mesma ferramenta. Estamos a construir um modelo tridimensionalmente antes de ir para obra e, de facto, isso é vantajoso pois os problemas complicados em obra deixam de existir, evitando custos adicionais, problemas em prazos e uma série de outras questões. Sentimos que por vezes, o mercado não está preparado para acompanhar o desenvolvimento. As construtoras também já deviam ser capazes de receber e olhar para modelos e fazer a preparação da obra e isso ainda não acontece. Umas conseguem, mas outras não. Os próprios donos de obra, e aqueles donos de obra que fazem a operação do edifício depois de construídos também se estão a formatar para lá chegar, mas ainda não estão todos. Em termos de projecto é a nossa realidade, mas o mercado terá de se adaptar rapidamente porque não faz, hoje em dia, sentido que seja de outra forma.

    Quando olhamos para essa perspectiva de o dono de obra não estar preparado…o dono de obra não está preparado porque, a montante, ainda não há uma preparação tão evidente do lado do projectista?

    RNS: Depende da tipologia do dono de obra. Há o dono de obra que constrói para vender e esse claramente não tem interesse ou é muito residual. O interesse, aí, seria do empreiteiro para ter um modelo em que assente a preparação de obra, mas depois temos o dono de obra que constrói para explorar. Esse tem um monte de vantagens associados ao BIM e à manutenção que ele pode tirar partido. Há uns que estão preparados, mas é preciso preparar equipas, formas de estar, uma série de procedimentos, uma série de trabalhos que estão a começar em Portugal.

    O que dificulta que esta seja uma realidade? Os custos associados? A formação?

    JMP: Diria que os custos de formação e o retorno para as pequenas empresas é difícil de alcançar. Os valores das licenças também dificultam a que se alcance essa rentabilidade e a sua implementação. Depois é uma implementação que não se esgota. Temos um departamento BIM que trabalha todos os dias na forma como podemos melhorar a nossa forma de trabalhar. O nosso departamento BIM tem a dimensão média dos ateliers portugueses. É uma barreira difícil de ultrapassar para que se torne mais generalizado.

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

    Director Editorial
    Mais artigos
    Artigos relacionados
    IHRU coloca a concurso 130 casas para arrendamento acessível
    Imobiliário
    Área de PDS & Sustainability da JLL antevê ano de “forte crescimento”
    Imobiliário
    Município de Aveiro investe 18,5M€ na construção de “Oficina do Desporto”
    Construção
    Câmara de Vila Velha de Ródão vai investir 2,4M€ na construção de escola
    Construção
    Câmara de Albufeira avança com construção de colector para minimizar efeitos das cheias
    Construção
    Schneider Electric apresenta Calculadora de Descarbonização de Edifícios
    Empresas
    IW Enterprise Portugal consolida presença em França
    Empresas
    10ª edição Portugal Smart Cities Summit 
    Empresas
    FIXO disponibiliza instalação de painéis solares
    Empresas
    Avança investimento de 107 M€ do Grupo Mercan Properties em Lagos
    Imobiliário
    PUB
    Imobiliário

    IHRU coloca a concurso 130 casas para arrendamento acessível

    Arrancam hoje, 4 de Outubro, os concursos por sorteio para atribuição de 130 habitações em renda acessível no âmbito do Programa Arrendar para Subarrendar

    CONSTRUIR

    Os concursos são promovidos pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, IHRU, e irão atribuir habitações de tipologias T1 a T5, localizadas em 24 concelhos de todo o país: Albufeira, Almada, Amadora, Cascais, Lisboa, Loures, Odivelas, Oeiras, Sintra, Vila Franca de Xira, Seixal, Gondomar, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Santa Maria da Feira, Valongo, Vila Nova de Gaia, Praia da Vitória (Açores), Caldas da Rainha, Coimbra, Penacova, Ponte da Barca, Torres Vedras.

    O concurso destina-se a pessoas ou agregados familiares que cumpram os critérios de elegibilidade definidos pelo Programa e as condições estabelecidas nos Avisos dos Concursos.

    No âmbito destes concursos é dada prioridade aos agregados com idade até aos 35 anos, famílias monoparentais ou famílias com quebras de rendimento superiores a 20% face aos rendimentos dos três meses precedentes ou no mesmo período homólogo do ano anterior. As candidaturas podem ser submetidas até 01 de Novembro de 2024, através da plataforma ihruarrenda.portaldahabitacao.pt.

    Para concorrer, os interessados deverão enviar, na plataforma, as informações relativas ao agregado familiar, assim como as declarações de rendimento.

    Os sorteios das candidaturas admitidas a concurso irão decorrer no dia 5 de Novembro,  em acto público com transmissão online

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB

    Maria da Cunha e Menezes, head of Project & Development Services and Sustainability da JLL

    Imobiliário

    Área de PDS & Sustainability da JLL antevê ano de “forte crescimento”

    Área de negócio da consultora presta apoio a todas as fases num processo de transformação imobiliário e tem registado uma procura “crescente” nos dois últimos anos, com um crescimento médio anual de 25%. Actualmente gere mais de 50 projetos avaliados em mais de 180 M€

    CONSTRUIR

    O Departamento de Project and Development Services and Sustainability (PDS) da JLL antevê um 2024 de “forte crescimento”, em resultado da “crescente procura” por parte de investidores, proprietários corporativos e ocupantes.

    Desde 2022 que o departamento regista um crescimento médio anual de 25% no seu volume de negócios, ritmo que espera manter de novo em 2024. Esta área de negócio da consultora presta serviços de apoio ao desenvolvimento imobiliário em todas as suas fases, sendo actualmente responsável pela gestão de mais de 50 projectos dos mais diversos usos no valor de aproximadamente 180 milhões de euros.

    Segundo Maria da Cunha e Menezes, head of Project & Development Services and Sustainability da JLL, “há um aumento expressivo do investimento na produção imobiliária” e isso acontece numa envolvente de “enormes desafios, com custos de construção elevados, falta de mão-de obra e fortes exigências a nível de sustentabilidade”. É, por isso, essencial ter uma “visão global e estratégica” do desenvolvimento dos projectos e estar bem assessorado.

    E acrescenta: “Nós temos como missão concretizar a visão do cliente, com esse foco simultaneamente estratégico e prático, tornando-nos o seu braço direito ao longo de todo o processo. Temos uma resposta tailor-made, que cumpre budgets, prazos e qualidade dos projectos, numa envolvente onde a sustentabilidade se tornou um dos motores para a transformação imobiliária. A abrangência do nosso leque de serviços, conjugada com uma equipa multifacetada e uma visão de preparar o sector para o futuro através de uma transformação que acrescenta valor, tem-nos valido a confiança de cada vez mais clientes”, conclui Maria da Cunha e Menezes.

    Os principais clientes da JLL nesta área de negócio incluem empresas de referência do sector da banca, investimento, retalho, seguros e transportes e logística, entre outros.

    O portefólio de projectos mais recentemente acompanhados pelo departamento de PDS & Sustainability contempla a prestação de serviços de gestão de projecto e de custos para a nova sede da Caixa Geral de Depósitos no Parque das Nações, em Lisboa, com 30 mil m2 e o qual se destaca pela sua dimensão, envolvimento das equipas internas e elevada complexidade técnica. A sede administrativa de uma grande empresa de FMCG situada em Lisboa, é outro projecto a que este departamento presta serviços de gestão de projecto e de custos, bem como, na área de logística e industrial, às novas instalações da Scania, situado num terreno industrial de 23.710 m2 com 4.400 m2 de área bruta de construção em Castanheira do Ribatejo e um projecto com a MAN Trucks.

    A equipa de PDS & Sustainability da JLL está ainda activa na gestão de projecto e custos para a renovação de 34 lojas integradas nos principais aeroportos de Portugal, mandatada pela Portugal Duty Free. Esta carteira de retalho soma cerca de 10 mil m2 de superfície de venda nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e Funchal.

    No âmbito da sustentabilidade, o serviço de ESG Advisory desenvolvido para a Fidelidade Property é um dos mais recentes a integrar o track record da JLL. Actuando sobre um conjunto de imóveis localizados em vários países, o serviço visou criar soluções para que este portefólio atinja ambiciosos objectivos de sustentabilidade até 2027. Estes objectivos passam por colocar a totalidade dos imóveis em compliance com a taxonomia europeia, 90% dos activos com certificações de sustentabilidade mínimas de “Very Good” e 80% com certificado de desempenho energético “A” ou superior.

    De notar ainda que PDS & Sustainability é uma das áreas da consultora no âmbito da visão ONE JLL, que se traduz no recurso complementar aos vários sectores de serviço da consultora. Mais de 40% dos projectos servidos por PDS & Sustainability envolvem adicionalmente mais de duas outras linhas de serviço, como são os casos de Capital Markets, Leasing, Tenant Representation, Workplace Strategy e Change Management, ou Design&Build da Tétris, entre outros.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    Construção

    Município de Aveiro investe 18,5M€ na construção de “Oficina do Desporto”

    Segundo adianta a autarquia em comunicado, trata-se de um equipamento desportivo que pretende dar resposta às necessidades da Comunidade Aveirense, com especial destaque para os programas de “Desporto para os Cidadãos” que a Câmara Municipal de Aveiro quer desenvolver, e para as Associações Desportivas com modalidades de Pavilhão

    CONSTRUIR

    O Executivo municipal de Aveiro aprovou, em reunião de Câmara, a abertura do concurso público internacional com vista à construção da ‘Oficina do Desporto’, um novo pavilhão municipal que representa um investimento de 18,5 milhões de euros e um prazo de execução na ordem dos 540 dias.

    Segundo adianta a autarquia em comunicado, trata-se de um equipamento desportivo que pretende dar resposta às necessidades da Comunidade Aveirense, com especial destaque para os programas de “Desporto para os Cidadãos” que a Câmara Municipal de Aveiro quer desenvolver, e para as Associações Desportivas com modalidades de Pavilhão.

    Este novo Pavilhão Desportivo Municipal será dotado de quatro campos polidesportivos (para a prática de diversos desportos colectivos), sendo um desses campos envolvido por bancadas, com uma capacidade para receber público num total de 2.500 pessoas.

    Para além dos campos com as respectivas medidas oficiais de cada modalidade, o Pavilhão terá um Ginásio Polivalente (para modalidades individuais), instalações adequadas para os técnicos / treinadores, instalações para uso dos Clubes / Associações, zonas diversas de apoio, salas para reabilitação de atletas, salas de formação, auditório e sala de estudo.

    De igual modo, existirá uma área afecta para a equipa da Câmara Municipal de Aveiro que fará a gestão do equipamento e gestão desportiva municipal, bem como áreas que poderão ser concessionadas, nomeadamente bares de apoio, ginásio e clínica de fisioterapia.

    Com uma área de implantação de 10.400 m2 e uma área bruta de construção de 22.615 m2, o novo Pavilhão Desportivo Municipal vai ser equipado com todas as condições e equipamentos, tendo em vista a sua eficiência energética e funcional.

    A construção deste Pavilhão Desportivo Municipal é um investimento de elevada relevância e importância para o Município de Aveiro, resolvendo um passivo grave de inexistência de um Pavilhão Municipal, colmatando as necessidades dos Clubes e Associações no importante trabalho de formação dos nossos Jovens, assim como para a dinamização de vários projectos municipais destinados à comunidade escolar e aos seniores.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    Construção

    Câmara de Vila Velha de Ródão vai investir 2,4M€ na construção de escola

    A empreitada vai permitir a criação de seis novas salas de aula, com capacidade para 150 alunos, de uma sala polivalente/auditório, de um laboratório e ainda de cinco gabinetes de apoio, nomeadamente, para apoio psicológico, terapia da fala e três gabinetes de trabalho. A obra tem um prazo de execução previsto de 365 dias, sendo espectável que possa ter início antes do final do ano lectivo

    CONSTRUIR

    A autarquia de Vila Velha de Ródão aprovou por unanimidade, o lançamento do concurso público para a construção de um novo edifício para acolher os alunos do 2.º e 3.º ciclo do Ensino Básico do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão. A obra representa um investimento de 2,4 milhões de euros e vai receber um apoio superior a dois milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

    “É com enorme satisfação que procedemos ao lançamento desta obra, que representa o maior investimento de sempre feito pelo município e nos permite acomodar, em condições de conforto e segurança, o número crescente de alunos a frequentar o Agrupamento de Escolas registado nos últimos anos e a que se juntou, já este ano, a oferta do Ensino Secundário”, explica o presidente da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira, que os considera o apoio obtido ao abrigo do PRR como “um reconhecimento dos esforços feitos pelo executivo no que respeita à fixação de famílias e jovens no concelho”.

    A empreitada vai permitir a criação de seis novas salas de aula, com capacidade para 150 alunos, de uma sala polivalente/auditório, de um laboratório e ainda de cinco gabinetes de apoio, nomeadamente, para apoio psicológico, terapia da fala e três gabinetes de trabalho. A obra tem um prazo de execução previsto de 365 dias, sendo espectável que possa ter início antes do final do ano lectivo.

    Este é o primeiro de um conjunto de investimentos que vão ser promovidos pela autarquia até ao final próximo ano na área da habitação e da requalificação urbana e de entre os quais se destacam, por exemplo, o aumento do parque habitacional através da reabilitação de imóveis para arrendamento acessível e da construção de novos loteamentos em várias freguesias do concelho; a requalificação urbanística da Rua da Estradas e de outras estradas do concelho; a construção do Centro Operacional Municipal de Protecção Civil; ou a requalificação do Lagar de Varas, uma obra que conta com o apoio da Linha +Interior Turismo do Turismo de Portugal e cujo concurso público foi aprovado na mesma reunião.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    Construção

    Câmara de Albufeira avança com construção de colector para minimizar efeitos das cheias

    O presidente da Câmara Municipal de Albufeira frisa que “a construção do Colector de Meia Encosta Poente vai permitir a remodelação de infraestruturas, que neste momento já se encontram obsoletas”, nomeadamente nas áreas do abastecimento de água, saneamento e iluminação pública, redução de fugas de água e, sobretudo, diminuir o risco de alagamento e destruição por inundação das zonas baixas da cidade

    CONSTRUIR

    O Município de Albufeira deu início à construção do Coletor de Meia Encosta Poente, obra que faz parte do Plano Geral de Drenagem de Albufeira e que contempla um conjunto de intervenções estruturantes e complementares, destinadas a minimizar os problemas decorrentes de inundações das bacias das ribeiras de Albufeira e do Inatel, com particular relevância na zona baixa da cidade. Trata-se de uma infraestrutura, que envolveu um investimento na ordem dos 2 milhões de euros, que visa evitar a afluência de elevados caudais à zona baixa da cidade. “Esta é uma obra estruturante e de enorme complexidade, com forte impacto sobre pessoas e bens, bem como ao nível de alterações na própria natureza, como foi o caso das cheias de 1 de Novembro de 2015, cenário que não queremos ver repetido”, sublinha o presidente da Câmara Municipal de Albufeira, José Carlos Rolo, chamando a atenção para os transtornos que as obras sempre causam, mas que sem elas é impossível fazer os melhoramentos necessários para o desenvolvimento do concelho. Refira-se que a construção da obra irá afectar o trânsito na Avenida do Ténis e arruamentos adjacentes, implicando o seu condicionamento e cortes, sempre que necessário.

    O presidente da Câmara Municipal de Albufeira frisa que “a construção do Colector de Meia Encosta Poente vai permitir a remodelação de infraestruturas, que neste momento já se encontram obsoletas”, nomeadamente nas áreas do abastecimento de água, saneamento e iluminação pública, redução de fugas de água e, sobretudo, diminuir o risco de alagamento e destruição por inundação das zonas baixas da cidade. “Esta é uma obra estruturante e de enorme complexidade, com forte impacto sobre pessoas e bens e eventuais alterações ao nível da própria natureza, como foi o caso das cheias de 1 de Novembro de 2015, cenário que não queremos ver repetido”, sublinha José Carlos Rolo, chamando a atenção das pessoas para os transtornos que as obras sempre causam, mas realçando que sem elas é impossível fazer os melhoramentos necessários para o desenvolvimento do concelho.

    Refira-se que a presente obra integra o Plano Geral de Drenagem de Albufeira, um investimento no valor global de 21 milhões de euros, de que fazem parte a construção de um novo túnel (por construir), colectores urbanos a nascente (por construir) e a poente (obra que teve agora início); construção de condutas adutoras (por construir); da Estação Elevatória da Praça dos Pescadores (obra concluída) e a mitigação de riscos de inundações no Inatel (obra concluída).

    Quanto ao Colector de Meia Encosta Poente, trata-se de uma infraestrutura de drenagem pluvial, na zona do Cerro Grande, que tem por objectivo evitar a afluência de elevados caudais à zona baixa da cidade de Albufeira. A Intervenção desenvolve-se ao longo da Avenida do Ténis até ao miradouro na Coronel Águas, permitindo recolher o caudal a montante da Marina, que actualmente aflui por escoamento superficial à Zona Baixa da cidade.

    Os trabalhos incluem a instalação de todos os equipamentos, estruturas, movimentação de terras, construção civil, fornecimento, montagem e ensaio dos equipamentos electromecânicos e execução de redes técnicas (água, drenagem, rede eléctrica e de telecomunicações, entre outras), de forma a garantir o funcionamento eficaz dos sistemas projectados.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    Empresas

    Schneider Electric apresenta Calculadora de Descarbonização de Edifícios

    A ferramenta online permite que os proprietários e operadores de edifícios testem e explorem rapidamente diversas Medidas de Conservação de Energia e Carbono, identificando facilmente as melhores opções para si com base em dados simulados

    CONSTRUIR

    A Schneider Electric criou uma nova Calculadora de Descarbonização de Edifícios, uma ferramenta online que permite que os proprietários e operadores de edifícios testem e explorem rapidamente diversas Medidas de Conservação de Energia e Carbono (ECCMs, na sua sigla em inglês), identificando facilmente as melhores opções para si com base em dados simulados.

    À medida que aumenta a pressão para cumprir as metas de descarbonização, esta solução permite que os utilizadores avaliem e priorizem eficientemente os cenários de modernização dos edifícios, ajudando-os a navegar as complexidades do equilíbrio entre custos e emissões acumulados desde agora até 2050 para definirem o seu melhor caminho para o net zero.

    Com um conjunto de dados provenientes de cerca de 500 mil modelos de desempenho que abrangem vários tipos e dimensões de edifícios em várias geografias, a Calculadora de Descarbonização de Edifícios permite que os utilizadores avaliem o retorno financeiro e de carbono do seu investimento de ECCMs, e comparem os seus percursos de descarbonização com as multas da Lei Local 97 da cidade de Nova Iorque ou com o percurso do Carbon Risk Real Estate Monitor (CRREM, na sua sigla em inglês).

    Uma análise recente de um grande projecto de reabilitação de escritórios em Boston utilizou a calculadora para prever poupanças de energia de 3.7 milhões de dólares e evitar multas no valor de 1 milhão de dólares na próxima década, obtendo retorno do investimento em sete anos. A análise incluiu sistemas modernos de gestão de edifícios, software de monitorização de energia, actualizações de LED, correcção do factor de potência e a integração de sistemas fotovoltaicos com armazenamento de energia em baterias e tecnologia de microgrids.

    A calculadora foi criada em colaboração com a consultora imobiliária JLL, que apoia através da modelação do desempenho dos edifícios, e a C.scale, um ramo da empresa de arquitectura EHDD, sediada em São Francisco, que trabalha em modelos de machine learning para apoiar a acção climática em velocidade e escala.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    Empresas

    IW Enterprise Portugal consolida presença em França

    A empresa de design de interiores, especialista em espaços comerciais, irá decorar os dois restaurantes do novo barco da marca The Ritz-Carlton Yacht Collection. O contrato reforça a posição da IW Enterprise no sector dos navios de cruzeiro construídos em França

    CONSTRUIR

    A empresa portuguesa assinou o contrato para decoração do navio The Ritz- Carlton Yacht Collection Luminara. Este navio, cuja construção está a cargo do estaleiro Chantiers de l’Atlantique, em Saint-Nazaire, França, deverá ser lançado em 2025

    Este projecto reforça a posição da IW neste segmento de mercado. A empresa será responsável pela decoração completa de dois restaurantes a bordo, num valor total de 490 mil de euros. Cada restaurante será decorado com acabamentos de luxo, reflectindo o posicionamento, a cultura e características associadas da marca Ritz-Carlton.

    “É gratificante ter acesso a este projecto e dar a oportunidade à nossa equipa para continuar a criar espaços que não só reflectem o luxo e a sofisticação da marca, mas também a nossa dedicação e visão na execução de projectos de design de interiores neste estaleiro”, reforça José Tavares, administrador da IW Enterprise Portugal.

    Além deste navio já adjudicado, a IW está em fase de negociações para intervir em outros projectos similares, resultantes da parceria estratégica com o estaleiro Chantiers de l’Atlantique. Este não é, aliás, a primeira experiência da  IW Enterprise no sector dos navios de cruzeiro construídos em França, onde conta já projectos para a MSC Cruises e Celebrity Apex, Celebrity Cruises.

    O projecto “The Ritz-Carlton Yacht Collection” é uma extensão da icónica marca “Ritz-Carlton” no mundo dos cruzeiros de luxo, oferecendo uma experiência única a bordo dos seus navios. Com a gestão de um membro de tripulação por cada passageiro, a colecção é sinónimo de serviço de excelência, conforto sublime e atenção ao detalhe.

     

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    Empresas

    10ª edição Portugal Smart Cities Summit 

    O ponto de encontro de discussão e de promoção de políticas dedicadas às Smart Cities (governação, mobilidade, energias, IT & IOT, cyber security, água, resíduos e ambiente, saúde e bem-estar) regressa à FIL de 8 a 10 de Outubro

    CONSTRUIR

    A Fundação AIP promove a 10ª edição do Portugal Smart Cities Summit, de 8 a 10 de Outubro, na FIL, Parque das Nações. Este evento, que se assume como o maior Marketplace nacional na promoção de networking e na criação de oportunidades de negócio neste sector, irá promover múltiplos encontros e debates sobre os temas actuais relacionados com as cidades do futuro.

    O evento abrirá com a conferência “autarquias, empresas e cidadãos mas durante os três dias do evento serão explorados temas como “financiamento e transição climática; ESG, environmental social governance; comunidades energéticas; BRT no transporte colectivo; inovação na gestão da água nas cidades; sinergias entre circularidades; gestão de resíduos e valorização energética e sharing & inclusive cities, a revolução da ia nas smart cities.

    O Portugal Smart Cities Summit é um evento de referência, com uma alargada representação empresarial, que promove sinergias entre o território, a indústria e o meio académico-científico, visando cidades mais inteligentes que proporcionem uma melhor qualidade de vida.

    A presença dos Municípios tem uma dupla vertente, por um lado participam na exposição apresentando as soluções tecnológicas mais avançadas para um desenvolvimento sustentável das suas cidades, e por outro, encontram neste evento novas soluções e parcerias para implementar a sua estratégia. Esta edição conta com Guimarães como Cidade Convidada, comprometida com a neutralidade climática até 2030, uma das 100 cidades europeias seleccionadas para a Missão “Climate-Neutral and Smart Cities”.

    O Portugal Smart Cities Summit, realiza-se em simultâneo com o Security Summit.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    Empresas

    FIXO disponibiliza instalação de painéis solares

    A plataforma digital do Grupo Fidelidade ampliou o seu portefólio de serviços com parceria com a Otovo

    CONSTRUIR

    A FIXO, uma plataforma digital de serviços em casa do Grupo Fidelidade, amplia o seu portefólio de serviços passando a disponibilizar a instalação de painéis fotovoltaicos em casa, em parceria com a Otovo, o marketplace europeu de instalação de painéis solares e baterias.

    Através da parceria com a Otovo, a instalação de painéis solares passa a estar incluída na categoria de serviços energéticos para o lar do FIXO, sendo assegurada e prestada pela Otovo.

    Daniel Riscado, head do center for transformation da Fidelidade refere que “esta parceria combina a conveniência de um serviço integrado com o profundo compromisso com a sustentabilidade, em parceria com um top player de mercado de energia solar, oferecendo aos portugueses uma solução eficiente e fiável para a transição energética nas suas casas.”

    A FIXO proporciona uma experiência de utilização prática e rápida, em que o cliente escolhe o serviço que pretende através da aplicação ou do website fixo.pt e vê o preço de imediato, sem que tenha que aguardar por um orçamento. De seguida, o cliente introduz a morada onde pretende que o serviço seja prestado, agenda-o para a data e hora que mais lhe convém, procedendo ao respetivo pagamento.

    “Dando seguimento à estratégia de marca delineada para 2024, esta parceria com o FIXO cumpre dois objetivos fundamentais para nós nesta fase: faz-nos chegar a cada vez mais pessoas, integrando uma plataforma de serviços utilizada diariamente por milhares de clientes; e torna ainda mais fácil o acesso das famílias portuguesas à energia solar, promovendo o autoconsumo que tanto incentivamos”, refere Manuel Pina, director geral da Otovo em Portugal.

    Para assinalar o seu lançamento, a Otovo lançou uma campanha promocional disponível na plataforma digital de serviços em casa – FIXO com 5% de desconto na compra única dos painéis ou 10% no modelo de subscrição.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    Imobiliário

    Avança investimento de 107 M€ do Grupo Mercan Properties em Lagos

    O novo empreendimento turístico do Grupo Mercan Properties está localizado na Marina de Lagos e resulta de um projecto de reabilitação urbana. Aqui irão nascer os dois novos hotéis, o Lagos Marina Hotel, Curio Collection by Hilton e o Hilton Garden Inn Lagos, ambos de cinco estrelas. O empreendimento tinha sido anunciado ainda em 2022. As duas unidades deverão abrir em 2026

    CONSTRUIR

    Embora no terreno já avancem os trabalhos de preparação do terreno, o lançamento da primeira pedra do novo empreendimento do Grupo Mercan Properties em Lagos está oficialmente agendado para dia 8 de Outubro. O novo empreendimento turístico do Grupo dará origem a dois novos hotéis na cidade de Lagos, o Lagos Marina Hotel, Curio Collection by Hilton e o Hilton Garden Inn Lagos, ambas as unidades serão cinco estrelas

    Este empreendimento, localizado entre a estação nova e o edifício da velha estação e a escola das Naus, resulta de um projecto de reabilitação urbana o qual terá um investimento superior a 107 milhões de euros. As unidades deverão ficar operacionais a partir de 2026, com a gestão da AHM – Ace Hospitality Management, empresa do Grupo especializada na gestão hoteleira.

    Este projecto deverá criar cerca de 150 postos de trabalho na fase de construção, e na fase de operação 188 postos de trabalho permanentes.

    Esta estrutura estará estrategicamente localizada sobre a marina de Lagos e o Oceano Atlântico, garantindo uma simbiose entre o projecto hoteleiro e a natureza singular da cidade de Lagos. O projecto foi inicialmente apresentado em Novembro de 2022, como noticiámos aqui.

     

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB

    Navegue

    Sobre nós

    Grupo Workmedia

    Mantenha-se informado

    ©2024 CONSTRUIR. Todos os direitos reservados.