Portugal com cinco premiados nos Architecture MasterPrize’23
Entre os milhares de submissões, provenientes de 81 países, cinco projectos portugueses destacaram-se na edição de 2023 de Architecture MasterPrize, um prémio que homenageia a excelência em arquitectura, design de interiores, paisagem, design de produto e fotografia de arquitectura
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Na edição deste ano dos Architecture MasterPrize (AMP) foram cinco os nomes da arquitectura portuguesa reconhecidos. Na categoria interior design/workplaces a Openbook viu o seu projecto de renovação do Campus da Nestlé Portugal premiado. A remodelação do Campus teve como objectivo estimular o bem-estar dos colaboradores e a sustentabilidade, promovendo o espírito de comunidade e de pertença à empresa e a interacção com a natureza. Um exemplo disso foi a harmonia que a Openbook criou entre o local de trabalho e o exterior, que resultou numa área verde extensa, em hortas comunitárias e numa “Garden Box”, um edifício modular versátil com diversas áreas para trabalho colaborativo. No interior, as “landing zones” representam pontos de encontro que ligam as duas alas do edifício a espaços de trabalho projectados para serem silenciosos e poderem igualmente promover o trabalho colaborativo. Todos estes factores conquistaram a atenção do júri do AMP.
O segundo premiado em interior design/ other interior design foi o Tarousa Gastro Bar, em Ansião, que tem a assinatura do gabinete Bruno Dias Arquitectura. Um projecto que teve como foco a reconversão de um antigo salão de jogos/restaurante. Na sua essência, “o projecto pretendeu dar ao espaço uma nova dinâmica que lhe desse um ambiente acolhedor, não só para quem vai fazer uma refeição, mas também para relaxar e conviver. O desafio inicial foi criar uma área mais isolada entre a sala de jantar e a área designada para chegar à parte técnica do estabelecimento. Por isso, optou-se por incorporar painéis de madeira que funcionam como barreira física entre estes dois espaços, o que permite mais privacidade na zona de refeições”.
Na categoria residential architecture single family dois projectos foram premiados. O primeiro “Quinta do Rei 18”, com assinatura do atelier Contaminar Architects, do arquitecto Joel Esperança, está localizado em Leiria. “As condições do loteamento sugeriam uma volumetria de torre, um miradouro sobre a cidade. Uma das nossas premissas era que as áreas sociais se localizassem nos pisos superiores e a piscina na cobertura, para desfrutar da vista. O novo formato plástico optimiza a exposição solar e permite áreas de varandas, sombreamento e circulações, desde o solo até a cobertura. A estrutura e a pele de betão formam um corpo único, ritmado com 18 anéis horizontais, que desenham a casa num jogo de cheios e vazios, criando um filtro protector, tanto solar quanto de privacidade”, lê-se na descrição apresentada.
Nesta categoria venceu ainda a moradia “Risco white”, com assinatura do atelier Risco Singular – Arquitectura, liderado pelos arquitectos Paulo Costa e Sónia Abreu. Esta moradia, em Barcelos, surge-nos como “um bloco de betão branco listrado, rasgado silenciosamente, que se estende ao longo da plataforma mais baixa onde os volumes gravitam serenamente, num jogo de duas alturas que desfruta da sua imensa paisagem”, descreve o gabinete.
O quinto prémio MasterPrize distinguiu “Cacto Velho”, na categoria residential architecture multi unit, que tem a assinatura do atelier Miguel Arruda Arquitectos Associados. Localizado em Lisboa o edifício é composto por quatro pisos. “A volumetria paralelepipédica da nova construção prossegue um novo enquadramento morfotipológico nas construções existentes na sua periferia. perfis metálicos que além do conteúdo abstracto oferecido, contribuem através do sombreamento que produzem para o controle térmico. Estes perfis estendem-se até à cobertura e recebem segmentos de LEDs com desenho assimétrico contribuindo para a desconstrução do edifício”.