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Espaços ESG e Best-in-Class terão maior relevância nos Flex Offices para 2024
O conceito de flex offices tem registado um percurso bastante positivo na Europa e Portugal não é excepção uma vez que, em 2022, esta tipologia de espaços foi responsável por uma taxa de ocupação de 10% do total do mercado de escritórios
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Depois de um ano de 2023 marcado pela “resiliência” quanto ao mercado de flex offices, para 2024 é esperado que os operadores, que actuam neste mercado, continuem a procurar os melhores espaços desta tipologia, com maior foco em “comodidades e ofertas de sustentabilidade”, de acordo com o estudo da Workthere.
Recorde-se que o conceito de flex offices tem registado um percurso bastante positivo na Europa e Portugal não é excepção uma vez que, em 2022, esta tipologia de espaços foi responsável por uma taxa de ocupação de 10% do total do mercado de escritórios. E não obstante, em 2023, o take-up dos espaços de coworking por operadores ter registado um decréscimo, “em Portugal continua a existir procura, sendo esta uma tendência que veio para ficar, impulsionada não só pela chegada de empresas internacionais ao território nacional com planos de crescimento agressivo e necessidades de ocupação imediata, mas também porque as empresas procuram hoje mais do que quatro paredes, procuram sim, uma gama de serviços integrados que os flex offices poderão oferecer”, sublinha Frederico Leitão de Sousa, head of Offices da Savills Portugal.
No documento, agora relevado pela Savills, são, ainda, apontadas as cincos principais tendências para os flex offices este ano. O critério com maior peso passou a ser aquele é o espaço best-in-class e que apresenta mais comodidades. Para competir e garantir tenants, os operadores já estão a implementar normas que vão além dos ginásios, salas de yoga, cafés e espaços exteriores, incorporando comodidades semelhantes às de um hotel de cinco estrelas, como chefs de cozinha privados e bares rooftop.
De seguida a localização mantém-se como um factor crítico para a escolha de um espaço, nomeadamente, com uma boa rede de transportes. Em muitos mercados, assistiu-se a um aumento da actividade dos operadores de flex offices nas principais áreas do centro da cidade. No entanto, a falta de espaços de escritórios disponíveis em muitas cidades europeias, especialmente em Madrid, Munique e Barcelona, que se debatem com baixas taxas de vacancy (inferiores a 5%), terá um impacto significativo nos níveis de take-up e na disponibilidade de espaços de escritórios flexíveis.
Também os critérios ESG estão a tornar-se cada vez mais importantes, tanto para os operadores como para os tenants que procuram espaços em edifícios com as melhores credenciais ecológicas. As oportunidades, especialmente para as empresas, residem em espaços que não só cumprem as normas ESG, como também estão localizados em edifícios com certificações LEED ou BREEAM.
Prevê-se, ainda, que a incerteza no mercado macroeconómico e os elevados custos de capital aumentem a procura e o interesse no sector dos flex offices. Várias empresas estão a diversificar a sua carteira com soluções mais flexíveis para reflectir a agilidade necessária para navegar neste período contínuo de incerteza. Após a Covid-19, algumas empresas de maior dimensão reduziram a sua área de escritórios para facilitar o trabalho híbrido, reduzindo as despesas de capital e utilizando simultaneamente espaços de flex office para diversificar as suas carteiras.
O aumento dos custos operacionais exerceu pressão sobre as margens de lucro de muitos operadores ao longo dos últimos dois anos, e por isso, é expectável que os operadores se concentrem realmente em impulsionar a rentabilidade em 2024, analisando onde mais podem aumentar a margem para além das tarifas e analisando as suas receitas acessórias.