Estudo: Construção com blocos de cânhamo permite reduzir custos em cerca de 20%
“Uma das maiores vantagens da construção com blocos de cânhamo é a redução das operações associadas, pois não há necessidade de colocação de isolamento ou paredes duplas. Com uma única operação, é possível finalizar todo o processo, tornando-o mais rápido, eficiente e convencional”, explica Elad Kaspin, director da Cânhamor
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Depois de anunciar a construção de uma nova unidade fabril em território nacional, a empresa portuguesa Cânhamor levou a cabo um estudo, junto de especialistas do sector, com o objectivo de perceber os custos por metro quadrado de parede. Em comparação com a construção convencional, a utilização de blocos de cânhamo prevê uma redução do custo de construção em cerca de 20%, avança o estudo.
“Uma das maiores vantagens da construção com blocos de cânhamo é a redução das operações associadas, pois não há necessidade de colocação de isolamento ou paredes duplas. Com uma única operação, é possível finalizar todo o processo, tornando-o mais rápido, eficiente e convencional. Ao mesmo tempo, o produto tem uma base local, uma produção mais simples e é mais protegido por valores como a energia, gás, transporte e outros.”, explica Elad Kaspin, director da Cânhamor.
“Estamos a trabalhar para desmistificar a utilização de cânhamo no sector e temos vindo a sentir que a procura de materiais mais alternativos e ecológicos está a aumentar. As pessoas com uma consciência ambiental maior procuram soluções alternativas ao convencional e optam por trabalhar com esta solução 100% ecológica”, conclui.
Em comparação com uma construção convencional, a utilização dos ECOblocos prevê uma redução dos custos que pode chegar aos 35% na construção de paredes internas. Já na construção de paredes externas, a poupança pode variar entre os 18% e os 22%. Estes valores já incluem as questões operacionais, tais como a mão de obra, o tempo e os materiais utilizados.
“É claro que existem outras soluções com as quais não conseguimos competir, como é o caso dos painéis de isolamento feitos em XPS ou EPS, uma vez que se se trata do material mais barato do mercado. No entanto, apesar de serem materiais eficientes termicamente, são tóxicos e não resolvem o problema da humidade e respirabilidade. Para além disso, são muito inflamáveis e possuem uma pegada carbónica elevada”, acrescenta.
A nova unidade fabril da empresa está prevista estar operacional no último trimestre do ano. Com um investimento de 15 milhões de euros, esta vai ser única fábrica do mundo a controlar todo o processo produtivo, desde a matéria-prima até ao fabrico e venda do produto final.
Para além de permitir aumentar 30 a 50 vezes mais a produção, os planos da empresa passam por trabalhar directamente com a comunidade local e incentivarem os agricultores a produzirem a matéria-prima, aumentar os postos de trabalho, encurtar o tempo de produção e reduzir os custos e o preço da venda do produto final.