Fernão Magalhães 127 Renders
Fernão Magalhães 127: Entre a “coerência arquitectónica” e a “missão de unificar”
A OODA assina o novo investimento da Avenue no Porto. O empreendimento de uso misto Fernão Magalhães 127 apresenta-se como um elemento unificador numa malha urbana em regeneração e que apresenta uma diversidade de infraestruturas e edifícios de diferentes escalas e funções
Manuela Sousa Guerreiro
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Fernão Magalhães 127, investimento de 150 milhões de euros com que a promotora Avenue reforça a sua presença no Porto, tem a assinatura do gabinete de arquitectura OODA. O empreendimento apresentado há escassas semanas já entrou em comercialização e são vários os argumentos de peso que este projecto cuja arquitectura tem a assinatura do gabinete OODA apresenta. Desde logo a sua localização na zona oriental do Porto, uma zona promissora, actualmente sob um processo de reabilitação e expansão, depois de décadas de abandono.
O tecido urbano, que agrega várias valências, apresenta uma diversidade de infraestruturas e edifícios de diferentes escalas e funções. “Do ponto de vista do enquadramento urbanístico o lote está envolvido por um contexto de grande diversidade tipológica, contrastantes cérceas e usos. Nesse sentido, a proposta pretende assumir-se como uma rótula que estabelece uma comunicação integrada das diferentes realidades urbanísticas envolventes, afirmando-se como um marco de ordenamento urbano e de integração arquitectónica e paisagística “, descrevem os arquitectos.
Longe de ser invasivo, como poderíamos supor de um empreendimento de grande escala – 49 mil metros quadrados (m2) de área residencial, comercial e de escritórios – o projecto apresenta-se como “parte integrante do conceito”, um reabilitador e ao mesmo tempo conciliador, com as suas diferentes volumetrias, (com volumes altos a norte e baixos a sul), que assentam sob uma base de espaços exteriores, públicos e privados, que lhe dão um sentido de comunidade. Os três pisos que constituem a base do empreendimento, e sob o qual assentam os quatro edifícios de habitação propriamente dita, estão destinados aos programas de comércio e serviços, assim como os acessos independentes aos edifícios habitacionais. “Todos estes acessos organizam-se ao longo de uma promenade exterior pedonal e de carácter público do qual se acede desde a Rua dos Abraços e da Avenida Fernão de Magalhães. Com este gesto pretende-se abrir o lote às potenciais sinergias de passagem e ocupação do espaço público e estabelecer relações directas com a envolvente”, justificam os seus arquitectos
Longe de ser invasivo, como poderíamos supor de um empreendimento de grande escala – 49 mil metros quadrados (m2) de área residencial, comercial e de escritórios – o projecto apresenta-se como “parte integrante do conceito”, um reabilitador e ao mesmo tempo conciliador, com as suas diferentes volumetrias, (com volumes altos a norte e baixos a sul), que assentam sob uma base de espaços exteriores, públicos e privados, que lhe dão um sentido de comunidade
Os distintos volumes
Concentramo-nos agora nos volumes destinados ao programa habitacional com tipologias que variam de T0 a T3 +1 com áreas entre os 35m2 e os 144m2. Quatro edifícios autónomos entre si e com entradas independentes. “Um com escala mais reduzida em altura, estabelece uma lógica formal de integração com a cércea dominante dos lotes vizinhos e pronuncia-se em balanço na Av. Fernão de Magalhães enunciando e convidando o acesso público ao lote. Os restantes apresentam-se cum uma cércea mais elevada, estabelecendo relações formais com o empreendimento Vila Galé, contribuindo, assim, para uma maior coerência urbana”.
“Do ponto de vista formal, os novos edifícios apresentam uma simplificação volumétrica onde as fachadas são trabalhadas com um forte ritmo estrutural”, para o que contribui a grande variedade de elementos na sua composição – um material neutro na malha exterior e um material cerâmico colorido como segundo elemento. Daqui resulta “uma imagem de grande coerência arquitectónica e um sentido claro de unificação”. “Desta forma, e num gesto único, aspira-se a uma adequada integração que extravasa os limites do lote constrói pontes com o contexto urbano envolvente, contribuindo para uma percepção mais harmoniosa do ambiente construído, dando, assim, resposta à responsabilidade ordenadora da proposta”, consubstanciam os arquitectos da OODA.
“Quatro edifícios autónomos entre si e com entradas independentes. Um com escala mais reduzida em altura, estabelece uma lógica formal de integração com a cércea dominante dos lotes vizinhos e pronuncia-se em balanço na Av. Fernão de Magalhães enunciando e convidando o acesso público ao lote. Os restantes apresentam-se cum uma cércea mais elevada, estabelecendo relações formais com o empreendimento Vila Galé, contribuindo, assim, para uma maior coerência urbana”
A sustentabilidade
Está prevista a instalação de painéis fotovoltaicos para a produção de energia eléctrica e todos os apartamentos têm estacionamento privativo coberto, com pré-instalação para carregamento de veículos eléctricos e parqueamento de bicicletas. Além de estar dotado de soluções técnicas que facilitam o dia a dia dos seus residentes, desde os acessos às instalações, à gestão dos equipamentos dentro de casa, o empreendimento está preparado para responder de forma activa aos desafios no âmbito da sustentabilidade ao integrar a certificação AQUA+ para todas as fracções, certificação energética A e a certificação Wired Score para uma conectividade digital mais rápida. O Fernão Magalhães 127 dispõe, ainda, zonas de co-working; espaços verdes com jardins e hortas urbanas, ginásio, pista de corrida, campo de Padel, sala de jogos e uma sala de condomínio e eventos.