ENERH2O recarrega energias renováveis e gestão dos recursos hídricos na Exponor
Única feira nacional que dá protagonismo à transição energética, com organização luso-espanhola, reúne em Matosinhos 76 dos principais operadores de 14 segmentos de actividade. Decisões lentas sobre apoios e investimentos estão a penalizar transição energética lusa, alerta a Apemeta
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A feira nacional dedicada aos sectores económico-empresariais que suportam a transição energética em marcha no país, bem como às tecnologias de gestão da água antecipa aumento exponencial de participação na 2ª edição que arranca a 25 de Setembro, na Exponor. A cargo da nortenha OnEvents e da catalã Profei – Promoción de Ferias Internacionales, o certame terá lotação esgotada nos pavilhões que receberão o evento. Os 76 expositores confirmados para o certame representam um crescimento de quase 40% em relação à última edição.
O acontecimento é montra de 14 segmentos de actividade (armazenagem energética, energias fotovoltaica, eólica, geotérmica e hídrica, hidrogénio, biogás, autoconsumo de energia, tratamento e abastecimento de água, bem como recolha, transporte e armazenamento hídrico, captura e sequestro de carbono, smart monitoring e agro, além de outros nichos de mercado). Área onde são “muitos”, sinónimo de demasiados, segundo alerta do presidente da direcção da Associação Portuguesa de Empresas de Tecnologias Ambientais, Apemeta, Carlos Iglézias. Os projectos de transição energética, de melhoria da eficiência de utilização de recursos energéticos e hídricos e factores de produção que “aguardam decisões e os inerentes apoios financeiros para serem realizados”, no âmbito dos incentivos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do Portugal 2030. Para Carlos Iglézias é urgente “acelerar as respostas” às candidaturas efectuadas por inúmeros promotores privados, públicos e da economia social.
Estes e outros temas da actualidade do sector, estarão em destaque durante os dois dias do evento que se divide entre a parte de exposição e o debate para abordagens técnicas e especializadas, mas igualmente transversais, com painéis de discussão sobre incentivos e financiamento, políticas governamentais e quadro regulamentar, autoconsumo e formação de recursos especializados.
A feira é um “espaço de negócio, partilha, conhecimento, networking e uma oportunidade potenciar e reforçar o trabalho em rede, entre peritos, empresas e organizações do sector. O momento facilita a criação de alianças estratégicas e o financiamento de projectos inovadores. E contribui, à sua escala, através das soluções que coloca na sua montra expositiva, para o cumprimento das metas nacionais e internacionais de neutralidade carbónica”, reforça Carlos Iglézias.
Além de espelhar o enorme potencial das energias renováveis, e em particular da energia solar e eólica, para a redução de custos do segmento industrial e aumento da competitividade das empresas, a ENERH2O recebe as últimas soluções do mercado para a gestão eficiente e integrada da água.
Em destaque estarão equipamentos e tecnologias para a gestão do ciclo integral da água, desde a captação até à distribuição e tratamento.
“São cada vez mais as autarquias portuguesas e espanholas, e empresas públicas, que, além da monitorização, estão a apostar no reforço dos sistemas que permitem reduzir as perdas e a reutilização da água, integrando igualmente dispositivos que permitem tornar as redes mais inteligentes. A ENERH2O dá expressão a toda esta realidade, bem como às novas tecnologias de dessalinização, purificação da água e tratamento de águas residuais”, adianta o director-geral da Profei, Juli Simon Millet
A crescente introdução do hidrogénio como fonte energética é outra das facetas da ENERH2O, que traduzirá a relevância do tema no domínio empresarial, no presente e no futuro.
Altamente especializado, o evento que ocupa a Exponor durante dois dias conta receber a visita de cerca de 2.500 profissionais do sector, um quarto dos quais estrangeiros. A estimativa representa uma subida de 35% no número de visitantes relativamente a 2023.