Aço e Alumínio, de novo, no centro da discussão UE /EUA
A Comissão Europeia diz “não responder a anúncios sem detalhes ou esclarecimentos por escrito” mas sublinha que irá reagir “para proteger os interesses das empresas, dos trabalhadores e dos consumidores europeus contra medidas injustificadas”. A declaração foi feita após anúncio recente do aumento de 25% das tarifas sobre as importações americanas de aço e alumínio

CONSTRUIR
Antigo edifício do Inatel na Infante Santo reabre (novamente) como hotel
RCC Alvalade coloca no mercado 40 novos apartamentos
‘Ilhas’ reforçam vendas da Remax em 2024
Tiny House do Nova Arcada é agora coworking hub
WineStone investe 15M€ em novo polo logístico
DTE constrói nova fábrica da Cânhamor em Ourique
Obra de 17 M€ entre Meirinhas e Pombal já foi consignada
Cushman & Wakefield assume gestão do novo Retail Park de Setúbal
IP recebe delegação da Ucrânia para intercâmbio sobre PPP’s
Knauf lança nova plataforma para “fortalecer” relação com instaladores
O Presidente dos Estados Unidos da América anunciou este Domingo o aumento de 25% das tarifas sobre o aço e o alumínio. A Comissão Europeia já reagiu esta manhã, 10 de Fevereiro, com um uma declaração em que afirma “nesta fase, não recebemos qualquer notificação oficial relativa à imposição de tarifas adicionais sobre produtos da UE. Não responderemos a anúncios amplos sem detalhes ou esclarecimentos por escrito. A UE não vê qualquer justificação para a imposição de tarifas sobre as suas exportações. Reagiremos para proteger os interesses das empresas, dos trabalhadores e dos consumidores europeus contra medidas injustificadas”.
A Comissão Europeia sublinha ainda que “a imposição de tarifas seria ilegal e economicamente contraproducente, especialmente tendo em conta as cadeias de produção profundamente integradas que a UE e os EUA estabeleceram através do comércio e investimento transatlânticos”. Mais, “as tarifas são essencialmente impostos. Ao impor tarifas, os EUA estariam a tributar os seus próprios cidadãos, aumentando os custos para as empresas e alimentando a inflação. Além disso, as tarifas aumentam a incerteza económica e perturbam a eficiência e a integração dos mercados globais”.
A relação comercial entre a EU e os EUA no que diz respeito ao aço e alumínio tem sido significativa e, por vezes, controversa. Em 2018, Trump impôs tarifas de 25% sobre o aço e 10% sobre as importações de alumínio provenientes de vários países, incluindo os estados-membros europeus. Tal levou a uma diminuição das exportações de aço da UE para 2,5 milhões de toneladas métricas (no valor de cerca 2,8 mil milhões de euros), sensivelmente metade das exportações verificadas em 2017.
Em 2021, após acordo entre os dois blocos, os EUA concordaram em remover as tarifas do Artigo 232 sobre as importações do aço e alumínio proveniente da UE, até um determinado volume. Em 2022 as exportações europeias de aço para os EUA totalizaram 4,1 mil milhões de euros e as vendas de alumínio para este mercado chegaram aos 900 milhões de euros.
O valor da economia entre os EUA e a Europa está avaliada em 8,7 triliões de dólares e tem envolvidos mais de 16 milhões de empregos directos dos dois lados do oceano. Relações económicas fortes sustentadas por mais de 1,2 triliões de dólares de comércio. A estes números acresce o peso do investimento directo (IDE), com 60% do IDE norte americano a ter como destina a Europa enquanto, em sentido inverso, 62% do investimento europeu foi canalizado para os EUA.