Presidente do IAPMEI defende que empresas devem “olhar mais para o mercado externo”
O presidente do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI) aconselhou as empresas nacionais a “contar cada vez mais com o mercado externo e cada vez menos com o mercado interno”
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O presidente do IAPMEI admitiu hoje que a subida das taxas do IVA poderá motivar “uma pequena redução da procura interna”, o que justifica um “esforço adicional” das empresas na internacionalização, que é “o futuro” da economia portuguesa.
“O futuro da nossa economia está na produção de bens transaccionáveis e na exportação. Naturalmente que se houver um pequeno desagravamento do consumo por força da subida das taxas do IVA a procura interna pode sofrer uma pequena redução, daí o esforço adicional que tem que se fazer no sentido do incremento das exportações”, afirmou Luís Filipe Costa à Lusa.
Falando no Porto à margem do ‘workshop’ “Empreender Jovem – O que vais fazer como teu futuro?”, o presidente do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI) aconselhou as empresas nacionais a “contar cada vez mais com o mercado externo e cada vez menos com o mercado interno”.
Neste sentido, recordou que as novas medidas de apoio às empresas lançadas este ano pelo IAPMEI estão focadas na promoção da internacionalização, juntando-se às já existentes linhas PME Investe e aos “produtos de capitalização” como o fundo de fusões e aquisições e o fundo de investimento imobiliário.
Entre estas novas medidas, Luís Filipe Costa destacou a abertura de 14 novas lojas de exportação em todo o país, “de Bragança a Faro”, todas já a funcionar “especificamente para dar informação aos empresários portugueses sobre mercados e como incrementar as exportações”.
Resultado de uma parceria entre o IAPMEI e a Agência Portuguesa para o Investimento e Comércio Externo (AICEP), cada loja conta com um elemento de cada um dos organismos públicos.
O presidente do IAPMEI referiu ainda o lançamento de um fundo de apoio à internacionalização das empresas, anunciado no programa do Governo e que “deverá estar disponível no final do mês de Junho”.
O seu objectivo, explicou, é “apoiar com instrumentos de capital, de dívida, ou ambas as empresas portuguesas que queiram aumentar o seu nível de internacionalização e de exportações, seja através da aquisição de empresas no estrangeiro, abertura de delegações ou incremento da actividade produtiva em Portugal para se aumentarem as exportações”.
Relativamente às medidas de austeridade anunciadas pelo Governo para fazer face à situação económica do país, Luís Filipe Costa salientou que “houve uma grande preocupação de não pesar mais os resultados das PME a nível de impostos diretos”.
“As PME ficaram isentas do acréscimo de IRC, houve já aqui uma discriminação positiva”, disse, embora admitindo que “se houver um pequeno desagravamento do consumo por força da subida das taxas do IVA” tal “não é, naturalmente, positivo para as PME”.