Worx aponta para abrandamento da actividade no sector dos escritórios em Lisboa
Durante este período, registou-se “o menor nível de take-up dos últimos anos, não se prevendo a inversão desta tendência no curto prazo”
Pedro Cristino
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A performance do sector de escritórios em Lisboa durante o primeiro semestre de 2011 ficou “fortemente marcada pela conjuntura económico-financeira, com restrições e abrandamento da actividade”, segundo o último relatório do mercado de escritórios da Worx.
A mesma fonte revela que, durante este período, registou-se “o menor nível de take-up dos últimos anos, não se prevendo a inversão desta tendência no curto prazo”, confirmando-se, por sua vez, a manutenção da tendência de subida da taxa de desocupação, “sobretudo nas zonas com maior desequilíbrio entre a oferta e a procura”. O estudo refere ainda que a renda prime se situa actualmente nos 19 euros mensais por metro quadrado.
No que concerne à oferta, no primeiro semestre de 2011, o stock de escritórios de Lisboa ronda os 4,48 milhões de metros quadrados, “verificando-se, desta forma, um crescimento residual desde o final do ano passado (0,87%), enquanto a nova oferta ascendeu a 38.309 metros quadrados”.
No que se refere à taxa de desocupação, “continua a tendência ascendente verificada desde 2008, atingindo, no final do primeiro semestre de 2011, 12,17%, num total de 500 mil metros quadrados de área disponível”.
Segundo o relatório da Worx, o aumento da taxa de desocupação “é transversal a todas as zonas, embora a Zona 1 registe um ligeiro decréscimo e o Parque das Nações tenha vindo a diminuir progressivamente a sua taxa de desocupação desde o final do ano passado, embora a mesma se situe ainda nos 23,56% e seja a mais elevada do mercado”.
Em termos de estimativa futura – de 2011 a 2012 – de Lisboa, a Worx avança com cerca de 48 mil metros quadrados, “um dos valores mais baixos dos últimos anos, sendo a Zona 2 responsável por praticamente metade da oferta futura, o que se deve maioritariamente ao desenvolvimento de um novo projecto”.
A consultora aponta para a manutenção do nível reduzido de actividade do mercado, com poucas operações e as existentes de pequena e média dimensão. “Esta é uma das principais tendências do sector de escritórios de Lisboa, destacando-se ainda a continuação do desequilíbrio entre oferta e procura, prevendo-se que a taxa de desocupação permaneça elevada, embora a redução do “pipeline” tenha um efeito estabilizador na mesma”.