CBRE destaca Hong Kong como como destino prioritário para novos retalhistas
Segundo a edição de 2013 do estudo “How Global is the Business of Retail?”
Ana Rita Sevilha
Savills e DLA Piper lançam ‘Guia de Investimento Imobiliário’ para o mercado nacional
Dom Pedro Golf Vilamoura conquista prémio ‘Resort de Golfe do Ano’
Preços no mercado residencial de luxo tem crescimento médio de 4.1%
AEP e ACP apelam para que Aeroporto Francisco Sá Carneiro não fique esquecido
NBS Summit com descarbonização do sector imobiliário na agenda
Nova loja do Lidl recupera antiga gare rodoviária
Zome organiza debate sobre manutenção de talento nas empresas no âmbito da 2ª Meet Up Zome
Luísa Matos assume liderança da Cleanwatts
APIMA Internacionaliza “Portugal Home Week” para a Coreia do Sul
Há mais de 1000 hotéis à venda em Portugal
Segundo a edição de 2013 do estudo “How Global is the Business of Retail?”, publicado pela CBRE, Hong Kong é o mercado mundial de retail mais atractivo, captando consideravelmente mais novos retalhistas do que qualquer outra cidade.
O inquérito anual da CBRE, na sua sexta edição, analisa a presença global de 320 dos maiores retalhistas mundiais em mais de 200 cidades, identificando os movimentos internacionais na área de retail. O estudo conclui que os retalhistas expandiram os seus negócios para um vasto leque de mercados em 2012, com 81% das cidades a registar a entrada no mercado de pelo menos um novo retalhista.
Segundo a CBRE, os retalhistas dos E.U.A. são os mais agressivos na expansão de redes de lojas a nível global. Estes retalhistas têm-se concentrado tradicionalmente nos mercados asiáticos e da Europa Ocidental. Contudo, estão cada vez mais interessados no Médio Oriente (no ano passado, 18% do total de novas entradas na região foram dos Estados Unidos), Europa Central e de Leste (17%) e América Latina (10%). Os retalhistas italianos, britânicos e franceses também estão fortemente ativos, concentrando-se essencialmente na sua própria região, apesar da Ásia também ser um destino-alvo.
Segundo uma nota de imprensa enviada ao Construir pela consultora, “Hong Kong foi de longe a cidade mais procurada, com 51 entradas de novos retalhistas de todos os sectores, não se cingindo exclusivamente às marcas de moda de prestígio que têm, por tradição, demonstrado interesse neste mercado. Estas novas entradas são principalmente da Europa, mas também dos E.U.A., Japão e Coreia”.
Peter Gold, Managing Director do Departamento de Retail, Cross-Border da região EMEA da CBRE, comenta: “Hong Kong proporciona uma oportunidade para os retalhistas capitalizarem a sua presença junto da emergente população de classe média e turistas provenientes da China continental. Hong Kong é frequentemente utilizado como rampa de lançamento para marcas que entram na região, apesar de cada vez mais retalhistas entrarem nas cidades chinesas diretamente. Em 2012, as marcas de luxo abriram o caminho e no ultimo ano registámos aberturas de primeira loja de retalhistas de todos os sectores, incluindo Pierre Cardin, Forever 21 e Cos”.
Os mercados que apresentam maior maturidade dominaram os planos de expansão dos retalhistas no ano passado, apesar de seis mercados emergentes terem integrado o top 20. Kiev ficou em segundo lugar com 39 novas entradas, com São Paulo (25 novas entradas), Iasi (19), Mascate (17) e Cidade de Ho Chi Minh (15) a serem também objecto de forte interesse, sublinha a mesma fonte, revelando também que este é o segundo ano em que Kiev integra o top 3 do ranking mundial. A conjugação de forte crescimento nos rendimentos reais e de uma crítica escassez de oferta de espaços de retail com qualidade na cidade está a impulsionar importantes promoções de centros comerciais, o que, por sua vez, está a atrair um vasto conjunto de retalhistas.
Berlim ficou em terceiro lugar em termos de novas entradas (28), com Frankfurt (20), Hamburgo (19) e Munique (19) também a integrarem o top 20. Já Singapura (25) estabeleceu-se rapidamente como pólo regional e é usado como porta de entrada pelos retalhistas internacionais que procuram expandir no Sudeste Asiático. Ao nível dos mercados mundiais mais desenvolvidos/consolidados (por número de retalhistas internacionais já com presença estabelecida), o Dubai registou 25 novas entradas em 2012, seguido de perto por Paris (24), Londres (23) e Nova Iorque (20). A Europa foi a região mais procurada, captando 49% das novas entradas, seguindo-se a Ásia com 24% e o Médio Oriente e Norte de África com 11%. As regiões da América Latina, América do Norte e Pacífico atraíram 9%, 7% e menos de 1%, respetivamente.
No mercado português, Lisboa atraiu 8 novos retalhistas, entre eles, MiuMiu, Officine Panerai, Amorino, Cartier (com abertura prevista para 2013), entre outros.
Carlos Récio, Director de Agência de Retail da CBRE Portugal, comenta: “Apesar da crise que tem afectado o mercado de retail, é interessante verificar que existem algumas zonas da cidade de Lisboa que continuam a registar procura por parte de insígnias internacionais e nacionais. No último ano entraram 8 novas marcas no nosso mercado e podemos confirmar que em 2013 irão ainda entrar novas marcas em Portugal.”
Em termos sectoriais, o estudo da CBRE revela que no ano passado o número de entradas de retalhistas de moda de segmento médio em novos mercados, ultrapassou os restantes sectores, representando 22% do total de novas aberturas, seguindo-se os retalhistas na categoria de ‘Luxury and Business Fashion’ (20%). A restauração (13%) é outra área de crescimento, visto que os retalhistas internacionais expandem para responder à procura de retalho para fins recreativos por parte dos consumidores.
Os rankings globais da representação dos retalhistas não tiveram alterações significativas nos últimos dois anos, dado que virtualmente todos os 320 retalhistas em análise estão normalmente presentes nos principais mercados de retail. Londres mantém-se em primeiro lugar, com o Dubai a ocupar a segunda posição. Paris subiu uma posição, para terceiro lugar, substituindo Nova lorque que passa agora a ocupar o quarto lugar juntamente com Moscovo. Hong Kong e Madrid mantiveram-se na sexta e sétima posição, respectivamente. A única alteração considerável foi Pequim, que subiu da 13ª para a 8ª posição.
Peter Gold acrescenta ainda: “De uma forma geral, a falta de novos espaços prime de retail a nível global está a limitar a capacidade de alguns retalhistas colocarem em prática os seus planos de expansão. Esta situação manifesta-se mais em mercados maduros, mas também afecta muitos mercados emergentes onde muitas das promoções novas se localizam na periferia de grandes cidades, sendo apelativas apenas para as marcas domésticas. Os retalhistas estão ainda mais selectivos do que nunca, tanto ao nível dos países que escolhem, como quanto ao tipo de espaço que ocupam, concentrando-se estritamente nos melhores espaços das maiores cidades. O crescimento do comércio online está a aumentar ainda mais o rigor com que os retalhistas estão a analisar os seus portefólios. Embora alguns vão reduzir o número de lojas, a larga maioria está a aderir à abordagem multicanal, desenvolvendo a sua presença online, mas investindo também em novas aberturas de lojas e nas lojas existentes. Para muitos retalhistas, a abertura de lojas em novos mercados também é uma prioridade, sustentando a nossa opinião de que a actividade internacional prosseguirá a um ritmo constante em 2013”.