Sindicato da Construção acusa Governo de desviar verbas destinadas à segurança no sector
O Sindicato da Construção de Portugal acusou esta quinta-feira o Governo de desviar “para tapar o défice” verbas que deveriam ser usadas na campanha de 2014 para prevenção de acidentes de trabalho no sector, responsabilizando-o pelo eventual aumento da sinistralidade. Em declarações à agência Lusa, o presidente do sindicato, Albano Ribeiro, disse aguardar desde Dezembro… Continue reading Sindicato da Construção acusa Governo de desviar verbas destinadas à segurança no sector
Lusa
Novo crédito à habitação regista crescimento de 26,1% até Fevereiro
Preços das casas aceleram nos primeiros meses de 2024
Sierra renova espaço de restauração no Centro Vasco da Gama
Coldwell Banker Portugal com cinco anos de actividade em Portugal
Exposição “O Que Faz Falta” comemora 50 anos de arquitectura em democracia
Grupo Luz Saúde investe 58M€ num novo hospital em Santarém
Round Hill Capital vende portfólio da Nido Living por 27M€
PRR financia 17 fogos em Cantanhede
Obras nacionais em destaque no EU Mies Award 2024 com visitas acompanhadas
Plataforma Flipai já permite simulação de crédito a 100%
O Sindicato da Construção de Portugal acusou esta quinta-feira o Governo de desviar “para tapar o défice” verbas que deveriam ser usadas na campanha de 2014 para prevenção de acidentes de trabalho no sector, responsabilizando-o pelo eventual aumento da sinistralidade.
Em declarações à agência Lusa, o presidente do sindicato, Albano Ribeiro, disse aguardar desde Dezembro a resposta à candidatura apresentada no âmbito da campanha 2014 para a segurança no sector da construção, que prevê um investimento global de 35 mil euros, 15 mil dos quais assegurados pelo sindicato e os restantes 20 mil solicitados ao Estado.
Em causa está a elaboração de 90.000 prospectos de promoção da segurança no trabalho que o sindicato irá distribuir ao longo do ano por estaleiros de obras de todo o país.
“Há cerca de 15 anos que nos têm apoiado e este ano, tendo em conta a austeridade, só pedimos 20 mil euros para fazer os prospectos a distribuir em acções pedagógicas, mas é o sindicato que está a suportar a campanha”, afirmou Albano Ribeiro.
Salientando que o dinheiro para custear estas campanhas provém da taxa social única, que, na fileira da construção, representa descontos de “mais de 500 milhões de euros por mês” por parte dos trabalhadores, o dirigente sindical acusa o Governo de estar a desviar essa verba “para tapar o défice, tal como fez com os 200 milhões de euros dos túneis do Marão”.
“O Governo quer voltar ao início dos anos 90, em que morriam mais de 200 trabalhadores por ano, quando em 2013 passamos para 33 mortes”, acusou o sindicato, alertando que a prevista dinamização das pequenas obras de reabilitação urbana “pode contribuir para o aumento dos acidentes de trabalho”.
“Responsabilizamos o Governo se isso acontecer”, sustentou Albano Ribeiro, afirmando ter já pedido, “há cerca de dois meses”, audiências ao secretário de Estado e ao ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Mota Soares, sem que tenha até agora obtido qualquer resposta.
“O inspector-geral do Trabalho disse-nos que está de acordo com a campanha, mas que não tem dinheiro para a apoiar”, referiu o sindicalista, acrescentando que a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) se debate com falta de verbas “até para o seu funcionamento normal”: “Há meses em que até o dinheiro para os salários está em risco e não tem dinheiro para intervir em algumas localidades do país porque os carros estão avariados e não há dinheiro para os arranjar”, afirmou.
A contrastar com a atitude do ministro Mota Soares, Albano Ribeiro diz estar a do secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, que “sempre apoiou” as iniciativas do sindicato para sensibilização dos trabalhadores para uma emigração em segurança.
Este ano, disse à Lusa o dirigente sindical, a secretaria de Estado das Comunidades disponibilizou os 10 mil euros pedidos para fabrico de 200 telas actualmente em colocação “em todo o país” e para impressão de milhares de prospectos alertando para os cuidados a ter antes de emigrar.