Suíça é o país onde os custos de construção são mais altos
Japão e Singapura registaram significativas reduções dos custos durante o último ano
Pedro Cristino
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A Suíça é o país onde os custos de construção são mais altos, segundo o estudo 2014 International Construction Costs Report, recentemente lançado pela Arcadis.
No seu comunicado de imprensa, a empresa holandesa de engenharia destaca também que o Japão e Singapura registaram significativas reduções dos custos durante o último ano.
Este estudo anual, que regista os custos de construção em 43 países, concluiu que os custos relativos desta actividade foram sido afectados pelas oscilações monetárias, pelos preços das mercadorias e pelo aumento da necessidade de desenvolvimento em muitas economias em recuperação ao longo do ano passado.
Segundo a Arcadis, estas alterações levaram o custo da construção a aumentar de forma vincada no Reino Unido, enquanto que a contínua desvalorização do yen levou os custos relativos de construção no Japão a decrescer para um nível inferior ao dos Estados Unidos da América.
Em contraste com o índice de 2013, os países europeus dominam o top 10. “Isto deve-se, em parte, à corrente recuperação económica em países como Alemanha e França, que tem levado os empreiteiros a exigirem mais pelos seus serviços”, refere o grupo dos Países Baixos.
Entretanto, a desvalorização monetária em muitos mercados emergentes significa que os custos relativos desceram consideravelmente nestas áreas. “Custos como na Índia, Indonésia, Malásia, Tailândia e Vietname estão agora 35% mais baixos do que os do Reino Unido”, continua o comunicado.
Na região do Golfo, os custos permanecem “relativamente modestos, apesar de altos níveis de investimento em infra-estruturas de transporte, como a rede ferroviária GCC, de 200 mil milhões de dólares (177 mil milhões de euros)”, e as obras para a bem sucedida candidatura do Qatar para organizar o Mundial de Futebol. O que permanece por desvendar é, segundo a Arcadis, qual o impacto que instabilidade actual no Médio Oriente e a queda dos preços de petróleo terão nos planos de investimento e, consequentemente, nos preços.
“O custo relativo de construção em mercados diferentes tem sido altamente impactado pelas flutuações nas moedas globais ao longo do ano passado. A crescente estabilidade económica em partes da Zona Euro levou as nações europeias a dominar o top 10 dos custos de construção”, referiu Simon Rawlinson.
O responsável de Pesquisa Estratégica da Arcadis explicou também que isto sucede “à custa de alguns estados asiáticos como Singapura, Macau e Japão, onde a desvalorização da moeda levou a que descessem nos rankings”. Segundo Rawlinson, o Japão, em particular, testemunhou uma queda “considerável” do custo de construção no último ano e o mercado “está agora mais competitivo do que o dos Estados Unidos”.