“Este ano esperamos chegar a uma facturação próxima dos €30 milhões”
Segundo João Carvalho, Director Geral da Melom, os resultados da empresa são a prova de que há muito mercado no sector da construção
Ana Rita Sevilha
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Confirmando a tendência de crescimento verificada no final de 2016, a MELOM registou um crescimento de 71% no volume de negócios de €3.316 milhões para €5.672 milhões, no primeiro trimestre de 2017 e registou a adesão de 27 novos franchisados. Indicadores que, segundo revelou João Carvalho, Director Geral da Melom, em entrevista ao CONSTRUIR, são a prova que há muito mercado no sector da construção, nomeadamente na manutenção e remodelação de imóveis a particulares.
Passados 6 anos e à luz do propósito para o qual a Melom foi criada, que balanço faz da actividade?
João Carvalho: Seis anos após o início no nosso projecto fazemos um balanço muito positivo do caminho percorrido. Há seis anos vivíamos uma crise no sector da construção sem precedentes no nosso País e o conceito de reabilitação era praticamente inexistente. Foi esta a oportunidade que detectámos e que esteve na origem da Melom. O profissionalismo e a seriedade que trouxemos ao mercado têm sido reconhecidos pelos consumidores, e reflectem-se no crescimento contínuo da nossa rede. Oferecemos um serviço de qualidade, de confiança e temos contribuído para aproximar os profissionais do consumidor final. Neste momento, a nossa rede é composta pelas marcas Melom e Querido Mudei a Casa Obras e conta com 186 unidades, 82 Melom e 104 Querido Mudei a Casa Obras e empregamos mais de 400 pessoas.
Que análise faz aos últimos resultados, nomeadamente aos dados relativos ao 1º trimestre de 2017?
O primeiro trimestre de 2017 foi muito bom, tanto ao nível da facturação, com um crescimento de 71% face ao período homólogo, quanto ao registo de novos franchisados, conseguimos 27 novas franquias o que representa um dos maiores crescimentos das marcas a operarem em franchising em Portugal. Destes 27, 20 são referentes à insígnia Querido Mudei a Casa Obras, mais vocacionada para a pequena obra, como serviços de carpintaria, electricidade, pinturas, aplicações diversas como chão, azulejos, papel de parede e de instalação, e 7 são Melom, mais direccionada para obras de arquitectura e engenharia, reabilitação e remodelações gerais ou construção chave na mão.
Tendo em conta todos os indicadores, que expectativas tem para o restante ano?
Estamos muito optimistas em relação ao ano de 2017, não só pelos resultados verificados nos três primeiros meses, mas também porque este segmento da reabilitação e remodelação nunca se esgota. Todas as casas precisam de manutenção ou pequenas melhorias, pelo que as oportunidades são imensas. Até ao final do ano, pretendemos abrir aproximadamente mais 60 unidades, o correspondente à criação de 200 novos postos de trabalhos especializados e qualificados. Este ano esperamos chegar a uma facturação próxima dos 30 milhões de Euros que na verdade é bastante expressiva para uma marca de obras em casa.
Que desafios poderá trazer o futuro e de que forma pretendem continuar a posicionar-se no mercado? Existe ideia de expandir a marca para outros sectores?
Curiosamente o crescimento das vendas representa um dos nossos maiores desafios. Ou seja, trabalhámos muito para chegar onde estamos e para sermos reconhecidos pelo nosso profissionalismo. Para não comprometermos o caminho percorrido, estamos já a trabalhar para que a nossa rede seja capaz de dar a resposta certa a este crescimento uma vez que o desafio hoje está em termos mão de obra disponível e qualificada. Queremos continuar a apostar numa lógica de prestação de serviços, na qual o profissional contacta directamente com o consumidor final. Um desafio acrescido porque não basta apenas a execução perfeita, temos que saber ouvir e perceber o que o cliente quer, falar com ele numa linguagem que ele perceba e cumprir sempre com o planificado e orçamentado.
Acreditamos que o sector da reabilitação e da remodelação de imóveis não se esgota, pelo que para já, estamos focados unicamente neste sector.
Que radiografia faz ao mercado da Reabilitação Urbana?
Olhando para o mercado, penso que podemos afirmar que a reabilitação e a remodelação de imóveis passaram de um negócio ou nicho que as construtoras não queriam para o último refúgio do sector da construção civil em Portugal. Muitos foram os factores recentes que contribuíram para esta situação, como o aumento do turismo, a crescente procura de imóveis por investidores nacionais e internacionais nos centros das cidades, a oportunidade de criação de rendimento extra ou o regresso da competição no crédito bancário.
Mas, olhando mais para trás, também não nos podemos esquecer que os principais centros urbanos onde a reabilitação urbana é mais acentuada, Lisboa e Porto, careceram na última década de construção nova, mas ofereciam muita matéria prima. Tudo conjugado permitiu chegarmos hoje a este boom na reabilitação urbana.
Na sua opinião, a que se deve o sucesso da Melom?
Ao facto de sermos fiéis ao nosso ADN e de trabalharmos sempre focados no serviço ao cliente final, ao proprietário que reside ou vai residir em determinado imóvel. Profissionalismo, respeito, proximidade, confiança não são apenas palavras, são um modo de estar e de trabalhar comum a todos os profissionais que vestem as nossas camisolas Melom e Querido Mudei a Casa Obras.