Investimento captado em Maio pelos “vistos Gold” no valor mais baixo desde Janeiro de 2016
Segundo a CPCI, a temática dos Vistos Gold não pode ser menosprezada, devendo ser abordada, de forma eficaz e imediata, adoptando as medidas necessárias para pôr fim à fuga dos investidores para outros países e recuperar uma liderança que era de Portugal, País cujas potencialidades são por demais reconhecidas.
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A Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) questiona qual a razão que leva a que o Programa dos Vistos Gold em Portugal conheça nos últimos dois meses quebras tão acentuadas. Não obstante, em termos acumulados e quando comparado com igual período do ano passado, os resultados ainda sejam positivos – 557 milhões, em 2017, contra 410 milhões, em 2016 –, a Confederação alerta para o facto de, em apenas dois meses, o volume mensal do investimento global captado se ter reduzido em 146 milhões.
Depois de uma quebra mensal de 59% em Abril, regista-se nova diminuição de 44%. Em termos homólogos, também se verifica uma redução muito significativa, de 52%. O Presidente da Confederação, Reis Campos, “considera esta situação preocupante, uma vez que, depois de um excelente primeiro trimestre, com um valor médio de investimento que se situou nos 144 milhões de euros, somos confrontados com dois meses, cuja média é de 62 milhões, ou seja, menos de metade”.
Perante estes números expressivos, a Confederação questiona se esta realidade se deve a atrasos burocráticos, cuja rápida resolução se impõe ou à perda efectiva de investidores para outros Países. “Este Programa tem de continuar a ser encarado como uma importante mais-valia para Portugal e é imprescindível dar a conhecer as alterações recentemente introduzidas pelo Governo que, ao criar uma ‘Linha Verde para o investimento’ e ao tratar os pedidos como processos prioritários, pode reorientar os potenciais investidores para o nosso País”.
Se em 2016 Portugal perdeu, para Espanha, a liderança em matéria de captação de investimento estrangeiro, que, com um total de 1,1 mil milhões, supera em 227 milhões o valor global captado para o nosso País, há que recuperar a nossa posição e não correr o risco de nos vermos ultrapassados por países como a Grécia e o Chipre, só para falar no Sul da Europa.
Concluindo que, para o crescimento da economia portuguesa verificado no último trimestre, foi decisivo o papel da construção e do imobiliário, muito à custa do bom desempenho do mercado imobiliário, onde se inclui o investimento estrangeiro, Reis Campos termina, recordando que “os resultados obtidos se estão igualmente a traduzir numa evolução bastante positiva ao nível do emprego assegurado pelo sector, uma vez que, também neste primeiro trimestre do ano e em termos homólogos, se verificou a criação líquida de 23.045 postos de trabalho”.
Por isso, a temática dos Vistos Gold não pode ser menosprezada, devendo ser abordada, de forma eficaz e imediata, adoptando as medidas necessárias para pôr fim à fuga dos investidores para outros países e recuperar uma liderança que era de Portugal, País cujas potencialidades são por demais reconhecidas.