Plano Humano entre os 25 nomes a seguir em 2019
“Esforçamo-nos muito e todos os dias, não para estarmos presentes nestas listas ou sermos premiados, mas para fazermos um bom trabalho”, adianta Pedro Ferreira, co-fundador do atelier
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“O Pritzker preenche inúmeras páginas de jornais, concentra atenção mediática mas não deixa de representar a celebração da arquitectura do passado, ao invés de enaltecer os projectistas do futuro”. O statement dificilmente poderia ser mais claro e é desta forma que a Architizer, conceituada plataforma norte-americana especializada em arquitectura, introduz a restrita lista de 25 ateliers cujo trabalho merece ser seguido em 2019. Entre os eleitos está uma equipa portuguesa. O atelier Plano Humano, liderado por Helena Vieira e Pedro Ferreira, autores, entre outras obras, da Capela de Nossa Senhora de Fátima, em Idanha-a-Nova, vencedora de três prémios Architizer em 2018 (nas categorias Arquitectura + Madeira, Edifícios Religiosos e Monumentos) viu o seu trabalho reconhecido e, em declarações à TRAÇO, assumem-se “orgulhosos” na arquitectura que produzem e dão às pessoas. “Esforçamo-nos muito e todos os dias, não para estarmos presentes nestas listas ou sermos premiados, mas para fazermos um bom trabalho”, adianta Pedro Ferreira, acrescentando que “estarmos presentes nesta lista e vermos reconhecido o nosso trabalho internacionalmente, é claramente um motivo de grande orgulho para nós e que também nos motiva”.
“Esta é uma das plataformas de arquitectura mais visitadas do Mundo, sobretudo por Arquitectos, e terem escolhido a Plano Humano como um dos 25 ateliers mundiais a seguir em 2019, representa ao mesmo tempo uma grande responsabilidade”, acrescenta Pedro Ferreira, que defende que este reconhecimento “poderá dizer que também em Portugal se faz boa arquitectura, e que os ‘olhos’ internacionais também acompanham o trabalho produzido no nosso País. De alguma forma esta distinção traduz o mérito do trabalho desenvolvido por Arquitectos Portugueses”.
O atelier foi formado em Lisboa em 2008 pela dupla de arquitectos Helena Vieira, licenciada pela Faculdade de Arquitectura de Lisboa, e Pedro Ferreira, licenciado pela Universidade Lusófona. Entre os seus projectos encontram-se a reabilitação do edifício Sede do C.N.E. –
Escutismo Católico Português em Lisboa; o Campo de Actividades Escutistas de Ferreira do Zêzere; e o edifício Lisbon Wood em Lisboa. Tendo projectos de programas diversificados, estes são marcados pela exploração de diferentes materialidades, sendo a madeira e os materiais naturais uma constante que caracteriza as suas obras.
Os seus trabalhos têm sido divulgados em publicações Nacionais e Internacionais e obtido vários prémios como: Architizer A+ Award 2018, Archizinc Trophy 2018, The American Architecture Prize 2017. Foram nomeados aos Dezeen Awards 2018, Prémios Construir 2017 e 2018, WAF-World Architecture Festival Awards 2018, e Prémio de Arquitectura Contemporânea da União Europeia Mies van der Rohe 2019.
Nova geração
Questionado sobre se estamos, de algum modo, perante uma nova geração de arquitectos, Pedro Ferreira entende que “todos têm o seu espaço e é um orgulho Nacional termos dois prémios Pritzker Portugueses, mas temos também outros excelentes arquitectos entre as suas gerações e a nossa”. “Tendo por base toda a aprendizagem e exemplo proporcionado pelas gerações anteriores, julgamos efectivamente estar a viver numa época onde existe uma nova geração de Arquitectos, e que esta se está a afirmar cada vez mais, não acreditamos por isso que seja somente uma simples continuidade”, diz, acrescentando que “vemos muitos outros bons exemplos de colegas que acompanhamos e que são continuadamente premiados. Vejam-se as recentes nomeações para o Prémio de Arquitectura Contemporânea da União Europeia ‘EU Mies Award’, onde essa diversidade de gerações está bem presente”.
c, e projectadas por equipas cada vez mais jovens”. Para o co-fundador do Plano Humano, “na base desta ‘diáspora’ da arquitectura portuguesa, está uma boa escola, e certamente também maturidade, mas acreditamos ser também fruto de uma geração cada vez mais informada, que nos momentos de crise arregaçou as mangas, que viajou, e que se internacionalizou. Os prémios recebidos, são por isso o resultado desse trabalho e espelham a qualidade dos projectos produzidos em Portugal”.
Sétima edição
Na sua sétima edição, os A+ Awards do Architizer tornaram-se a principal competição de talentos arquitectónicos emergentes por “uma razão poderosa” – a sua natureza democrática significa que os vencedores são seleccionados pelos méritos do seu trabalho, independentemente da idade, localização ou estatuto da empresa. Um processo de votação pública garante que os melhores projectos novos sejam recompensados – e muitos deles são concebidos por arquitectos e designers surpreendentemente jovens. Para assinalar esse facto, a Architizer seleccionou 25 jovens arquitectos para assistir no próximo ano. “Cada um destes indivíduos talentosos já conquistou prémios (ou fez parte de equipes vencedoras) para tudo, desde design e inovação até defesa e liderança – e eles estão apenas a começar. Ao considerar quais dos seus projectos serão enviados para o concurso A + Awards deste ano, inspire-se em nossa colecção definitiva de talentos emergentes em arquitectura”, revelam os promotores da iniciativa.