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Falta de controlo sobre as argamassas de estaleiro gera riscos económicos e ambientais, mas também de qualidade das obras

Actualmente, cerca de 2/3 das argamassas produzidas em Portugal são argamassas de estaleiro. A falta de controlo sobre as matérias-primas utilizadas ou sobre a sua qualidade, gera riscos que é preciso controlar. A Associação Portuguesa dos Fabricantes de Argamassas e ETICS, APFAC, alerta para a necessidade de regulamentação e de criação de um contexto mais assertivo para os utilizadores, construtores, aplicadores e entidades fiscalizadoras, como justifica ao CONSTRUIR, Mário Jordão, director executivo da APFAC

Manuela Sousa Guerreiro
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Falta de controlo sobre as argamassas de estaleiro gera riscos económicos e ambientais, mas também de qualidade das obras

Actualmente, cerca de 2/3 das argamassas produzidas em Portugal são argamassas de estaleiro. A falta de controlo sobre as matérias-primas utilizadas ou sobre a sua qualidade, gera riscos que é preciso controlar. A Associação Portuguesa dos Fabricantes de Argamassas e ETICS, APFAC, alerta para a necessidade de regulamentação e de criação de um contexto mais assertivo para os utilizadores, construtores, aplicadores e entidades fiscalizadoras, como justifica ao CONSTRUIR, Mário Jordão, director executivo da APFAC

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Manuela Sousa Guerreiro
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Assumindo como desafio as boas práticas do ponto de vista da sustentabilidade e controlo sobre o processo de produção de argamassas de estaleiro, a Associação Portuguesa dos Fabricantes de Argamassas e ETICS, APFAC colaborou com o LNEC na criação de um guia para a utilização de argamassas para rebocos exteriores de paredes de alvenaria. Com este documento “pretende-se a garantia de condições de concorrência equitativas e a criação de regulamentação própria para o fabrico de argamassas de Estaleiro, defendendo um maior controlo sobre o processo de produção, de forma a respeitar o ambiente, a qualidade e o bom desempenho da argamassa”. Segundo o director executivo da APFAC, Mário Jordão, é preciso ainda criar regulamentação mais assertiva

Recentemente vieram a público defender a criação de regulamentação para a produção de argamassas de estaleiro. Qual a importância que este tema assume?
As boas praticas são fundamentais para o sector da construção. A publicação de Guias de aplicação são um contributo fundamental, mas consideramos que não chega. Se existir regulamentação, cria-se um contexto mais assertivo para os utilizadores, construtores, aplicadores e entidades fiscalizadoras. Com a imposição, há um caminho inicial obrigatório e cremos que, progressivamente, os agentes compreenderão as vantagens das regras. O carácter de obrigatoriedade desvanece-se gradualmente face à racionalidade do guia e das boas práticas. Prevalecerá, no fim, a razoabilidade das normas ou dos guias.

Qual a realidade actual? E as suas implicações?
A APFAC entende que as argamassas de estaleiro são produzidas em ambientes não controlados, ao contrário das argamassas fabris, onde existe controlo das matérias-primas, do processo de fabrico e da qualidade do produto acabado.
Nas argamassas de estaleiro, a falta de controlo das matérias-primas, seja da sua qualidade seja da sua proveniência, algumas vezes extraídas em locais não licenciados provocando danos ambientais, é outro motivo de preocupação. A situação é tanto mais crítica por o peso das argamassas de estaleiro face às argamassas fabris ser muito grande. As primeiras representam ainda cerca de dois terços do total produzido em Portugal, situação contrária nos países europeus mais desenvolvidos.
Consideramos que a implicação primária desta situação, sobre a concorrência, é de que existe uma situação de forte desequilíbrio, onde as argamassas fabris são largamente prejudicadas, com prejuízo para as empresas produtoras, para a economia em geral e para o meio ambiente. A economia é também afectada negativamente, porque ao invés das argamassas fabris, as argamassas de estaleiro não contribuem com os investimentos e requisitos das primeiras, para além de contribuírem negativamente para a sustentabilidade ambiental do país.

Em que é que consiste este Guia produzido em conjunto com o LNEC?
A especificação técnica é produzida pelo LNEC. A participação da APFAC teve como objectivo garantir que nesse documento estivessem reflectidas regras para a produção de argamassas em obra, nomeadamente, a aplicação de sistemas de controlo, tais como os que vigoram para as argamassas de produção industrial, que decorrem do Regulamento Europeu dos Produtos de Construção. O guia enquadra a produção de argamassas em obra, especificamente “Argamassas para rebocos exteriores de paredes de alvenaria” e deverá ser utilizado e compreendido como um guia das boas práticas, a ser respeitado e cumprido como se uma norma se tratasse.

Qual o maior entrave à adopção das boas práticas que o Guia produz?

A pouca importância dada à qualidade de certas argamassas de utilização mais básica em obra que, apesar de tudo, representam um enorme volume, são más práticas que ainda se observam tanto em fase de projecto como no decorrer da obra. O controlo de produção das argamassas em estaleiro é nulo ou muito diminuto, existindo pouca consciencialização de algumas práticas na produção e aplicação de alguns produtos e dos resultados perversos que daí podem advir. Por outro lado, coexistem excelentes exemplos de evolução de produtos criados e desenvolvidos em ambiente fabril, com maus exemplos de aplicação em obra. A qualidade final de um projecto/obra é colocada em causa, por lacunas em algumas etapas de preparação e aplicação das argamassas.

Concorrência prejudicial à Indústria

A falta de formação e ou informação não será um obstáculo tão ou mais importante que a falta de legislação?
A formação será sempre um factor crucial. As empresas do sector das argamassas industriais investem muito em formação das várias equipas que trabalham em projecto e obra, especificamente nos produtos e sistemas que desenvolvem. Em larga escala, substituem as escolas. Estas empresas entendem essa necessidade com resiliência e reservam parte do seu orçamento para que as boas práticas na aplicação dos seus sistemas prevaleçam, dado que, em geral, estas formações são ministradas gratuitamente. É precisamente neste enquadramento que não lhes parece lógico e racional que, em obra, se estejam a produzir produtos concorrentes aos seus, sem o controlo e rigor necessário. Para além de falta de formação técnica, há também um problema de consciencialização das várias entidades intervenientes num projecto/obra para a necessidade de incrementar qualidade nesta área específica. Dada a estagnação constatada, a criação de legislação pode auxiliar e enquadrar os vários agentes, não constituindo em si um fim, mas um meio para o alcançar. A formação deverá sempre ser mantida no tempo e melhorada, devendo entender-se como uma alavanca para a melhoria continua do sector.

De que forma o contexto actual, onde se observa o aumento dos preços das matérias-primas, incluindo o Cimento, afecta esta situação?
Os aumentos contínuos e significativos das matérias-primas, afecta as argamassas fabris e as argamassas de estaleiro. No final, o produto final sairá mais caro, seja produzido numa obra ou numa fábrica. A APFAC sente maior preocupação com a falta de controlo de produção das argamassas em ambiente de obra. Face à actual elevada rotação nas equipas de trabalho e à falta de mão-de-obra qualificada, os problemas causados pela produção de argamassas em obra agudiza-se. Este factor é preocupante e afecta seriamente a qualidade final da obra.

Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

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Governo pretende avançar com investimentos do Arco Ribeirinho Sul

Expansão do Metro Sul do Tejo e duas novas pontes entre Barreiro-Seixal e Barreiro-Montijo são alguns dos projectos contemplados

Integrado no roteiro “Governo + Próximo” dedicado ao Distrito de Setúbal, o Conselho de Ministros de quinta-feira, dia 30 de Março, vai aprovar uma resolução que permitirá avançar com diversos projectos no Arco Ribeirinho Sul, sobretudo ao nível dos transportes, segundo o primeiro-ministro.

A extensão do Metro Sul do Tejo, do Seixal a outros concelhos da Margem Sul, um novo terminal, na Moita, para os barcos da Transtejo que fazem a ligação a Lisboa, novas pontes rodoviárias entre Barreiro-Seixal e Barreiro-Montijo e um corredor verde, para bicicletas e peões, de Almada até Alcochete são algumas intenções contempladas no programa a ser apresentado, avança o jornal O Setubalense.

Foi num artigo publicado esta quarta-feira, dia 29, no jornal O Setubalense, que o Primeiro-Ministro, António Costa, confirmou a intenção de continuar a investir em Setúbal, enquanto “distrito incontornável no desenvolvimento do País”, retomando o projecto do Arco Ribeirinho Sul, no sentido de “colocar estes territórios à disposição das populações através da requalificação urbanística de importantes áreas da margem sul do estuário do Tejo”.

No artigo, com o título “Chegou a hora de Setúbal”, António Costa recorda que “o Arco Ribeirinho Sul, que envolverá seis municípios (Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo e Seixal), será um território pensado para a utilização equilibrada do espaço: terá espaços de habitação, serviços, indústria tecnológica e lazer”.

Recorde-se que, recentemente, foi criada a nova NUTS II para a Península de Setúbal, com vista a permitir o desenvolvimento de projectos estruturantes e que ainda não saíram do papel.

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Lidl investe 110 milhões de euros num novo entreposto em loures

Já arrancaram as obras de construção do novo entreposto do Lidl Portugal em Loures, num investimento avaliado em 110 milhões de euros e que conta com o envolvimento de mais de 80 empresas portuguesas na sua construção. O novo entreposto tem uma área equivalente a cinco campos de futebol

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Em 2023, para além da continuação do plano de expansão e da renovação da sua rede de lojas, o Lidl apresenta também a obra de edificação de um novo entreposto em Loures. Avaliada num investimento de cerca de 110 milhões de euros, a construção deste futuro centro logístico irá promover um melhor abastecimento das lojas da região centro. Envolve também um vasto leque de obras de urbanização, nomeadamente vias estruturantes de acesso a zonas habitacionais e de futura indústria.

Com uma área de implantação de cerca de 54 mil m2 e capacidade de armazenamento para mais de 44 mil paletes, este entreposto contará com os materiais mais eficientes do mercado e com soluções de conforto de trabalho e operação vanguardistas. Na sua construção estarão envolvidas mais de 80 empresas portuguesas, num total de 350 colaboradores. Esta obra tem uma complexidade de engenharia pouco vista em Portugal – o novo entreposto do Lidl surge implantado numa antiga pedreira e vazadouro, cuja actividade cessou no ano 2000, e procura o reaproveitamento dos produtos de vazadouro aí colocados, exigindo um projecto cuja componente geotécnica é de enorme impacto e importância, a movimentação de quase 2 milhões de m3 de terra.

No âmbito da estratégia de sustentabilidade do Lidl, o futuro entreposto será dotado de um sistema de gestão de energia que, aproveitando a luz solar incidente, gere as necessidades de energia artificial no interior, possibilitando a redução do consumo energético. Terá também painéis fotovoltaicos para a produção de energia eléctrica, suficiente para fornecer o equivalente ao consumo de 800 moradias por um ano; carregadores para veículos eléctricos; sistemas de captação e aproveitamento de águas pluviais; câmaras de frio com recurso a gases naturais que minimizam os efeitos nocivos para a camada do ozono, sistema AVAC integrado no sistema de frio industrial, reaproveitando a “energia” libertada e normalmente desperdiçada neste tipo de sistemas. O edifício irá contar ainda com a certificação BREEAM – que classifica os edifícios sustentáveis tendo em conta categorias como: gestão, saúde e bem-estar, energia, transporte, água, materiais, resíduos, utilização do solo e ecologia e contaminação.

Durante a cerimónia de colocação de ‘primeira pedra’ deste novo entreposto do Lidl Portugal, que decorreu esta manhã, o Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva , adiantou que “O Lidl é um grupo muito importante para o país, veio introduzir uma nova dinâmica, uma nova competitividade no sector de retalho em Portugal. É a competitividade dos mercados que permite desenvolver a economia e que leva não só a própria empresa a ser cada vez melhor, mas os outros a serem melhores e é disso que nós precisamos. Nós temos uma economia aberta, competitiva e o sector do retalho é vital para o país. Quero dar os parabéns por este centro logístico que é uma obra magnífica, é um grande desafio em termos de engenharia, com a adopção dos mecanismos de economia circular em termos do fluxo de materiais.”

Já Ricardo Leão, presidente da Câmara Municipal de Loures, salientou a importância do investimento privado para o concelho. “É o investimento privado que faz com que os concelhos progridam, que se fixe emprego, que se crie riqueza, que se crie valor acrescentado, e é este o desígnio. Ao Lidl quero agradecer todo o empenho que tem tido e todas as parcerias que tem feito com o concelho de Loures. O Lidl cumpre na íntegra a sua responsabilidade social que também tem praticado aqui. A criação de 200 postos de trabalhos é importante para a empresa e para o próprio concelho”, sublinhou o autarca.

De acordo com Milton Rego, Administrador de Infraestruturas e Expansão do Lidl Portugal, “o terreno escolhido conta com uma localização privilegiada e estratégica para o nosso crescimento empresarial permitindo melhor servirmos a comunidade. Juntamente com os nossos parceiros vamos fazer nascer mais um marco de referência na logística em Portugal”.

O novo entreposto Lidl em Loures, em números:
Investimento: 110 milhões de euros
Área: 54.000 m2, equivalente a 5 campos de futebol
Capacidade de Armazenagem: 44 mil paletes
Cais de carga/descarga de mercadorias: 111
Capacidade de abastecimento: 100 lojas
Lugares de estacionamento de veículos ligeiros: 265
Lugares de estacionamento de camiões: 48

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Carlos Jesus, Country Manager da Colt Technology Services Portugal e VP Global Service Delivery da Colt

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Colt investe num novo data center em Portugal

A Colt Technology Services Portugal (Colt Portugal), uma subsidiária do Grupo Colt, investiu mais 5 M€ em 2022 na expansão da capacidade da sua rede de longa distância e na ligação a um novo data center em Riba d’Ave cuja implementação está actualmente em curso

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Este investimento adicional, acresce aos mais de 100 milhões de euros investidos desde que a empresa chegou a Portugal na sua infraestrutura e rede de fibra óptica de alta velocidade e na contratação de recursos humanos, para ampliar a capacidade da operação portuguesa e do hub nacional que liga a Europa ao resto do mundo. A subsidiária portuguesa, que prevê continuar a crescer em 2023, tem actualmente em curso uma campanha de recrutamento para reforçar a sua equipa em mais 15% e chegar aos 150 talentos até ao final do primeiro semestre.

“Na sequência da implementação que fizemos no primeiro semestre de 2022 da tecnologia 800 G na banda L da rede terrestre, utilizando o controlador de domínio Reconfigurable Line System (RLS) e o Manage, Control and Plan (MCP) da Ciena na nossa rede para duplicar a sua capacidade, a Colt fez um investimento adicional de 5 milhões de euros. O objectivo foi expandindo ainda mais esta tecnologia para optimizar as ligações Lisboa-Madrid e Lisboa-Porto-Madrid. Este investimento insere-se na estratégia de expansão contínua da nossa rede e visa aumentar a sua capilaridade numa região (Portugal, em particular e a Península Ibérica, em geral) que se destaca como um grande hub de comunicações a nível mundial, e onde a Colt pretende reforçar a sua posição de liderança,” explica Carlos Jesus, Country Manager da Colt Technology Services Portugal e VP Global Service Delivery da Colt.

O recente investimento, que foi igualmente reforçado no país vizinho com o novo ponto de ligação na Barcelona Cable Landing Station da AFR-IX Telecom, vem fortalecer ainda mais a posição da empresa de infraestruturas digitais na Península Ibérica em geral, e em Portugal em particular.

“É neste contexto que surge igualmente a ligação ao novo DC de Riba d’Ave, com o qual elevaremos para 13 os centros de dados ligados pela Colt em Portugal, reforçando o nosso crescente posicionamento como parceiro preferencial das empresas portuguesas que se estão a internacionalizar e que reconhecem a qualidade e controlo dos serviços da Colt e a sua capacidade de chegar com fibra a localizações cada vez mais remotas,” acrescenta.

A empresa está atenta ao sector dos data centres em Portugal, e acompanha o seu crescimento com novas ofertas inovadoras de on-demand services, SD WAN, acessos à cloud e à multicloud, ligações aos sistemas de cabos submarinos, e mais e melhor conectividade. Desta forma, fortalece a sua posição num mercado que se espera venha a crescer 6.02% (CAGR) no nosso país entre 2022 e 2027, segundo um estudo recente da Arizton. A dimensão do mercado de centros de dados em Portugal foi recentemente avaliada em 931,2 milhões de dólares e deverá atingir os 1,3 mil milhões de dólares até 2027.

Reforçar equipa em mais 15% e chegar aos 150 talentos até ao final do primeiro semestre
Em 2023 a empresa vai continuar a investir nas suas pessoas e em novas contratações que lhe permitam ampliar as suas equipas para responder às crescentes necessidades dos seus clientes, tanto em Portugal, como no resto do mundo. Para tal, a subsidiária portuguesa tem uma campanha de recrutamento em marcha com o intuito de aumentar a equipa em mais 15% e chegar aos 150 colaboradores até ao final do primeiro semestre. Para responder à procura de soluções a longo prazo capazes de proverem as necessidades da crescente mão-de-obra remota dos seus clientes, incluindo a optimização das aplicações cloud, a garantia da borda dinâmica da rede, a visão abrangente da actividade da rede e a capacidade de escalar de forma rápida e eficiente, a Colt está a recrutar software developers (Full Stack Developers, UI Developers, Application developers), especialistas de segurança (Network Virtualisation & Security Specialists/ Consultants), especialistas de redes IP (SDWAN and NFVi), além de profissionais para as áreas de vendas, de gestão e de suporte aos clientes.

A Colt Portugal registou um acentuado acréscimo das receitas na área das soluções de acesso à cloud e multicloud (+ 14%), na área de SD WAN e segurança (+16%) onde teve particular impacto o trabalho realizado no desenvolvimento das soluções de software (SDN) desenvolvidas por programadores portugueses, contratados para os centros de competência da Colt em Portugal. Por seu turno, as receitas provenientes dos serviços on-demand e das soluções de grande largura de banda e capacidade e de redes de última geração, fortemente alavancadas pelos sistemas de cabos submarinos existentes no nosso país, triplicaram o ano passado.
“Os resultados que alcançámos em 2022 estão intimamente relacionados com a nossa aposta em áreas relacionadas com a viabilização e aceleração da transformação digital das empresas, como por exemplo a cloud. Em Portugal já temos mais de 35% das empresas a utilizarem serviços cloud e, segundo o Eurostat anunciou, a percentagem de empresas portuguesas com acesso a recursos informáticos alojados por terceiros na internet aumentou de 29% em 2020 para 35% em 2021. Para as empresas poderem garantir a sua relevância e competitividade têm cada vez mais de confiar na implementação de tecnologias de ponta. Consideramos por isso que também em 2023 a migração para a cloud irá continuar a ser uma prioridade para as empresas que desejam permanecer competitivas e seguras,” refere aquele responsável.

Para 2023, a empresa irá continuar a apostar nestas áreas e tecnologias, a par das ligações aos cabos submarinos, da cibersegurança, da IA, da sustentabilidade e das redes verdes, bem como da expansão da sua rede e capacidade de conectividade em Portugal e no resto do mundo.

“Temos como ambição expandirmos a nossa rede através das estações de amarração dos cabos submarinos de fibra ótica. Portugal tem uma posição cada vez mais privilegiada para assegurar o desenvolvimento das comunicações à escala mundial. Seja pelas rotas das comunicações terrestres que permite e potencia ligando a Península Ibérica ao Norte da Europa, seja porque possui vários centros de amarração dos cabos submarinos que garantem as comunicações da Europa com as Américas, a África e a Ásia. Recentemente anunciámos a consolidação da nossa presença na Península Ibérica com o novo ponto de ligação na Barcelona Cable Landing Station da AFR-IX Telecom, e anunciámos a expansão da nossa rede nas regiões da Escandinávia e Alemanha, reforçando as ligações ao norte da Europa e do Norte da Europa com o resto do mundo. Desta forma, também as empresas portuguesas e as estrangeiras que operam em Portugal passam a beneficiar destes acessos e de mais e melhores ligações a estas rotas e PoPs,” acrescenta Carlos Jesus.

A Colt possui em Portugal 3 centros de competência, 2 Redes de área Metropolitana (MAN – Lisboa e Porto), 830 km de rede de fibra óptica, e disponibiliza também 1.700km adicionais de rede de longa distância através da sua IQ Network, ligando 13 data centros de dados, mais de 777 edifícios e 8 parques industriais em Lisboa, Porto, Oeiras, Sintra, Vila Nova de Gaia e Maia.

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Concursos de Obras Públicas cresceram 68% e somam 950M€ até Fevereiro

Os números são avançados no mais recente Barómetro das Obras Públicas, promovido pela AICCOPN e dão conta de um crescimento quer no volume de concursos de obras públicos promovidos quer nos contratos celebrados de empreitadas

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De acordo com a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, AICCOPN, até ao final do mês de Fevereiro, o montante total de concursos de empreitadas de obras públicas promovidos situou-se nos 950 milhões de euros, valor que traduz um significativo aumento de 68%, face ao registado no período homólogo.

Já no que diz respeito aos contratos celebrados nos primeiros meses de 2023, o volume total dos contratos de empreitadas de obras públicas celebrados e objecto de reporte no Portal Base até ao passado dia 15 de Março, foi de 361 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 38%, em termos de variação homóloga.

Relativamente aos contratos de empreitadas celebrados no âmbito de concursos públicos até Fevereiro de 2023, situaram-se nos 302 milhões de euros, mais 59% que o registado até Fevereiro do ano transacto. Os contratos celebrados em resultado de Ajustes Directos e Consultas Prévias totalizaram 52 milhões de euros nesse período, sensivelmente o mesmo que o registado nos primeiros dois meses de 2022.

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Braga: Obras aprovadas no Bairro das Andorinhas representam um investimento superior a 5 M€

O investimento prevê a reabilitação integral de 146 fogos, parte dos quais está já em curso, devendo em breve ser lançados novos concursos

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A Bragahabit regista já um total de 12 candidaturas aprovadas para a reabilitação integral de 146 fogos do seu parque habitacional, tendo assinado contratos de comparticipação financeira com o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) que totalizam um investimento global de €5.706.201,34.

Segundo João Rodrigues, vereador com o pelouro da Habitação do Município de Braga e presidente do Conselho de Administração da Bragahabit, estas intervenções, feitas em habitações públicas e privadas, são o início de um ´processo revolucionário no que à dignidade da habitação diz respeito em Braga´. “São obras totais, de interior e exterior dos apartamentos e dos respectivos prédios, que vão garantir casas mais confortáveis e eficientes para que mais Bracarenses possam viver de forma condigna”, garantiu. O responsável, acompanhado dos administradores da empresa municipal, Carlos Videira e Goreti Machado, visitou as obras que decorrem em vários edifícios do Bairro das Andorinhas, no âmbito do Programa 1.º Direito e da Estratégia Local de Habitação de Braga.

O 1.º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação visa apoiar a promoção de soluções habitacionais para pessoas que vivem em condições habitacionais indignas e que não dispõem de capacidade financeira para suportar o custo do acesso a uma habitação adequada.

Carlos Videira reforçou a ideia de que estas intervenções são realizadas tanto no parque municipal de habitação, como em habitações privadas. “Para além das obras nas habitações que são propriedade municipal, nos próximos dias serão também submetidas, com o apoio da BragaHabit e do Município, as candidaturas dos proprietários privados ao 1.º Direito, enquanto beneficiários directos. Estas intervenções, há muito esperadas pelos moradores, são essenciais para melhorar a qualidade de vida da população e fazer deste Bairro um lugar ainda melhor para se viver”, referiu o administrador da Bragahabit,

Em curso estão as intervenções nos blocos 5, 6, 7, 10, 11, 23, 24 e 25 os procedimentos relativos aos blocos 1, 2, 3 e 4, 15, 16, 17, 18 e 19 do mesmo bairro estão em fase de contratação, bem como o procedimento relativo à Praceta Padre Sena de Freitas (blocos 20 e 26). O procedimento dos blocos 8 e 9 foi lançado a 24 de Março. Todas as intervenções deverão ser executadas até final de 2023.

O 1.º Direito assenta numa dinâmica promocional predominantemente dirigida à reabilitação do edificado e ao arrendamento. Aposta também em abordagens integradas e participativas que promovam a inclusão social e territorial, mediante a cooperação entre políticas e organismos sectoriais, entre as administrações central, regional e local e entre os sectores público, privado e cooperativo.

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Aberto concurso para a maior barragem de regadio de Vila Flor

Foi anunciado o concurso público para construção da barragem Redonda das Olgas, no Concelho de Vila Flor. Com um valor de 14M€, será financiado pelo Plano Nacional de Regadio

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O anúncio do concurso público para a construção foi publicado em Diário da República, na segunda-feira, com um valor final de 14 milhões de euros para aquele que é “o maior investimento no município de Vila Flor” financiado pelo Plano Nacional de Regadio.

A nova barragem será construída na freguesia de Freixiel, destinada a regadio para desenvolver a agricultura local, mas também como ponto de apoio ao combate de fogos florestais. O projecto para a construção das infraestruturas hidráulicas será executado, segundo os termos do concurso público, em dois lotes, um relativo à barragem, que absorve mais de metade do investimento, e outro à rede de rega.

Denominado como aproveitamento hidroagrícola de Freixiel, este investimento destina-se a aumentar em 700 hectares a área de regadio do concelho que integra um dos vales mais férteis portugueses, o da Vilariça, junto com os municípios de Alfândega da Fé e Torre de Moncorvo. O prazo para a execução do contrato é de 32 meses e os interessados têm 45 dias, a contar da data do anúncio, para apresentar propostas.

O projecto foi aprovado, em 2018, no âmbito do Plano Nacional de Regadio, mas é uma ambição local há várias décadas nesta zona do Nordeste Transmontano que se destaca pelo potencial agrícola do Vale da Vilariça. Para esta zona estão ainda previstos investimentos superiores a 10 milhões de euros no reforço do regadio existente.

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Requalificação urbana do Bairro dos Pescadores concluída

Foram intervencionados 11.200 m2, resultando na total regeneração urbana do Bairro dos Pescadores, no centro da cidade de Matosinhos. A intervenção custou 1,1 M€

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Com um investimento de 1,1 milhões de euros, a MatosinhosHabit e a Câmara Municipal de Matosinhos terminaram a requalificação do Bairro dos Pescadores. O projecto, da autoria do arquitecto e urbanista Carlos Coelho, teve como foco a regeneração urbana e a aposta na mobilidade sustentável, num total de 11.200 m2 de área intervencionada. As obras incluíram, entre outros, a reabilitação de passeios e pavimento, acesso às habitações, estacionamento e espaços verdes, e ainda a instalação de drenagem e rede de águas pluviais, rede de rega, elementos de iluminação, equipamentos desportivos, mobiliário de exterior.

Foi também realizada uma intervenção-piloto no edifício de habitação colectiva “Bloco J”, que incidiu não só no aumento da privacidade e conforto dos moradores, como na implementação de medidas de eficiência energética, através de materiais para isolamento térmico e acústico. Outro objectivo desta intervenção é incentivar os proprietários privados das restantes edificações a realizarem obras, que poderão ser abrangidas pelo Programa de Habitação “1º Direito”.

“Este projecto nasceu em 2018, quando a MatosinhosHabit apresentou uma proposta de revitalização urbana do Bairro dos Pescadores a um programa da União Europeia, para obtenção de fundos comunitários para a sua requalificação”, acrescentando que “a candidatura aos fundos comunitários não foi aprovada, mas a realização da empreitada foi imediatamente assumida como prioritária pela autarquia, estando agora concluída”, relembrou o presidente do conselho de administração da MatosinhosHabit, Manuela Álvares.

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Vista das intervenções para prevenção de cheias no Parque Urbano Várzea, Setúbal. 24 de julho de 2018 . RUI MINDERICO/LUSA

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91 M€ para recuperar infraestruturas e equipamentos municipais afectados pelas cheias

Estão abertas as candidaturas aos apoios para reparação de danos em infraestruturas e equipamentos municipais provocados pelas cheias e inundações de Dezembro de 2022 e Janeiro de 2023

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Estão abertas as candidaturas aos apoios para reparação de danos em infraestruturas e equipamentos municipais provocados pelas cheias e inundações de Dezembro de 2022 e Janeiro de 2023, consideradas como ocorrência natural excepcional.

Com uma dotação de 91 milhões de euros, as medidas de apoio à Administração Local podem financiar até 60% da reposição e/ou reconstrução de pontes e aquedutos, estradas e caminhos, quando se verifique abatimento total ou parcial da via com a interrupção e/ou condicionamento do trânsito, taludes e muros de suporte de imóveis, edifícios e construções, incluindo habitação social; equipamento urbano complementar e de lazer e infraestruturas de abastecimento de água e de saneamento básico.

Aos apoios que vierem a ser aprovados serão deduzidas indemnizações de seguros ou outras compensações já recebidas para cobertura dos danos.

As candidaturas deverão ser apresentadas, até ao dia 14 de Abril de 2023, às Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, a quem compete a avaliação e fiscalização dos prejuízos reportados.

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Câmara de Aveiro: venda de terrenos em hasta público rende mais de 2M€

O valor mais alto foi obtido com a venda de um terreno para construção com 3.093 metros quadrados na Avenida Vasco Branco, numa zona da cidade em expansão, que rendeu aos cofres municipais 1,4 milhões de euros

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A Câmara de Aveiro arrecadou esta segunda-feira mais de dois milhões de euros na hasta pública para a venda de vários terrenos e imóveis, informou fonte da autarquia.

A hasta pública, que decorreu esta segunda-feira de manhã no Centro de Congressos de Aveiro, resultou na venda de seis lotes, que totalizaram uma receita de 2.272.025 euros.

O valor mais alto foi obtido com a venda de um terreno para construção com 3.093 metros quadrados na Avenida Vasco Branco, numa zona da cidade em expansão, que rendeu aos cofres municipais 1,4 milhões de euros.

A segunda maior venda foi também de um terreno para construção junto à rotunda das Glicínias, por 319 mil euros, seguindo-se por ordem de grandeza um apartamento com a tipologia T3, na Urbanização da Quinta do Canha, licitado por 168 mil euros e, também no centro da cidade, uma casa no Bairro da Misericórdia, por 110 mil euros.

Mesmo em frente ao Hospital ficou por arrematar um terreno de 7.445 metros quadrados, cuja base de licitação era de 2,9 milhões de euros.

Já fora do perímetro urbano, a câmara apenas conseguiu vender dois terrenos contíguos na Zona Industrial de Mamodeiro, por 92.400 euros, e um terreno para garagem, por 4.625 euros.

Sem sucesso ficou a tentativa de venda de 25 lotes de terreno na envolvente à Capela Nova das Quintãs, porque não houve quem fizesse ofertas.

Após a hasta pública, o presidente da autarquia, Ribau Esteves, agradeceu às pessoas e empresas que adquiriram imóveis no decurso da licitação e, quanto aos lotes que não atraíram investidores para compra, revelou que a Câmara de Aveiro “vai agora proceder a uma nova análise de mercado, com o objetivo de tomar uma decisão nas próximas semanas”.

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Mafra lança concurso para construção do Arquivo Municipal

A empreitada, no valor de 2,24 M€, compreende a reabilitação e ampliação de um armazém com a área de implantação e de construção de cerca de 462,10m2 e a sua reconversão em Arquivo Municipal, assim como a requalificação da área envolvente

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A Câmara Municipal lançou concurso público para a execução da empreitada referente à construção do Arquivo Municipal. O novo equipamento ficará localizado na rua Escritora Hélia Correia, em Mafra, e terá por missão “identificar, organizar, preservar e divulgar” a documentação produzida pela autarquia e por ela recebida”. O preço-base para o concurso é de 2.242.617,54€, valor ao qual acresce o IVA.

A empreitada compreende a reabilitação e ampliação de um armazém com a área de implantação e de construção de cerca de 462,10m2 e a sua reconversão em Arquivo Municipal, assim como a requalificação da área envolvente. Neste edifício, com dois pisos acima da cota de soleira, serão integradas, entre outras, salas de atendimento, leitura, trabalho técnico, reprodução/ digitalização, tratamento de documentos, desinfestação e limpeza de documentos, depósitos e arquivos.

Criado em 1992 e actualmente a funcionar no edifício do Centro Municipal de Protecção Civil, o arquivo tem pautando a sua intervenção por três eixos orientadores (organização arquivística; preservação e conservação; e acesso, divulgação e investigação), sendo considerado um recurso cultural único, que promove activamente a preservação da memória concelhia e fornece dados para a produção de conhecimento sobre o território municipal, estando aberto a todos os investigadores e interessados pela história local.

Em anos recentes, foi possível inventariar e informatizar sistematicamente toda a documentação, procedendo-se em simultâneo à sua preservação preventiva. Na actualidade, estão disponíveis, para consulta, fundos que cobrem praticamente toda a história das épocas moderna e contemporânea do Concelho de Mafra, e as múltiplas dimensões das gentes de locais, com especial destaque para os conteúdos de natureza administrativa dos antigos concelhos que hoje formam o Município.

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